domingo, 31 de maio de 2009

Uma boa família entre nós

Quem somos nós? Não nos referimos aos três, mas aos dois que ladeiam a figura do "bandeirante".


Recebi uma correção fraterna: tio Luiz (da família Fernandes) não viveu até o fim de sua vida em Porto Alegre, mas no Rio de Janeiro, conforme informa o mano Jurandir.
Aqui vão mais algumas informações sobre os Fernandes. Um dos primeiros Fernandes portugueses de que se tem notícia foi Diogo Fernandes, o 3º Conde de Portucale (antigo nome de Portugal) até o ano de 924. Genro de Lucídio Vimaranes, 2º Conde de Portucale (o primeiro havia sido seu pai, Vímara Peres), por seu casamento com Onega Lucides. Outro antigo possuidor deste sobrenome foi Dom Ero Fernanes. Nascido em Lugo (o antigo povoado romano de Lucus Augusta na Galícia) por volta do ano de 865, foi Conde de Lugo entre 895 e 926. Se casou com Adosinda, com quem teve os seguintes filhos Dom Godizindo Eris Conde de Lugo e D. Teresa Eris (ou Ermesenda Eris), esta última a mãe de Paio Gonçalves Betote e Hermenegildo Gonçalves Betote) .

sexta-feira, 29 de maio de 2009

D. Raimunda e os Fernandes

Quem sou eu? Abraçado com D. Raimunda, eis um de seus filhos nos tempos em que usava bigode.
Começamos desde agora a trazer ao conhecimento de todos os dados sobre novo ramo de família que tem entroncamento com a nossa. Trata-se dos "Fernandes", cuja história relatamos na postagem anterior. Que relação, porém, os Fernandes têm conosco? Exatamente pelo ramo familiar de nossa mãe, D. Raimunda. A vovó Bárbara Josino (da Costa ou de Oliveira?) casou-se em seu primeiro matrimônio com Maximino Alexandre Fernandes. Deste casal vieram os seguintes filhos:
- Francisco Josino Fernandes (tio Nenen), nascido em 1906; Rita Fernandes da Costa (depois de Holanda), nascida em 1909; Luiz Fernandes da Costa, nascido em 1911; João Josino da Costa, nascido em 1915; e Maria Fernandes da Costa (depois de Lima), nascida em 1913.
Estes cinco filhos espalharam-se pelo Brasil a fora deixando a família Fernandes se disseminar pelos estados do Rio, do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, etc.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

História da família Fernandes

Mais um nome de família vem se juntar ao histórico de nossos troncos genealógicos: trata-se da família Fernandes, de onde se originam os primeiros filhos de vovó Bárbara, Francisco, Luiz, João, Rita e Maria. Colocamos aqui a história da família e brevemente maiores detalhes sobre os que herdaram este belo nome, que significa "pessoa de boa família".



