sexta-feira, 31 de julho de 2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Aniversário de D. Raimunda; momentos inesquecíveis

Seu sobrinho, o Coronel João Bosco e sua esposa vieram de Natal para a festa de D. Raimunda.
Abaixo, vemos suas duas irmãs presentes à festa: Tia Telina e Tia Maria José (esta última, vindo de tão longe, Florianópolis).

Homenagem à minha mãe após seus noventa anos:

Mamãe,

Dê-me sua bênção!

Nossa imaginação é muito fértil. É através dela que principiamos a realizar nossos sonhos. Nós pensamos, imaginamos, criamos na mente todo um programa de vida ou alguma idéia maravilhosa. Somente após isso é que começamos a executar nossos ideais.

Relembrando hoje o seu passado, a senhora não se lembra de quantos sonhos ele foi feito? Lembra-se de seus sonhos de criança, de seu tempo da juventude ou até mesmo da época de sua maturidade? Como foi que estes sonhos nasceram e se desenvolveram na sua mente? Pela imaginação.

Mas a imaginação não faz apenas isso. Ela também produz idéias que podem prejudicar os nossos mais fabulosos sonhos. Sim, às vezes imaginamos que tudo vai dar errado, que as coisas não vão bem daquela ou de outra forma, que as pessoas não gostam tanto da gente como dizem, etc. E a mente também fabrica pessimismos, desânimos, falta de esperança no porvir, etc.

Quantas e quantas vezes a senhora não pensou desta forma? Quantas vezes imaginou que tal pessoa não gostava da senhora, que tal coisa não ia dar certo por isto ou por aquilo, e depois descobria que tudo não passava de uma imaginação negativa. As coisas às vezes aconteciam diferente daquilo que a senhora imaginava, não é verdade?

Isto que falei acima, nossa imaginação, poderíamos chamar do “mundo virtual” de nossa personalidade humana. Porque a realidade nem sempre é aquilo que imaginamos. Às vezes vivemos mais no mundo virtual do que no da realidade palpável, concreta, do dia a dia.

O mesmo pode-se dizer de nossas preferências, daquilo que amamos. Normalmente, nós amamos coisas concretas, palpáveis e reais, mas também gostamos de coisas existentes apenas na imaginação. Há, portanto, um amor que se chamaria de platônico, sonhador, romântico (no sentido de ilusório), e um outro realista e concreto. Um que não sai do imaginário, de sonhos, de ideais utópicos, e outro que está presente na nossa vida como coisa concreta, real, composto de pessoas e fatos que nos acompanham a onde a gente for.

Agora surge a pergunta: por que estivemos aí? Por causa de alguma imaginação utópica, algo de ilusório, de virtual, ou de alguma coisa concreta e visível?

Todos já sabem a resposta: estivemos aí porque fomos manifestar o nosso amor desinteressado e real à nossa mãe, nossa avó, nossa bisavó, a qual tem tantos outros títulos honrosos de afinidades com os que estiveram lá presentes , como o de sogra, de tia, de irmã, etc.

Minha mãe. A senhora deve ter usado muito sua imaginação nesses últimos dias. Mas será que imaginou que havia tanta gente que a ama? E que o amor destas pessoas não é imaginário, mas muito real? Para prová-lo, muitos tiveram sérias dificuldades para realizar uma viagem de tão longe, mas assim mesmo foram a Fortaleza para, junto com os demais, lhe oferecer algo que nem o rei mais poderoso do mundo pode dar: um momento de felicidade.

Amar de verdade é o fato de fazer uma pessoa feliz, tornando-se feliz também em ver na outra a realização de seu afeto. E quando olhamos um para outro dentro dos olhos, deitando neste olhar todo nosso afeto, toda nossa benquerença, realizamos nos fatos aquele ato de amor que nossa imaginação idealizou anteriormente.

Sim, o nosso olhar pode, e deve, ser acompanhado por outros gestos, como um abraço caloroso, um sorriso festivo e alegre, até mesmo algum símbolo material como algum presente. Mas nada substitui a nossa presença. Se todos quisessem manifestar este amor, por exemplo, via internet, por e.mails, por orkuts,etc., não passaria de uma coisa frustrante para a mamãe. Seria o mais virtual dos gestos virtuais. Tanto mais que ela nem gosta dessas coisas, não é verdade? E estando lá presente, ao vivo como diz, realizamos o mais real do mais legítimo amor verdadeiro. E isto somente com nossa presença e nada mais...

