sábado, 26 de março de 2016

REMINISCÊNCIAS DE DONA RAIMUNDA


Em visita à casa da mãe nas inúmeras viagens que fiz a Fortaleza, sentamo-nos, como era costume, na varanda de frente, quando ela então passou a narrar suas lembranças de outrora.

Dados da família:
- 1⁰ casamento da vovó Bárbara, cujo nome de solteira era Bárbara Josino da Costa (ou de Oliveira). Após o casamento com Maximino Alexandre Fernandes, mudou o nome para Bárbara Josino Fernandes.
Filhos de Bábara:
Francisco Josino Fernandes (conhecido como “Nenen”), nascido em 1906; Rita Fernandes da Costa (depois mudado para Holanda após o casamento), nascida em 1909; Luiz Fernandes da Costa, nascido em 1911; João Josino da Costa, nascido em 1915 e, Maria Fernandes da Costa (mudado para Lima após o casamento), nascida em 1913.
2⁰ casamento da vovó Bárbara: com Francisco Cavalcante de Paiva, mudando o nome para Bárbara Josino Cavalcante.
Filhos: Raimunda Josino Cavalcante, nascida em 30.6.1919; Alcebíades Josino de Paiva, nascido em 1920; Telina Josino Cavalcante (depois Amorim), nascida em 1922; Hilda Josino Cavalcante (depois Pereira), nascida em 1914 e Antonia Josino de Paiva (cujo sobrenome permaneceu no casamento, o mesmo do marido que era também Paiva), nascida em 1926.
Vovó Bárbara faleceu em abril de 1952, de ataque cardíaco. Vovô Francisco faleceu em junho de 1971, de câncer no pâncreas. Este casou-se uma segunda vez com dona Edwigens Feitosa (depos Paiva), tendo como filha única Maria José de Paiva Cavalcante (depois mudado para Feijó).

Os filhos de dona Raimunda

O primeiro, João Batista Neto, nascido a 8 de março de 1938; o segundo, Francisco Assis Cavalcante, nascido a 20 de julho de 1939; o terceiro com o nome de Jurandir, nascido talvez em 1941, faleceu de desidratação aos dois anos (enquanto ele morria o outro nascia); o quarto, Francisco Cavalcante Neto, nascido a 4 de agosto de 1943. Todos estes quatro primeiro filhos nasceram no Rio Grande do Norte, portanto, nas mãos de parteiras.
O quinto filho, Juraci Josino Cavalcante, nasceu a 8 de agosto de 1946, sendo o primeiro a nascer em Fortaleza, e numa maternidade (“Maternidade César Cals”); Quanto ao sexto, Jurandir Josino Cavalcante, que teve o mesmo nome do outro falecido, nasceu a 20 de agosto de 1948, mas não deu tempo de levá-lo à maternidade, nasceu em casa mesmo.
Maria das Graças Josino Cavalcante, sexto filho, e única mulher, nasceu a 6 de outubro de 1950, na casa de saúde São Raimundo.
Os dois últimos filhos foram Jair Josino Cavalcante, nascido a 11 de novembro de 1954, e Francisco Antonio Josino Cavalcante, a 8 de março de 1958, ambos na maternidade César Cals.
Desta forma, ela criou oito filhos, sendo sete homens e  uma mulher.


Exemplo de concórdia entre casais
Mamãe conta que, ao chegar a Fortaleza, dedicou-se à arte de corte e costura a fim de ajudar papai nas despesas da casa. Certo dia, uma freguesa lhe encomendou um vestido e pediu que usasse o tecido com as figuras nele desenhadas de cabeça para cima. Na hora de confeccionar a roupa, mamãe errou e colocou as figuras de cabeça para baixo. Constrangida, disse ao papai que tinha de comprar outro pano e fazer o vestido novamente da forma que a cliente havia pedido. Mas, ele lhe falou secamente que não fosse comprar outro pano. Ela nada respondeu, porém, caladinha, foi à rua (ao centro da cidade, onde se vendiam os tecidos) e comprou o pano. Chegando à casa  fez novamente o vestido, desta vez da forma como havia pedido a cliente.
Ao terminá-lo, porém, teve uma ingrata surpresa. Papai apareceu na frente dela, repentinamente, e com um fósforo aceso queimou o vestido.  Isto sem dizer uma palavra. Ela, também sem nada dizer, pôs-se a chorar, olhando com tristeza o fruto de seu trabalho ser consumido pelo fogo. Papai saiu dali sem dizer uma palavra. Depois de algum tempo, arrependido, chegava da rua com o tecido que ele agora tinha ido comprar. Entregou a ela para que fizesse novamente o vestido, e o assunto foi assim encerrado.

O ciúme das parentes
Os primeiros anos de casamento eles passaram no Rio Grande do Norte, no lugar Passagem Limpa e Portalegre. Antes, e algum tempo após o casamento, mamãe se dedicava a fazer rendas (de bilros), bordados e redes (que a mãe dela, a vovó Bárbara, fazia no tear, e ela a ajudava).
Mamãe sempre demonstrou ter muito ciúme de suas cunhadas, as irmãs do papai: Anália, Antonia, Salomé e Rita. O pior caso ocorreu com Anália, a mais nova de todas. Quando papai e mamãe se casaram foram morar na casa dele, onde também residia todos seus irmãos, as citadas irmãs mais o de menor idade, Hermes. Seus pais haviam falecido quando papai ainda era bem jovem: perdeu a mãe com doze e o pai com dezesseis anos de idade. Os irmãos mais velhos (Pedro e Doca) haviam se casado e deixado papai como arrimo das mulheres e do mais novo. Não havendo com quem deixar os cuidados das irmãs e do irmão, o jeito foi trazer a esposa para dentro de casa.
O primeiro desentendimento da mamãe com as cunhadas foi quando ela foi atacada por uma vaca (tendo  escapado da mesma subindo numa pedra), enquanto suas cunhadas riam dela. Chegando à casa foi queixar-se com o papai, mas este ralhou com ela por haver tido mede da rês. Estava em início de gravidez e  poucos dias depois abortou seu primeiro filho, o que fez papai ficar muito arrependido de ter brigado com mamãe, supondo ele que, provavelmente por causa disso, ela perdeu o filho.
No entanto, passados alguns dias a coisa foi ficando cada vez mais tensa, especialmente com a cunhada Anália, a mais birrenta. Segundo a mamãe, as irmãs do papai nada faziam para ajudar nas despesas e limpeza da casa, só a mamãe é que trabalhava e tentava ganhar algum dinheiro. Um dia, ela discutiu com a Anália e ameaçou-a botar para fora de casa. E esta última a desafiou, dizendo que estava na casa do irmão dela, que era quem mandava ali. Mamãe não agüentou e exigiu que ela saísse.
Quando papai chega do trabalho, Anália correu logo a lhe fazer queixas e disse que daquela casa não saía, pois era a sua casa. Papai, calado como sempre, nada respondeu;  mas, passados alguns instantes, chamou a mamãe para ajudá-lo em alguma coisa fora da casa e assim falar a sós com ela. Chegando lá ele disse à mamãe que ela tinha de tolerar a irmã dele morando com ela sem brigas, e deu seus argumentos. Mamãe ficou irredutível e disse que exigia que ela  saísse de casa. Papai então foi duro com ela e disse que se não quisesse morar com a irmã dele, e cunhada dela, ele a largaria, o casamento estava acabado.
Aquela exigência e aquelas palavras foram muito duras para ela, que o amava muito e não desejava nunca que houvesse uma separação. Ficou pensativa e acedeu: resolveu concordar em que a Anália ficasse morando na casa com eles.
Mas, os desentendimentos eram constantes, sempre voltavam, e o convívio se tornava insuportável.  Papai resolveu, então, sair para outra casa e deixar seus irmãos morando em casa separados deles. Resolveu assim salvar diplomaticamente seu casamento, embora isso lhe custasse muito por causa do grande amor que nutria por seus irmãos.

Notícias sobre ancestrais mais remotos
Declarações da mamãe:
“Meu avô materno se chamava João Josino e era originário de Tibau, no Rio Grande do Norte. Dizia ele que sua família , a Josino, era descendente da Holanda. Certo dia, quando eu estava com três anos de idade, meu pai levou a  família para morar em Areia Branca, próximo  de Tibau. Minhas irmãs mais velhas (do primeiro casamento da mamãe) saíram para a praia e me deixaram em casa com a mamãe. Então eu chorei tanto para ir também com elas para a  praia que adormeci (consolada pela mamãe) e quando acordei estava toda dormente de tanta raiva. Demoramos pouco tempo em Areia Branca, logo voltamos para nossa casa em Portalegre. Mas lá em Portalegre a família terminou por se separar. Um dia, meu pai bateu em Maria, que era muito geniosa, e causou revolta nos outros filhos, principalmente nas minhas irmãs mais velhas, causando tremenda confusão que fez nos separar. Logo minhas irmãs foram morar  separadas, pois não aceitavam o rigor com que papai as tratava”.

O gavião
Quando ainda estavam recém casados, mas sem filhos ainda, certo dia veio um gavião e desceu sobre os pintos para pegar um deles, mas no momento exato errou o bote, bateu-se em alguma coisa e ficou ferido no chão. Papai foi tentar enxotar a ave, mas ela brigou com ele, com pena do animal, dizendo que o soltasse e deixasse voar e ir embora. Porém, repentinamente, o gavião atacou papai e o feriu no rosto.  Vendo-o com o rosto sangrando, mamãe não contou conversa: pegou um pau e partiu pra cima do bicho com raiva. Nesse momento, ela lembra que papai lhe disse: “Eis uma prova de que  você  realmente gosta de mim”.

O ganha-pão
Antes de se casar, mamãe conta que fazia renda de bilro, costurava, bordava e fazia redes para ajudar nas despesas de casa. Quanto ao  papai, este já havia se acostumado desde muito jovem aos trabalhos da lavoura, e com isso sustentava a si e a seus irmãos. Havia ficado órfão de mãe aos 12,  e de pai aos 16 anos de idade. Trabalhava na roça plantando milho, feijão e mandioca. Mas também criava caprinos e porcos para engorda e venda nas feiras livres. Muitas vezes ele mesmo matava uma criação e um porco, indo em seguida vender a carne para com isso ter o sustento da família.
Personalidades dos cunhados e cunhadas, segundo a mamãe:
- Anália: preguiçosa e arrogante, queria mandar em tudo e vivia pirraçando a cunhada;
- Antonia: a mais  velha, tinha um pouco de tudo isso, mas em grau menor. Era mais compreensiva, mas também não trabalhava para ajudar o irmão;
- Salomé: já era casada e vivia com seu marido;
Rita: também preguiçosa, não ajudava o irmão em nada;
Hermes; desde cedo revelou-se irresponsável, jogador, e se aproveitava da bondade do irmão que o sustentava;
Pedro e Doca: eram já casados, viviam em suas casas com suas  esposas.

O regenerado
Mamãe conta que havia um casal, seu vizinho, que foi pra ela exemplo de concórdia e de fidelidade. No início do casamento o marido agia com muita brutalidade e grosseria com a esposa. Esta, porém, suportava tudo calada, sem nada reclamar. Os dias foram se passando e aquele homem sempre a tratar mal a sua  esposa sem que ela nada replicasse,  suportando tudo calada e com resignação cristã.
Certo dia, o homem tratou a esposa como era costume e, vendo-a  resignada sem nada replicar, parou, ficou olhando admirado e  pasmado para a esposa e disse:
- “Meu Deus, eu não mereço ter uma esposa tão boa. Sendo assim, a partir de hoje vou mudar de vida e vou lhe tratar com carinho e amor”.
Realmente, a partir daquele dia o marido mudou completamente e comportamento e, segundo a mamãe, viveram muitos anos juntos em santa harmonia.