FAMÍLIA FERNANDES

O nome Fernandes significa pessoa de boa família, honrado, originado das colinas de Portugal. As primeiras pessoas viveram em uma parte a oeste da Península Ibérica, a mais de 500 anos atrás. Porém, a primeira cultura identificada é a dos Ibéricos. Evidências arqueológicas nesta região são de aproximadamente 5000 a.C. Milhares de anos mais tarde, os Celtas invadiram a região. As duas culturas, Celtas e ibéricos, eventualmente se juntaram para formar uma definida cultura conhecida como Lusitanos. Mercadores Fenícios, conhecidos como Cartagineses, também foram comuns durante o séc. IX a.C.
No século II a.C., com a morte do líder dos Lusitanos, os romanos finalmente derrotaram este povo. O controle de Roma foi mantido por seis séculos e então a região foi conquistada pelas tribos Germânicas e, posteriormente, pelos Árabes. Em 711 d.C., os Mouros invadiram a região; somente o norte de Portugal permaneceu cristão. Aproximadamente 400 anos depois Afonso Henriques expulsou os Mouros com a ajuda espanhola. Ele formou o novo reino português. Afonso começa a reconstruir a terra de seu reinado em 1095 e perto de 1249, Portugal teria conquistado a área aproximada do que tem hoje.
Nos séculos seguintes, Portugal desenvolveu uma força colonial explorando terras e riquezas do globo. Ajudando exploradores como Bartolomeu Diaz e Vasco da Gama, Portugal conseguiu um império 20 vezes maior que seu próprio tamanho no extremo oriente, África e América do Sul. O auge do poderio Português foi provavelmente alcançado em 1497. Neste ano todos os Judeus foram expulsos da Península Ibérica; esta ação teve repercussões econômicas terríveis para Portugal. Além disso, esta pequena nação não poderia se manter com a rápida expansão marítima inglesa e holandesa.
Como a população medieval de Portugal era analfabeta, os escribas guardavam seus nomes simplesmente pelo som. É comum encontrar um indivíduo registrado em várias narrações antigas como muitas ortografias diferentes de seu sobrenome. O nome Fernandes também já foi Fernant, Ferrant, hernand, Hernan, Hernanz, Fermand, Fermon, Fernão, Ferao, Hernandez...entre outros.
Portugal e Espanha são intimamente ligados através de uma série de eventos históricos. Os dois países, considerados um só até a Idade Média, ficaram sob o domínio periódico dos Romanos e os Mouros. As línguas possuem muitas semelhanças de uma para outra, e os sobrenomes portugueses têm em comum traços dos sobrenomes espanhóis, particularmente influenciados por Árabes e Visigodos. O nome Fernandes demonstra a influência que a Espanha freqüentemente teve na cultura portuguesa como os sobrenomes compostos pelas palavras espanholas Fard e Nand significando viagem e ousadia, respectivamente. Combinadas estas duas palavras talvez tenham sido usadas como um sobrenome “apelido”, já que um sobrenome descreve uma característica dos originais portadores. Alguns pensam que este nome historicamente tenha sido usado por pessoas contrárias aos Mouros.
O nome Fernandes e suas variantes foi um dos sobrenomes mais populares em Portugal e na Espanha no período Medieval e permaneceu neste meio, muito comum ainda hoje na Península Ibérica.
Um dos primeiros registros de que se tem conhecimento do nome português é que Diogo Fernandes Correia defendeu o escritório do administrador de Flandres para o rei João II.
O escultor Gregório Fernandes (1576 - 1636) ganhou uma considerável fama em seu tempo através de vários trabalhos tais como Pietá, Batismo e Mater Dolorosa.
Quando o último nobre descendente português faleceu, Philip II da Espanha se tornou, obrigado, rei Philip I de Portugal no ano de 1589. Enquanto a Espanha estava em guerra com a França, o português John, Duke de Bragança, subiu ao trono em 1640. Este reinado seria mantido até 1910. Manoel II, que neste período era o então rei, foi forçado a abdicar do poder e a república era assim formada.
A república foi mantida até 1926. Neste ano, era instaurada a Ditadura e os militares assumiram o poder. Em 1932, Antônio de Oliveira Salazar assumiu o país. Dominado por Salazar, Portugal permaneceu fora da 2ª Guerra Mundial.
Portugal foi submetido ao regime ditatorial até 1974. Neste ano, os políticos retiraram o ditador Marcelo Caetano do poder e deram origem à concessão de independência às colônias. A partir de 1976, uma nova constituição era escrita e eleições livres eram possíveis. Hoje, Portugal é membro da União européia e tornou-se uma potência econômica. A partir do final do séc. XX, todas as colônias de Portugal ganharam a independência.
Como a história de Portugal era composta muitas vezes de conflitos e por força de indivíduos comumente agressivos, uma migração para as colônias se iniciou prematuramente. Estes colonos freqüentemente deixaram sua pátria para ganhar liberdade por causa das várias formas de perseguição de que eram vitimas. A maioria dos imigrantes que possuem o nome Fernandes se estabeleceram na América Central e América do Sul ou em várias colônias Portuguesas na Oceania, Norte da África e em Açores.
Algumas pessoas que carregaram este nome também se estabeleceram na América do Norte, mas não em grande número, pelas possessões de Portugal serem promovidas no sul. Na edição de 1984 do Relatório de Distribuição de Sobrenomes da Segurança Públicas dos Estados Unidos, o sobrenome Fernando e suas variações aparece classificado em 227º lugar como o mais popular sobrenome dos Estados Unidos. Neste mesmo relatório, o sobrenome Hernando e suas variações aparece em 52º lugar. Alguns contemporâneos notáveis trazem o nome Fernandes incluso em seus nomes: Jose Joaquin Fernandes de Lizardi (1776 - 1827), um escritor mexicano, que era conhecido como “O Pensador Mexicano”, Jose Hernandez (1834 - 1886), um autor argentino, que é creditado por criar trabalhos no Romantismo Espanhol e Keith Hernandez (1953 - ...), um jogador profissional de beisebol latino americano

O neto e o Neto


Assim diria o "Conselheiro Acácio": As gerações vão se passando e o que vai ficando são os filhos e os netos. Quer dizer: os pais e avós passam, mas os filhos e os netos ficam. Talvez com esta ousada pretensão de sempre ficar, surgiu um neto que quis permanecer Neto, pelo menos no nome. João existem muitos por aí, inclusive alguns que "soe dissant" (como se fala num francês macarrônico) "João ninguém", mas um João Neto só se conhece um (pelo menos entre nós), e, acima de tudo, com Batista pelo meio. Pois bem, João Batista Neto é o nome dele (como foi que descobriram?), cujos sobrenomes pomposos de famílias centenares foram omitidos talvez para quebrar um pouco seu orgulho genealógico. Mas, Batista não basta? Sim, porque os Batista são também tradicionais e, Cavalcante pela raiz, segundo outros. Mas ser tradicional basta? Não, porque nada basta em quem não se contenta com o mínimo trazido ao nascer, que é o nome. O que basta mesmo é a formação, que, aliás, nunca acaba, vai até os últimos dias de vida. O Netinho está aí, com seu neto e seu "pomposo" nariz, a mostrar o caminho certo a muita gente. Esperamos sua vinda para o aniversário de D. Raimunda, próximo 4 de julho, que será também o dia da independêndia dos EUA.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Qual a realidade que as novelas da Globo demonstram?

Diz-se amiúde (e nisto são exímios os propagandistas das novelas) que certas novelas nada mais fazem do que retratar certas "realidades". O mesmo diz-se de certos filmes. Você já não ouviu alguma propaganda de filme (e de novela) dizer assim: baseado em fatos reais? Os fatos reais, a realidade, torna-se assim um bom propagandista de filmes e novelas. Ocorre que existem diversos tipos de realidades. Na sociedade existem pessoas honestas (e estas são maioria) e ladrões: qual a realidade que merece mais ser retratada, a dos honestos ou a dos ladrões? Ocorre que mostrar gente honesta, mostrar a prática de virtudes ou de qualquer bondade humana, não gera audiência para filmes e novelas. Então eles mostram o lado mau da sociedade não é porque aquilo é "real" mas porque gera dividendos. Vejamos o exemplo da realidade de um país chamado Índia: será que a temática explorada pela TV Globo é a única realidade existente naquele país? É bem certo que o tema da miséria é visto com exagero por certos grupos de esquerda, que aumentam tudo que diz respeito à miséria e pobreza para mais facilmente pregar a luta de classes. A visão, porém, dos novelistas e diretores de filmes, apesar de haver caído da moda explorar a luta de classes, procura inculcar na opinião pública de seus assistentes uma doutrina mística de uma religião cheia de superstições, uma religiosidade mentirosa e açucarada. Parece-me que esta novela sobre a Índia é cheia destes exageros e mentiras, ao lado, é claro, de um amontoado de músicas horrorosas e de conteúdo monótono e triste como o são todas as músicas pagãs.
A propósito, recomendo ver o vídeo abaixo "A Índia da TV e a Índia real". Apesar de, no final, mostrar um certo ranço protestante nas mensagens bíblicas mal feitas e mal colocadas, de modo geral o vídeo diz a verdade.

sábado, 16 de maio de 2009

Um aquário monumental

O governo do Ceará está divulgando o vídeo abaixo, o que está causando reação contrária em certas pessoas. O que se alega é aquilo que já estamos cansados de ouvir: dinheiro desperdiçado enquanto muitas pessoas passam fome, outras obras mais importantes deveriam ser concluídas, o Estado sofre com excessos de chuvas e pobreza, etc., etc. Você concorda com estas reclamações? Será que a gente não tem o direito de ver as belezas sub-oceânicas pelo fato de haver miséria por sobre a terra? Como se sabe, o privilégio de contemplar estas raríssimas belezas do fundo do mar são exclusivas de uma certa elite - chegou a hora, agora, das pessoas de outras classes menos favorecidos desfrutarem do direito de também contemplá-las. É pena que ainda demore até 2010 o projeto.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quase novent'anos!


Raimunda, mulher moderna,
Não é velha, - bolorenta,
Nos bisnetos passa a perna,
Antes... quase nos noventa!

É moderna, sim senhor,
Não se sente velha... e creio
Só liga o computador
Pra ver se chegou e-mail.

Raimunda vai na voragem
Da rede, e não há igual.
E espera sua mensagem
Chegar na caixa-postal!

raimundajosino@gamil.com

raimundajosino@yahoo.com.br

Canonização de São Nuno de Santa Maria, grande cavaleiro medieval português

segunda-feira, 11 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Por que Nossa Senhora apareceu em Fátima?

Assista ao vídeo, clicando aqui na TV Arautos onde explica as razões das aparições de Fátima


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um passeio nas caatingas nordestinas

Amante da natureza, o Sr. Batista só veio descobrir esta bela qualidade quando foi morar na capital. Mas é constante seu enlevo pelas belezas naturais quando escrevia sobre o assunto. E, principalmente, quando este enlevo envolve os dois aspectos: o bucólico de nosso sertão e a natureza que o envolve. Apesar de sua linguagem rústica e pobre, sabia manifestar em seus escritos sentimentos tão nobres. Como o que se vê a seguir, numa espécie de “diário” que deixou para os pósteros:

“Saímos de Fortaleza sexta-feira, dia 5/7/85, rumo a Mossoró, R. G. do Norte, eu e o André.
O ônibus partiu às 07h da manhã, paramos em Aracati para tomar café, chegamos a Mossoró às 11:30h, tomamos um taxi para um lugar denominado “Primavera Baraúna” para a casa do Francisco, meu sobrinho, filho da Rita; em seguida fomos para a casa da mana Rita lá mesmo. Sábado a tarde o meu sobrinho foi nos levar para Mossoró para a casa de uma outra sobrinha, a “Mundinha”, filha da Salomé. Lá ficamos o resto do sábado, e domingo pela manhã o André foi com os primos para a quadra do CESC, e à noite eu fui com toda a família para a Missa. Segunda-feira, dia 8, às 06h da manhã, seguimos para Itaú, lá chegando às 8:30h, antes demos uma parada em Apodi. Chegando em Itaú fomos para o único hotel da cidade, que é de propriedade de uma sobrinha, filha da Anália; lá demoramos cerca de 2 horas, depois tomamos um carro particular para a cidade de Severiano Melo, e lá fomos direto para a casa do prefeito, o Sr. Ranulfo Holanda, que é filho de “Totó Holanda”, um amigo de infância. O prefeito nos recebeu muito bem e logo autorizou um motorista com um carro da prefeitura para ir nos levar até à “Baixa Vermelha”, a casa de minha irmã Anália. Chegamos mais ou menos às 12h e aí tivemos um encontro maravilhoso, não só com os familiares mas diretamente com a natureza.
Fomos dormir cedo pois não havia com que nos divertir, a televisão estava fora do ar, rádio não tinha, mas em compensação todos os alimentos eram caseiros, eles moravam em plena caatinga do Apodi, onde todos os alimentos são tirados da roça, é o feijão, o milho, a macaxeira, o capote, a laranja, a cana de açúcar, o coro, o jerimum. Mas a coisa que mais me impressionou foi quando me acordei, segunda-feira, 5h da manhã, e ouvi, mesmo deitado, a orquestra dos pássaros, uma coisa fantástica. Por exemplo, tem uma espécie de caboré que de manhã anuncia o nascer do sol e à noite o pôr do sol, pois o canto dele é somente isto “sol-sol-sol”, depois de uma pequena parada continua “sol-sol-sol”; depois vem os capotes com sua cantarola “estou-fraco”, “estou-fraco”, sem falar no galo, na cabra, no urro da vaca e no ronco do porco. Para surpresa, quando chegou a noite em saí na calçada e nos pés das paredes se aproximava uma legião de sapos horripilantes. Caboré é uma espécie de coruja, muito comum no Nordeste
Pela manhã fomos para o curral tirar o leite das vacas, depois fomos moer cana, apanhar laranjas, ali fazia nos lembrar as coisas da natureza, pois tudo que Deus criou nos faz feliz, não só corpo, mas principalmente a alma. Me esqueci um detalhe do primeiro dia: eu e o André fomos dormir num quartinho apertado e eu levei a nossa sacola com roupa e a encostei num pé de parede, tirei umas roupas para dormir e a deixei aberta, quando, de manhã, ao tirar a roupa para trocar notei que havia um animal deitado em cima da roupa. Espantei, pensando que era um gato mas era um sapo bem grande.
3º dia na “Baixa Vermelha”. Ao raiar do dia, como não podia deixar de ser, o caboré anunciou o nascer do sol, eu e o André levantamos um pouco tarde; nestas alturas o pessoal da casa já estavam todos em ação, uns tinham matado um cabrito, outros estavam moendo milho para o cuscuz, cortavam cana para moer, arrancavam batata-doce. O café saiu mais tarde porque minha irmã com o marido foram à cidade fazer compras, e os dois filhos que moravam vizinho saíram cedo com os empregados para matar avoantes: voltaram às 8h trazendo 23 pássaros que tinham matado; daí as mulheres se dividiram, umas a tratar do fato do cabrito, outras das avoantes, outras cuidando da cozinha. Logo em seguida chegou o rapaz com o leite e fomos tomar café com leite e bolo caseiro. O mais importante é que todos cooperavam ajudando. Cada um tinha a sua tarefa, a minha foi fazer o suco de laranja, também colhida no quintal. Sim, me esqueci de dizer que no segundo dia chegou uma filha do casal com o marido e três filhos que vieram de Natal e mais um rapaz que veio de São Paulo, parente deles: só crianças haviam 6, de 5 anos abaixo.