Das pessoas que estiveram ausentes, nossa lembrança (e portanto lá vai mais imaginação!) recorda nossos saudosos familiares falecidos, nosso pai e nossos irmãos. Dos irmãos há pouca lembrança do primeiro Jurandir, falecido com apenas dois anos, mas há muita memória do Jair e da Gracinha, com quem todos os outros irmãos conviveram toda suas vidas. Lembramo-nos principalmente de nosso querido pai e seu esposo; e por isso repito aqui aquela poesia que ele compôs em suas bodas de ouro:

Mamãe, nós a amamos muito e queremos viver junto com a senhora muitos anos ainda para poder manifestar este amor mais vezes no futuro.

Somos, por enquanto, 6 filhos, 21 netos e 15 bisnetos, além de duas irmãs, cinco noras e uma grande quantidade de parentes e amigos.

Receba a nossa sincera homenagem de um grande amor.

Filial e amorosamente.

Filhos: João Neto, Assis, Franciné, Juraci, Jurandir, Antonio.

Netos:

Netinho: 3;

Assis: 4

Franciné: 2

Juraci: 4

Jurandir: 2

Gracinha: 2

Antonio: 4

Total de Netos: 21

Bisnetos:

- de João Francisco – 2

- de Celina – 3

- de Hélcio – 2

- de Raniele - 1

- de Liângela – 2

- de Rosângela – 1

- de Reginaldo – 1

- de Rômulo – 1

- de Rafael – 1

- de Bárbara – 1

= Total - 15


BODAS DE OURO

Por: Francisco Batista Cavalcante

Em 17-01-1987


Cinqüenta anos se passaram

De sonhos e fantasia

Às vezes sonhando acordado

Às vezes quando dormia


No começo tudo era rosa,

Rosa ainda em botão,

Que aos poucos foi se abrindo

De dentro do coração.


Com o tempo a rosa fechou,

Surgiram os frutos do amor,

Com base na Lei de Deus

Que é o nosso Criador.


Os frutos se separaram

Já no tempo da colheita,

Muitos rebentos vingaram,

E a raiz ficou perfeita.


Era ainda muito jovem,

Mas sabia o que queria,

A vida estava incompleta,

Faltava uma companhia.


Encontrei, pois, a Raimunda

E tomei uma decisão

Nos unirmos para sempre

Com amor e doação.


A vida estava incompleta,

Mas, gerado com carinho,

Nasceu o primeiro fruto:

Nosso querido Netinho.


Começava nova vida,

E como era já esperado

Veio o segundo, o Assis,

Tornando o lar abençoado.


O terceiro, Jurandir,

Que era linda criança,

Só três anos, Deus o levou...

Nunca saiu da lembrança.


O quarto, o Franciné

Que é também muito querido

Possui um bom coração

E é o mais extrovertido


Bem, todos aqui nasceram

No Rio Grande do Norte

Viemos para Fortaleza

Pois, para tentar nova sorte


Nasceu nesta o quinto filho,

Com a ciência de Davi

E a paciência de Job,

Que é o nosso Juraci.


O segundo Jurandir

Que é o sexto na feitura,

É o gênio da família,

Mas só em literatura.


O sétimo, uma Gracinha

A filha que eu mais queria,

Viveu só trinta e três anos...

De tristeza ela vivia.


O oitavo foi o Jair,

Criança que a gente amou,

Com vinte e cinco somente

Para o Céu Deus o levou.


O último, o Toinho

Pra completar a jornada,

Esteve em nosso ninho

Ao final da caminhada


Depois vem mais dois filhinhos

Que com a gente hoje caminha,

Ao final da caminhada.

O André e o Daniel

O dois filhos da Gracinha


Se distingo cada um

É maneira de expressão

Pois todos formam um conjunto

Dentro do meu coração.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A caminho do centenário - aniversário dos 90 anos de D. Raimunda


Temos um visconde entre os Cavalcanti

Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, visconde de Cavalcanti
Armas do visconde de Cavalcanti, as mesmas das famílias Albuquerque e Cavalcanti.


Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, primeiro e único visconde de Cavalcanti, (Pilar, 9 de novembro de 1829 — Juiz de Fora, 14 de junho de 1899) foi advogado e político brasileiro.
Filho de Diogo Cavalcanti de Albuquerque e de Ângela Sofia Cavalcanti Pessoa, cursou o ensino primário em Pilar e o secundário no Liceu Paraibano, formando-se em direito pela Escola de Recife em 1852.
Foi promotor público em Areia e diretor da Instrução Pública da província da Paraíba (cargo que corresponde hoje ao de Secretário da Educação). Assumiu também o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e o Ministério da Justiça, além de dirigir o Ministério dos Estrangeiros. Presidente das províncias do Piauí, de 5 de novembro de 1859 a 1 de maio de 1860, do Ceará, de 27 de agosto de 1868 a 24 de abril de 1869, e de Pernambuco, de 10 de novembro de 1870 a 1871, foi responsável pela construção da Estrada de Ferro Conde d'Eu na Paraíba, que ligava Cabedelo a Alagoa Grande, e pela extensão da linha telegráfica de Recife a João Pessoa.
Além de elaborar relatórios e pareceres para o Império, foi o autor de uma monografia que apresentava os primeiros anos da república brasileira intitulado "Notice generale sur les principales lois promulgués au Brésil de 1891 a 1894".
Marcou o primeiro registro fonográfico do Brasil em 1889, após uma amostra de sua voz ser gravada em um disco cilíndrico.
Foi cavaleiro grã-cruz da Ordem de Cristo de Portugal e da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

A Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa é uma ordem honorífica dinástica portuguesa cujo Grão-Mestre é o Duque de Bragança. Foi instituída por Dom João VI em 6 de fevereiro de 1818, dia da sua aclamação, no Rio de Janeiro. O objetivo do rei era homenagear a Padroeira (designada por alvará de 1646), por Portugal ter sobrevivido, como país independente, às guerras napoleônicas que tinham assolado o país e a Europa. Até 1910 foram agraciados com esta ordem várias personalidades, essencialmente oriundas da nobreza e da aristocracia. O governo provisório em 1910 extinguiu-a como ordem militar, embora o rei Dom Manuel II no exílio e os duques de Bragança que lhe sucederam tenham continuado a utilizar as insígnias desta ordem, só recentemente o atual duque de Bragança a reabilitou como ordem dinástica honorífica da família real portuguesa, distinguindo várias personalidades que agracia com o grau de cavaleiros da ordem na festa de 8 de Dezembro em Vila Viçosa.
A insígnia desta ordem (de banda azul com risca branca ao meio) é constituída por um medalhão coroado, em forma de estrela, com um círculo ao centro onde se lêem as letras AM, com a inscrição Padroeira do Reino e foi desenhada por Jean Baptiste Debret em 1818.


O Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa é também conhecido por Solar da Padroeira, por nele se encontrar a imagem de Nossa Senhora da Conceção, Padroeira de Portugal. A igreja, que é simultaneamente Matriz de Vila Viçosa, fica situada dentro dos muros medievais do castelo da vila, não se podendo porém precisar a data exata da sua fundação, sendo que a existência da matriz é já assinalada na época medieval. O edifício atual resulta da reforma levada a cabo em 1569, reinando Dom Sebastião, sendo um amplo templo de três naves, onde o mármore regional predomina como material utilizado na construção. Segundo a tradição, a imagem da padroeira terá sido oferecida pelo Condestável do Reino, São Nuno de Santa Maria, que a terá adquirido na Inglaterra. A mesma imagem teve a honra de, por provisão régia de Dom João IV, referendada em cortes gerais, ter sido proclamada Padroeira de Portugal em 25 de março de 1646. A notável imagem, em pedra de ançã, encontra-se no altar-mor da igreja, estando tradicionalmente coberta por ricas vestimentas (muitas delas oferecidas pelas Rainhas e demais damas da Casa Real). Neste Santuário nacional estão sediadas as antigas Confrarias de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e dos Escravos de Nossa Senhora da Conceição. O Papa João Paulo II visitou este Santuário durante a sua primeira visita a Portugal, em 14 de maio de 1982. A grande peregrinação anual ao Santuário de Vila Viçosa celebra-se a 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição, Padroeira Principal de Portugal. Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa foi também declarada padroeira da Arquidiocese de Évora.
Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque é patrono da cadeira número 13 da Academia Paraibana de Letras, que tem como fundador João Ribeiro da Veiga Pessoa Júnior.