domingo, 30 de agosto de 2009
Achegas do meu sertão
Nosso caro primo Waldir Fernandes de Lima, carioca da gema mas nordestino de coração, haja vista que nasceu desta nobre estirpe dos Fernandes, filho de nossa tia Maria e neto de Maximino Fernandes (o primeiro esposo da avó Bárbara), nos manda alguns apontamentos ou achegas sobre nossa ascendência, as quais reproduzimos abaixo com algumas adaptações e outros dados correlatos.
A Portalegre brasileira tem origem em Portugal. Lá há uma região chamada Alto Alentejo, lugar montanhoso que abrange os distritos de Évora e Portalegre. A cidade de Portalegre, em Portugal, está como a a daqui (no Rio Grande do Norte) situada numa altitude de cerca de 700 m. Há, portanto, uma certa correlação geográfica entre as duas cidades, embora não signifique obrigatoriamente que a portuguesa deu origem à nossa brasileira. Mas, se não foi, quem teria dado o mesmo nome e por que?
No final do século XVIII, foi registrado o surgimento de Portalegre através do avanço de currais de gado que se estendiam até a várzea do rio Açu/Apodi. O Capitão-mor Manoel Nogueira Ferreira ergueu a primeira fazenda do município pela necessidade de procurar paz e tranqüilidade, subindo então para a serra. A terra foi demarcada com um toro de madeira (dormentes). Daí o primeiro nome da Vila ser considerado Serra dos Dormentes. No ano de 1740, a vila teve seus primeiros e legítimos fundadores, os irmãos portugueses (será que não eram oriundos da Portalegre portuguesa?) Clemente Gomes d’Amorim e Carlos Vidal Borromeu, casado com Margarida de Freitas, filha do Capitão-mor Manoel Ferreira. Em 1752, dona Margarida de Freitas adoeceu.
Ela e seu marido fizeram votos de cura a Nossa Senhora de Sant’Ana, construindo uma capela em homenagem à santa pela graça alcançada. O segundo nome de Portalegre veio através dessa devoção, passando a se chamar Serra de Sant’Ana. Os irmãos portugueses, fundadores da vila, antes de receber do governo as concessões da terra já faziam benfeitorias e como não havia Títulos ou Cartas de Doação, o Capitão-mor Francisco Martins arrendava as terras pertencentes a Portugal. Por isso, a mudança do nome para “Serra do Regente” (da regência). No dia 12 de junho de 1761, a pedido do governador de Pernambuco, o juiz de Recife, Dr. Miguel Caldas Caldeira de Pina Castelo Branco, foi enviado à vila para demarcar a terra para os índios Paiacus que viviam na Ribeira do Apodi. A fundação oficial da vila de Portalegre aconteceu no dia 8 de dezembro do 1761, em virtude da Carta-Régia de 1755, e Alvará-Regio, também de 1755. Segundo Câmara Cascudo, Portalegre foi a terceira vila a ser fundada no Rio Grande do Norte, sendo antecedida de Nova Extremoz do Norte (região que atualmente pertence a Ceará-Mirim), e da vila Nova Arês.
A presença dos índios está registrada no documento datado de 3 de novembro de 1825, que fala da prisão e fuzilamento dos índios na vila de Portalegre. Os índios Luisa Cantofa e João do Pego, incentivadores da revolta indígena contra os moradores da vila, conseguiram escapar. Mais tarde, Cantofa foi assassinada, acompanhada de sua neta Jandi, no momento em que rezava o Ofício. O local do assassinato fica localizado, atualmente, na Bica.
Em 1730 chegaram a Portalegre (RN), Carlos Vidal Borromeu (que depois seguiu para Apodi), