segunda-feira, 8 de junho de 2009

Visconde de Pirajá: um herói esquecido

Um dos maiores heróis da luta de independência havida no Brasil foi o Conde de Pirajá, cujo nome o coloca como um dos membros da família Cavalcanti. Era um dos descendentes da família Garcia D'Ávila, que construiu o famoso "Castelo da Torre", ou a "Casa da Torre de Garcia D'Ávila", como é ainda hoje chamado. Segundo estudiosos seu nome era composto desta forma; 1 - "Antonio": Nome constante da Certidão de Batismo 2 - “Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque” - Nome constante do Decreto Imperial de D. Pedro I, que criou o título de Barão da Torre de Garcia D'Avila, identificado, nobiliarquicamente, como nome "oficial", para titulação, não impedindo que o titular usasse outros nomes de famílias das quais descendia, como era muito comum na época, até como prova para possíveis heranças. 3 - "Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque Cavalcanti Machado de Avila Pereira"– Nome usado largamente pelo Visconde da Torre, identificando e registrando famílias ascendentes, como consta de inúmeros documentos oficiais, como procurações, requerimentos, atestados, registros de propriedades, etc
Patriota exemplar, o Visconce de Pirajá lutou contra as tropas portuguesas, vindo a comprometer todos seus recursos financeiros, gado e bens de família para financiar o confronto. D. Pedro I reconheceu os inestimáveis serviços que o mesmo prestou à Pátria e concedeu-lhe o título de "Visconce de Pirajá", haja vista sua intensa atuação na "guerra de pirajá", ocasião em que desbaratou as tropas portuguesas. Tal título, porém, não foi suficiente para recuperar sua fortuna, pois naquele tempo os homens recebiam títulos por seus valores morais e nunca por causa de fatores econômicos: nenhuma recompensa pecuniária foi dado pelo Governo ao herói, que morreu pobre.
No fim de sua vida o Visconde de Pirajá ficou doente mentalmente. Sua família desterrou-o numa de suas fazendas ou sítios que ainda restavam, mas sua loucura piorava a cada dia. Era necessário levá-lo à Salvador para tratamento de saúde, mas o mesmo se recusava obstinadamente. Só obedeceria a uma ordem do Imperador, a quem tinha verdadeira veneração. Apresentou-se a ele, então, um amigo, montado a rigor com as insígnias e roupas de mensageiro imperial, lendo uma pretensa ordem de seguir imediatamente para Salvador,"por ordem do governo imperial, D. Pedro I". Respondeu o visconde; "sendo por ordem do Imperador, então irei". E seguiu pacificamente para o manicômio, onde viveu o resto de seus dias. Faleceu a 29 de julho de 1848, 25 após a guerra de independência. O fabuloso e fortificado"castelo", que era também casa senhorial, encontra-se hoje em ruínas como se vê na foto ao lado.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Você sabe o que é Petribu?