Os filhos mais doentes
Mamãe diz que os filhos  que lhe deram mais trabalho com doenças foram os  primeiros a nascer em Fortaleza, o Juraci e o Jurandir. Apesar de ter sido sempre robusto, o Jurandir foi acometido pelo ataque repentino de uma estranha doença que lhe tapava a garganta, sufocando-o. Sua vida foi salva, segundo a mamãe, graças ao tio José, esposo de sua irmã Toinha. Estando ele de visita á nossa casa, ao ver a criança naquele estado disse ao papai que aquilo era crupe, e que o levasse com urgência ao médico, pois aquela doença mata em menos de 24 horas. Meu pai ficou agoniado,foi até um vizinho, pediu ajuda e o mesmo os levou em seu carro a procura de médico, embora fosse tarde da noite. Saiu em busca de um médico que já conhecia, tendo telefonado antes para saber se o atendia àquelas horas da noite. O médico foi muito gentil e disse que fosse até sua casa, deu o endereço e ficou aguardando. Era quase meia-noite quando chegaram à casa do referido médico. Quando a consulta terminou já era quase uma hora da madrugada.O problema maior é que papai não tinha dinheiro para comprar o remédio, tendo o médico lhe empresado a quantia necessária. No mesmo carro que os levou foram até uma farmácia de plantão, onde foi logo ministrada uma injeção na criança. Compraram também um remédio via oral a ser dado quando chegassem à casa.
Ao chegar foi que perceberam que a coisa era realmente muito grave. Antes da injeção produzir efeito a criança ficou sufocando, embora um pouco quieta. Alguns depois, porém, o menino (que tinha em torno de dois anos)  ficou estrebuchando, pulando e impaciente com os ataques da doença. A mamãe ficava com o menino nos braços, segurando para não ficar se batendo, mas logo cansava e o entregava ao papai, e assim os dois se revezavam a noite toda. De 3 em 3 horas eles davam o remédio via oral. Os acessos foram aos poucos diminuindo, até que ao amanhecer do dia a criança havia se acalmado.
O outro filho, o Juraci, de repente foi também acometido por uma estranha doença que o impedia de andar. Ela e o papai ficaram aflitos pois o menino já tinha 3 anos e, de repente, passou a andar rastejando pelo chão, não conseguia ficar em  pé. Até hoje ela não se lembra que doença era aquela, só sabe que foram ao médico, deram remédio e ficou curado.