Quinta, dia 11. Programamos um passeio para visitar uns velhos amigos e parentes que moram no povoado “Santo Antonio” e sítios vizinhos. Antes de sair eu fui com meu cunhado, de nome Cristalino, tirar o leite, depois tomamos café com queijo de manteiga e pão. Às 9 horas saímos para o passeio, o João, meu sobrinho, foi nos levar numa C10 de propriedade de Cristalino. Foi uma confusão, foram minha irmã e uma filha dela com a família, uma porção de crianças. Em Santo Antonio visitamos uma sobrinha de nome Santina, em seguida saímos na estrada que leva para a cidade Severiano Melo. Nesta viagem visitamos Aristides Regis, esposo de uma amiga de infância e de estudo, “Sinhá Holanda”, depois fomos para casa de Maria Holanda, casada com Tião Melo e irmã do ex-prefeito, ela filha do antigo patrão do meu pai e que passamos a infância juntos, é um dos fazendeiros da região. Em todos estes contatos tivemos uma grande recordação do passado. De volta, passamos em outra fazenda, aí compramos queijo, chegando em casa depois de meio dia. O almoço foi buchada, e entre outras novidades foi servida uma garrafa de vinho. Passei a tarde deitado, descansando. À noite foi servido o jantar com coalhada, leite, arroz, batata-doce e avoante assada.
De manhã cedo o Cristalino foi à roça arrancar mandioca, eu o ajudei a descascar. Depois tomamos um cafezinho e fomos tirar o leite das vacas: trazer o caldeirão de leite para casa era tarefa minha. Quando chegamos à casa tomamos café com leite, queijo, macaxeira e mamão. Em seguida fomos ao chiqueiro das cabras curar uma bicheira de um cabrito, depois ele soltou a criação e foi me mostrar o sítio dele com as plantações. Voltamos às 10:30h e eu fui descascar cana para a garotada chupar, em seguida pequei uma sacola e fui apanhar laranjas e descascá-las para fazer o suco do almoço. Nestas alturas o Cristalino tinha saído com a espingarda e voltou trazendo 3 capotes para o almoço. Por outro lado, o filho dele chagava com 10 avoantes. Depois do almoço eu fui me deitar, mas logo interrompido pelo dono casa que me chamou para calcular uma área que ele tinha empreitado para arrancar as árvores, empreitada feita por tarefas. Isto eu o fiz com muito prazer, pois a matemática é meu fraco. Logo que terminamos formou-se o tempo e começou a chover.
No 6º dia, sábado, Cristalino havia programado uma viagem para Itaú com a família, iríamos assistir uma vaquejada que ia realizar-se naquela cidade no sábado e no domingo. Por este motivo nos levantamos mais cedo, eu e ele, o Cristalino, fomos tirar o leite das vacas enquanto o resto do pessoal se movimentava arrumando as bagagens para o passeio. Depois do café começamos a arrumar o carro, uma C10, de propriedade dele, era aquela correria, a carroceria ficou cheia, tinha de tudo, redes, roupa de dormir, leite, capote, frango, avoante, 2 colchões para cama, pois iríamos todos, 11 pessoas entre crianças e adultos. Em Itaú meu cunhado tem uma casa onde íamos ficar os dias da festa.
Chegamos lá às 9:30h da manhã. Enquanto a minha irmã ia fazer o almoço, ajudada por 4 moças que faziam parte da excursão, eu e meu cunhado fomos dar uma volta para ver se encontrava por lá alguns cunhados e dar uma olhada na vaquejada que estava muito animada. Havia um locutor transmitindo a programação através de um microfone a uns 20 auto-falantes instalados em um carro. Ao meio dia fomos almoçar. Descansamos um pouco à tarde e voltamos à vaquejada novamente. À noite quase não se dormia devido ao movimento da cidade, bem perto da nossa casa havia uma festa dançante animada por um conjunto, pois a cidade estava em festas.
Domingo às 5:30h da manhã, viajamos para Umarizal, eu com o André íamos visitar a minha irmã, Salomé, com 78 anos de idade e que perdeu o marido há um ano. Lá seria o fim da viagem. A mana, como não tem mais filhos solteiros, mora com uma filha, a Maria, onde fomos nos hospedar. Lá a mana nos esperava com ansiedade, ao chegar ela nos abraçou, chorou e depois falou de seus problemas. A sua filha tem só uma filha, com 16 anos de idade. À noite fomos à Missa na única igreja da cidade. Segunda-feira, às 10h fomos à Missa novamente e às 13 h viajamos para Mossoró. Antes de partirmos fomos a Umarizal comprar rapaduras para trazer, depois que saímos de Umarizal rumo a Mossoró. O ônibus passou nas cidades de Olho D’Água de Borges, Caraúbas e Dix-Huit Rosado. Chegamos a Mossoró às 6h da tarde, dormimos na casa de “Mundinha”, minha sobrinha. À noite um rapaz da casa foi comprar as nossas passagens. No outro dia, terça-feira, saímos para Fortaleza, paramos novamente em Aracati e chegamos à nossa casa às 13 h, sãos e salvos. Em casa encontramos todos na santa paz de Deus”.