Veja a origem de um dos ramos dos Cavalcanti, oriundo da Usina Petribu, em Pernambuco:
O cenário inicial foi o Brasil colonial, quando se fundava o futuro da nossa região, com o inicio da produção de açúcar em nosso país. Inicialmente, o nome era Cavalcanti de Albuquerque, passando posteriormente para Cavalcanti de Petribú. O nome Petribú vem da palavra Tupi Potyraybú, que significa “Fonte das Flores”. Assim era conhecido o riacho afluente do rio Capibaribe na época da colonização, situado na Mata Norte. No ano de 1710, o oficial Capitão João Cavalcanti de Albuquerque foi alçado pelo Governador Manoel Alves da Costa ao posto de Capitão Mor da freguesia de Santo Antonio de Tracunhaém, onde passou a residir. Durante a Guerra dos Mascates, marchou para o Recife e fez cerco aos Fortes do Brum e das Cinco Pontas, em defesa do Governador. O Capitão Mor João Cavalcanti foi senhor do engenho Apuá. Seus descendentes tornaram-se senhores dos engenhos Volta do Cipó, Terra Vermelha, Goitá e Petribú, entre outros.O registro mais antigo encontrado sobre o engenho Petribú data de 6 de novembro de 1729, com o registro de batizado de Thereza, filha legítima de Estevão de Azevedo e de sua mulher, D. Catharina de Oliveira, cujo assento está assinado e datado naquele lugar.Um pouco mais adiante, em 1786, um fato notável aconteceu, quando o filho do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, senhor do Engenho Petribú, prendeu o célebre cangaceiro Cabeleira e seu companheiro Theodosio, pondo fim a um bando que atemorizava toda a região.Em 12 de setembro de 1812, o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos Apuá, Eixo, Petribú e Novo.Seu filho, o Coronel Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, promoveu a restauração do Engenho Petribú, onde passou a residir até falecer, em 28 de dezembro de 1867.O Engenho Petribú foi partilhado entre seus filhos, Christovão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque e José de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, 50% para cada um.Christovão de Holanda, Tenente Coronel do 16º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional de Paudalho, manteve-se no engenho e arrendou a parte de seu irmão, que optou pela vida na capital. José de Holanda cursou a Faculdade de Direito do Recife e casou-se no Rio Grande do Sul, dando origem à família Albuquerque daquela região, parentes dos Cavalcanti de Petribú.Foi em 1871 que apareceu o primeiro registro da palavra Petribú empregada como sobrenome de família. No Almanaque de Pernambuco daquele ano, consta o nome de João Cavalcanti de Albuquerque Petribú, neto de Lourenço Cavalcanti de Albuquerque e Capitão da Guarda Nacional da freguesia de Paudalho.Sete anos mais tarde, em 08 de julho de 1878, faleceu José de Holanda Cavalcanti de Albuquerque. Sua parte do engenho, foi dividida entre seus três filhos: Francisco, José e Carlos Cavalcanti de Albuquerque, moradores do Rio Grande do Sul.

Respingos de santidade revelada no Cariri de outrora

Do blog "O Bom Pastor"