A religiosidade da mamãe
Toda a sua religiosidade, assiduamente católica, foi herdade do pai dela, Francisco Cavalcante de Paiva. Conta ela que seu pai tinha bons livros religiosos, que os lia com freqüência. Quando moravam no  sertão levava os filhos, percorrendo longas distâncias à pé, a fim de assistir às missas dominicais. Certo dia apareceu por lá um santarrão, tido por santo por algumas pessoas. O pai dela foi lá conferir, dizendo, por inspiração do discernimento dos espíritos, que o sujeito não tinha nada de santo. Discutiu com o sujeito, o qual terminou rogando uma praga no vovô. Muito católico e confiante na proteção divina, o Sr. Francisco não teve nenhum medo da praga. Poucos dias depois o santarrão se mostrou quem era ao  bulir com uma jovem do lugar, tendo que fugir de lá às pressas.
O pai da mamãe também era um anticomunista convicto. Soube que a “coluna Prestes” andava pelo sertão e diziam que  passaria pelo lugar onde ele morava com a família. Ao tomar conhecimento dos boatos, mandou fazer uma faixa grande com os dizeres “Abaixo o bolchevismo!”, e colocou-a na entrada do lugarejo a fim de que ficasse demonstrado a  rejeição que tal regime tinha por aquele povo.
Mamãe conta que em Fortaleza  tinha que assistir às missas numa igreja que ficava longe de casa, ao lado do famoso asilo de doentes mentais, conhecido simplesmente como “Asilo”, ou “Asilo da Porciúncula”, nome da igrejinha que ficava ao lado do mesmo. Ela era tão preocupada em não perder o horário da missa que sempre chegava à igreja bem cedinho,  muito tempo antes da missa começar. Certo dia, chegou lá de madrugada, carregando os filhos, todos ainda crianças, mas a igreja estava fechada. Bateu na porta e atendeu um padre, dizendo que era de madrugada e faltava ainda muito tempo para a missa. Mesmo assim ela pediu para que ele deixasse ela entrar com as crianças. No entanto, ele disse que fosse  procurar as irmãs da Porciúncula, que ficava ao lado, onde teria a companhia das freiras. E assim ela fez, ficando aguardando até a hora da missa, isto é, até às 4 ou 5 da manhã como era costume naquele tempo.
Já o pai dela, nunca perdeu uma missa dominical. E até assistia outras missas que podia no meio da semana. Certa feita, quando já morava em Fortaleza e trabalhava como guarda noturno, saiu de seu  posto de trabalho para assistir a uma missa que estava sendo celebrada bem próximo. Não sendo encontrado no seu posto de trabalho, foi demitido do emprego. Apesar de tudo, contou a verdade ao patrão e disse que estava mesmo assistindo  à missa, pois pretendia também comungar.
Esta história tem outra versão da mamãe.  Quando ela tinha cerca de 13 anos, isto é, lá pelo ano de 1932, o pai dela veio com a família tentar a sorte em Fortaleza.  Conseguiu emprego de guarda de trânsito, deixando seu posto de trabalho para assistir a uma missa, no que foi sumariamente demitido porque seus superiores notaram sua falta.


Alguns fatos dramáticos
Dona Raimunda sempre manteve grande serenidade perante alguns fatos dramáticos ocorridos na sua família. Vamos lembrar aqui alguns deles.
Como eram pobres não possuíam mobília apropriada. Assim, como não podiam comprar camas para os filhos dormir, o jeito era dar uma rede pra cada um. E as redes eram guardadas, durante o dia, num enorme caixão de madeira. Certo dia, alguém esqueceu-se de uma lamparina acesa em cima do caixão, que pegou fogo em todas as redes que lá haviam. Foi uma grande correria para apagar o fogo e não deixar se propagar por toda a casa. Neste dia foi o jeito dormir pelo chão mesmo.
O Jurandir, quando criança, foi acometido certa vez de sonambulismo. Levantou-se dormindo, atravessou a rua (que a gente chamava de “Pista do Cocorote”, era a estrada que levava ao aeroporto militar-civil da cidade), entrou na mercearia que ficava do outro lado da rua (seu proprietário era chamado de “Zé da Onça”), e ficou parado em frente ao dono sem nada dizer. O homem perguntava o que ele desejava, mas o sonâmbulo nada respondia. Advertido pelos outros irmãos, papai foi correndo até a mercearia e lá encontrou o fujão ainda em pleno sono. Foi fácil acordá-lo e levá-lo pra casa.
Um dos filhos da mamãe, certo dia, foi encontrado brincando com uma cobra no quintal. Era venenosa, mas por milagre não picou a  criança. Ela pegou de pau e matou a serpente.
Nosso irmão Franciné caiu por duas vezes em cacimbas. Na primeira, foi socorrido por um tio, que pulou na cacimba e resgatou a criança. Na segunda vez, já era rapazinho, e estava ajudando a fazer uma escavação, para aumentar profundidade e dar mais água, quando quebrou-se a corda que o sustentava e caiu no fundo do poço. Foi grave a pancada que teve na cabeça, mas graças a Deus sem maiores conseqüências.