(Publicado no "Jornal do Cariri", edição 02-06-2009)
Zuca Sampaio, um caririense de escol
de Armando Lopes Rafael
José de Sá Barreto Sampaio – mais conhecido por Zuca Sampaio – nasceu em Barbalha, no dia 7 de agosto de 1861. Filho de Sebastião Manuel de Sampaio e Francisca de Sá Barreto Sampaio, um casal genuinamente católico. Sua mãe, antes de falecer, pediu que fosse enterrada na calçada da igreja-matriz de Santo Antônio. Ainda hoje se vê, no adro do vetusto templo, uma lápide mortuária onde consta: “Francisca de Sá Barreto Sampaio pediu ser sepultada aqui, para sobre suas cinzas passar o Santíssimo Sacramento e para ficar perto de sua querida imagem de Nossa Senhora das Dores”.Sobre Zuca Sampaio, o Padre Azarias Sobreira publicou um opúsculo: “José de Sá Barreto Sampaio - um sertanejo de escol”. Dessa obra retiramos algumas informações.Zuca foi comerciante honestíssimo e bem sucedido, de proceder sempre retilíneo, atuando na firma Sampaio e Irmãos, de 1892 até 1914. Neste último ano, as tropas da Sedição de Juazeiro invadiram Barbalha e roubaram o estoque dessa loja de tecidos, a maior do Cariri. Restou ainda o clima de insegurança, obrigando Zuca Sampaio, esposa e filhos a se refugiarem – durante algum tempo – numa fazenda do sertão pernambucano, localizada a mais de 100 km de Barbalha. Isso não o impediu de, todos os meses, na primeira sexta-feira, fazer longos percursos a cavalo para comungar, costume que o acompanhava, desde a infância. Naquela fazenda, se refez dos prejuízos sofridos, enquanto aguardava a hora de retornar a sua cidade natal e recomeçar suas atividades comerciais, bruscamente interrompidas.Na juventude, Zuca Sampaio alimentou, durante anos, o desejo de ser padre. Desejou ser um sacerdote nos moldes do Padre Ibiapina e só desistiu desse intento, após longas conversas com o então vigário de Barbalha, Padre João Francisco da Costa Nogueira, virtuoso modelador da família católica barbalhense. Este o aconselhou a constituir uma família. Só aos 33 anos, veio a contrair matrimônio com Maria Costa Sampaio – Mãe Yayá – procedendo do casal nove filhos: Dr. Leão Sampaio, Dr.Pio Sampaio, Antônio Costa Sampaio, general Manoel Expedito Sampaio, professora Maria Alacoque Sampaio, José Costa Sampaio, Paulo Sampaio e mais dois falecidos, na tenra infância.Zuca trabalhava, o dia inteiro, no seu estabelecimento comercial, com ligeiro intervalo para o almoço. Próximo ao pôr-do-sol, passava na sua residência para o jantar. Em seguida, pegava o candeeiro, livros e anotações e ia ensinar as primeiras letras no “Gabinete de Leitura”, instituição por ele fundada, destinada à alfabetização de pessoas carentes de Barbalha. Ali, ensinava os princípios morais, a doutrina cristã e o amor à pátria. Foi o leigo católico de maior projeção daquela cidade, tendo, ainda, presidido, por longos anos, à Conferência de São Vicente de Paulo, da qual foi um dos fundadores, em 1889 – amparando a pobreza daquela comunidade – além de ser um dos líderes da construção da bela Igreja do Rosário (ver foto acima, á direita).Ao lado disso, priorizava uma sólida formação moral e intelectual aos seus filhos, os quais vieram a se destacar – depois de passarem por boas escolas e academias, em capitais de Estados brasileiros – como a fina flor da elite barbalhense.Padre Azarias é enfático ao afirmar: “Sua franqueza ia ao extremo.Interessando-se pela sorte de todos, condoendo-se de todos os infortunados, jamais o intimidava a ira dos maus ou o melindre dos poderosos, se se tornava necessária uma palavra franca, em defesa da inocência, da fé ou da moral”.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A BANDEIRA DO CEARÁ

Bandeira do Ceará (acima) - Bandeira do Brasil Império (abaixo)

Após o golpe militar de 15 de novembro de 1889 – que nos impôs o regime republicano – foi criada uma nova bandeira para o Brasil. Esta, se constituía numa imitação barata da norte-americana. Era composta de listas horizontais verdes e amarelas, e um quadrado azul – na parte esquerda de cima – com estrelas brancas a representar os Estados, antigas Províncias. A reação – a esta nova bandeira republicana – foi tão negativa junto à população do Rio de Janeiro, que as novas autoridades, quatro dias depois, voltaram atrás. Resolveram manter a bandeira do Brasil Monárquico, substituindo apenas o belíssimo escudo imperial por uma esfera azul, cortada com a frase positivista "Ordem e Progresso".
Vale o registro: a bandeira do Brasil Império foi criada por inspiração do Imperador Dom Pedro I. Este escolheu o verde (cor da Casa Real dos Bragança) e o amarelo (cor da Casa dos Habsburgo, da Imperatriz Leopoldina). Coube ao pintor Debret fazer o desenho da bela bandeira verde-ouro, que continua a ser o nosso maior símbolo, apesar das modificações citadas acima.
Dos atuais pavilhões dos estados brasileiros, o único a lembrar a Bandeira da Monarquia é o do Ceará. Ela surgiu assim: o comerciante fortalezense João Tibúrcio Albano tinha por hábito – no início do século passado – hastear, nas datas importantes, a bandeira do Maranhão, terra da sua esposa. Como cearense João Tibúrcio Albano ficava frustrado, pois seu torrão natal ainda não possuía um pavilhão. Um dia teve a idéia de adaptar às armas do Ceará numa bandeira brasileira. Para isso, mudou a cor da esfera. Saiu a azul com estrelas substituída pela esfera de cor branca. Consta no Anuário do Ceará: "por muito tempo a bandeira idealizada por João Tibúrcio Albano serviu de modelo a muitas outras que tremularam nas sacadas dos nossos educandários. Só em 1922 o Presidente Justiniano de Serpa assinava decreto instituindo o pavilhão cearense, determinando fosse este formado do retângulo verde e o losango amarelo da bandeira nacional, tendo ao centro um circulo branco em meio do qual deveria situar-se o escudo do Ceará". Em 1967 o Governador Plácido Castelo assinou a Lei 8.889 que definia a composição da bandeira do Ceará.
Pormenores Históricos
O Verde - O retângulo verde está vinculado às cores da Casa de Bragança, em Portugal. Por outro lado, simboliza o país da "eterna primavera" nas palavras de Dom Pedro I.O Amarelo - A explicação mais aceita é a de que esteja vinculado às cores da Casa de Habsburgo (a Imperatriz Dona Leopoldina era, originalmente, Habsburgo). O Brasão do Império (ao centro da bandeira)1. Os ramos vegetais - São de café e de tabaco, duas riquezas do Império. Permaneceram, na República, no Brasão de Armas da República (ou Escudo de Armas da República).2. A Cruz de Cristo - Bem ao centro vê-se a Cruz de Cristo (é um dos tipos de cruz) que nos lembra Portugal e a Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo, nome que, em Portugal, tomou a Ordem dos Templários. Figurava nas velas das caravelas por ser de sua origem o financiamento das navegações, já que se tratava de organização muito rica, na época dos descobrimentos.3. A Esfera Armilar - É o símbolo do poder majestático em Portugal e, por extensão, entre os povos de sua origem. É uma esfera formada por armilas, que são círculos metálicos. Simboliza o mundo, também.4. A Faixa Azul Com Estrelas - As estrelas simbolizam as províncias do Império, em número de dezenove. É sempre interessante lembrar que a maior delas era a do Grão Pará, que era formada pelos atuais estados do Pará e do Amazonas. Por isso o título constitucional do herdeiro do Príncipe Imperial (ou Princesa Imperial), que era o herdeiro presuntivo da Coroa, era o de Príncipe do Grão Pará. Para entender melhor, se S.A.I. e R. o Príncipe Dom Bertrand, atual Príncipe Imperial do Brasil por ser o sucessor do Chefe da Casa Imperial, fosse casado e tivesse filhos, o seu herdeiro teria o título de Príncipe do Grão Pará.5. A Coroa - Acima do Brasão de Armas está a Coroa Imperial (de formato diferente da Coroa Real).6. A Cruz acima da Coroa - Significa que Deus está acima do Imperador.
Observação: Conforme bilhete escrito pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca, a orientação dele quanto à nova bandeira, a da República, foi a seguinte: "A Bandeira Nacional, já tão conhecida, e reconhecidamente bela, continua, substituindo-se a coroa sobre o escudo pelo cruzeiro ". Despacho do Marechal Deodoro em uma proposta para nova bandeira da república, de 17.11.1889. (Cfe. Heráldica, de Luiz Marques Poliano, Editora GRD - São Paulo - 1986 - pág. 231).

terça-feira, 2 de junho de 2009

Monges e monjas executam músicas clássicas

Os Cavalcante fazem história

Podemos imaginar o nosso personagem, Lourenço Cavalcanti (aquele herói da Ressurreição Pernambucana, que lutou bravamente contra os holandeses, e citado em postagem anterior) vestido com a indumentária acima. Sim, não é Lourenço Cavalcanti o personagem acima, mas Domingos Jorge Velho, o bravo bandeirante que exterminou (mais de 30 anos depois da expulsão dos holandeses) um grupo que havia se formado por influência dos invasores: o quilombo dos palmares.
Outros Lourenço Cavalcanti fizeram história. Um deles chamava-se Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão, primeiro e único barão de Atalaia, (Águas Belas, 1804 – Cantagalo, 13.2.1867), foi advogado, político e militar, além de comendador, coronel da Guarda Nacional e deputado provincial por Alagoas em diversas legislaturas.
Filho de Lourenço Bezerra Cavalcanti de Albuquerque e de Josefa Florentina de Albuquerque Maranhão, casou-se com Ana Luísa Vieira de Sinimbu, irmã do Visconde do Sinimbu, com a qual deixou descendência.
Possuía um sobrado no centro de Maceió, onde hospedou o imperador D. Pedro II certa vez. Devido a rixas com o Barão de Jaraguá, teve a vista que o sobrado tinha para o mar prejudicada pela construção de uma alta torre no sobrado daquele, que era vizinho. Posteriormente, foi jurado de morte pelos irmãos Morais, um bando de cangaceiros.
Títulos nobiliárquicos
Comendador da Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem da Rosa. Barão de Atalaia com honras de Grandeza. Título conferido por decreto imperial em 19 de feveiro de 1858 e grandezas em 14 de março de 1860. Refere-se à cidade alagoana de Atalaia, onde se concentrou a resistência alagoana quando da revolução de 1817. Por sua lealdade,D. João VI elevou a comarca pernambucana à condição de província de Alagoas, pela qual o nobre fora deputado diversas vezes.
Um outro foi o Político Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, nascido em Pernambuco, em 1824. Foi Ministro dos Estrangeiros (1882) e da Agricultura, Comércio e Obras (1889), deputado da Câmara Geral por Alagoas e presidente da província de Pernambuco. Morreu no Rio de Janeiro, em 1918.

Cientistas que crêem em Deus


Esta copiei do blog do professor Felipe Aquino:

Jamais será verdade que haja oposição entre a Ciência e a Fé; isso só acontece na mente de quem conhece apenas uma delas.
A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II mostrou bem claro a harmonia entre a fé e a ciência:
“Se a pesquisa metódica, em todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica e segundo as leis morais, na realidade nunca será oposta à fé: tanto as realidades profanas quanto as da fé originam-se do mesmo Deus. Mais ainda: Aquele que tenta perscrutar com humildade e perseverança os segredos das coisas, ainda que disto não tome consciência, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todas as coisas, fazendo que elas sejam o que são”.(GS,36)

“Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornaram-se visíveis à inteligência por meio das coisas criadas… Muitos, contudo, conhecendo a Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças” (Rom 1,18).

“São insensatos por natureza os que desconheceram a Deus e, através dos bens visíveis, não souberam reconhecer Aquele que é, nem reconhecer o Artista, considerando as suas obras (Sab. 13,1).

Muitos cientistas de renome, alguns Prêmio Nobel, foram profundamente religiosos. Podemos ver aqui alguns exemplos tirados

Isaac Newton (1642-1727), fundador da física clássica e descobridor da lei da gravidade:
“A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta”.

William Herschel (1738-1822), astrônomo alemão, descobridor do planeta Urano:
“Quanto mais o campo das ciências naturais se dilata, tanto mais numerosas e irrefutáveis se tornam as provas da eterna existência de uma Sabedoria criadora e todo-poderosa”.

Alessandro Volta (1745-1827), físico italiano, descobridor da pilha elétrica e inventor, cujo nome deu origem ao termo voltagem: “Submeti a um estudo profundo as verdades fundamentais da fé, e [...] deste modo encontrei eloqüentes testemunhos que tornam a religião acreditável a quem use apenas a sua razão”.

André Marie Ampère (1755-1836), físico e matemático francês, descobridor da lei fundamental da eletrodinâmica, cujo nome deu origem ao termo amperagem:
“A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais”.

H. C. Oersted (1777-1851), físico dinamarquês, descobridor de uma das leis do Electromagnetismo:
“Cada análise profunda da Natureza conduz ao conhecimento de Deus”.

Jons Jacob Berzelius (1779-1848), químico sueco, descobridor de inúmeros elementos químicos:
“Tudo o que se relaciona com a natureza orgânica revela uma sábia finalidade e apresenta-se como produto de uma Inteligência Superior [...]. O homem [...] é levado a considerar as suas capacidades de pensar e calcular como imagem daquele Ser a quem ele deve sua existência”.

Karl Friedrich Gauss (1777-1855), alemão, considerado por muitos como o maior matemático de todos os tempos, também astrônomo e físico:
“Quando tocar a nossa última hora, teremos a indizível alegria de ver Aquele que em nosso trabalho apenas pudemos pressentir”.

Agustín-Louis Cauchy (1789-1857), matemático francês, que desenvolveu o cálculo infinitesimal:
“Sou um cristão, isto é na creio na divindade de Cristo como Tycho Brahe, Copérnico, Descartes, Newton, Leibniz, Pascal [...], como todos os grandes astrônomos e matemáticos da Antigüidade”.

James Prescott Joule (1818-1889), físico britânico, estudioso do calor, do eletromagnetismo e descobridor da lei que leva o seu nome: “Nós topamos com uma grande variedade de fenômenos que [...] em linguagem inequívoca falam da sabedoria e da bendita mão do Grande Mestre das obras”.

Ernest Werner Von Siemens (1816-1892), engenheiro alemão, inventor da eletrotécnica e que trabalhou muito no ramo das telecomunicações:
“Quanto mais fundo penetramos na harmoniosa dinâmica da natureza, tanto mais nos sentimos inspirados a uma atitude de modéstia e humildade; [...] e tanto mais se eleva a nossa admiração pela infinita Sabedoria, que penetra todas as criaturas”.

William Thompson Kelvin (1824-1907), físico britânico, pai da termodinâmica e descobridor de muitas outras leis da natureza: “Estamos cercados de assombrosos testemunhos de inteligência e benévolo planejamento; eles nos mostram através de toda a natureza a obra de uma vontade livre e ensinam-nos que todos os seres vivos são dependentes de um eterno Criador soberano.”

P. Sabatier (1854-1941), zoólogo alemão, Prêmio Nobel:
“Querer estabelecer contradições entre as Ciências Naturais e a religião, demonstra que não se conhece a fundo ou uma ou outra dessas disciplinas”.

Arthur Eddington (1882-1946), físico e astrônomo britânico:
“A física moderna leva-nos a necessariamente a Deus”.

Carl Gustav Jung (1875-1961), suíço, um dos fundadores da psicanálise:
“Entre todos os meus pacientes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu aos seus adeptos, e nenhum se curou realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria”.

Werner Von Braun (1912-1977), físico alemão radicado nos Estados Unidos e naturalizado norte-americano, especialista em foguetes e principal diretor técnico dos programas da NASA (Explorer, Saturno e Apolo), que culminaram com a chegada do homem à lua:
“Não se pode de maneira nenhuma justificar a opinião, de vez em quando formulada, de que na época das viagens espaciais temos conhecimentos da natureza tais que já não precisamos crer em Deus. Somente uma renovada fé em Deus pode provocar a mudança que salve da catástrofe o nosso mundo. Ciência e religião são, pois, irmãs, e não pólos antitéticos”. “Quanto mais compreendemos a complexidade da estrutura atômica, a natureza da vida ou o caminho das galáxias, tanto mais encontramos razões novas para nos assombrarmos diante dos esplendores da criação divina”.
Será mesmo que todos os cientistas são ateus? É claro que não.


Albert Eintein (1879-1955), físico judeu alemão, criador da teoria da relatividade, Prêmio Nobel 1921.
“Todo profundo pesquisador da natureza deve conceber uma espécie de sentimento religioso, pois ele não pode admitir que ele seja o primeiro a perceber os extraordinariamente belos conjuntos de seres que ele contempla. No universo, incompreensível como é, manifeste-se uma inteligência superior e ilimitada. A opinião corrente de que eu sou ateu, baseia-se sobre grande equívoco. Quem a quisesse depreender de minhas teorias científicas, não teria compreendido o meu pensamento”.

Dr. Adolf Butenandt, prêmio Nobel em Bioquímica:
“Com os átomos de um bilhão de estrelas, o acaso cego não conseguiria produzir sequer uma proteína útil para o ser vivo”.(A Criação não é um mito, Ed. Paulinas, SP, 1972)


Edwin Couklin (1863-1952), biólogo norte-americano:
“Querer explicar pelo acaso a origem da vida sobre a terra é o mesmo que esperar que um dicionário completo possa ser o resultado da explosão de uma tipografia”.

Max Plank (1858-1947), físico, alemão, criador da teoria dos quanta, Prêmio Nobel 1928:
“Para onde quer que se dilate o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre Ciências Naturais e Religião; antes, encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências Naturais e Religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam, mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão. (Gott steht für den Gläubigen em Anfang, fur den Phystker am Ende alles Denkens)”.


Guglielmo Marconi (1874-1937), físico italiano, inventor da telegrafia sem fio, Prêmio Nobel 1909:
“Declaro com ufania que sou homem de fé. Creio no poder da oração. Creio nisto não só como fiel cristão, mas também como cientista”.

Thomas Alva Edison (1847-1931), inventor no campo da Física, com mais de 2.000 patentes:
“Tenho… enorme respeito e a mais elevada admiração por todos os engenheiros, especialmente pelo maior deles: Deus”.

Edward Mitchell, astronauta da Apolo 14, um dos primeiros homens a pisar na Lua, afirmou:
“O Universo é a verdadeira revelação da divindade, uma prova da ordem universal da existência de uma inteligência acima de tudo o que podemos compreender”.

Fonte: TODOS PENSAM QUE DEUS EXISTE !
KJG – Königsbach, D – 67435 Neustadt – Burgunderstr. 44
Alemanha

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os Cavalvante perante a História

Invasão holandesa:
Sebastião da Rocha Pita, o famoso cronista baiano do século XVII, casou-se com D. Ana Cavalcanti de Albuquerque, aliando-se então às melhores famílias pernambucanas, Cavalcanti e Albuquerque, exilados na Bahia desde 1635 por causa da invasão holandesa. D. Ana Cavalcanti de Albuquerque era filha de Cristóvão Cavalcanti de Albuquerque, que acompanhara o pai, Filipe Cavalcanti, e de sua primeira mulher D. Isabel de Aragão, no êxodo de 1635, fugindo de Pernambuco para a Bahia por causa da invasão holandesa. Lourenço Cavalcanti de Albuquerque também emigrou para a Bahia com sua família e foi destacado herói da guerra de expusão dos hereges holandeses de nosso solo pátrio.
Lourenço Cavalcanti foi herói da ressurreição pernambucana e detinha o título, concedido por Matias de Albuquerque, de Governador das Salinas e da Casa da Asseca, na margem do Rio Beberibe, em Recife. Tomou parte em batalhas importantes, como em 14 de março de 1630, pondo em fuga cerca de 2 mil holandeses e matando quase 170, enquanto dos nossos só morreram 16. No ano seguinte, 1631, Lourenço Cavalcanti teve destacada atuação na guerra, ora fornecendo soldados, ora dirigindo seus capitães.
(V. "Memórias da Guerra do Brasil", de Duarte de Albuquerque Coelho - Fundação Cultural Cidade do Recife - 1981,).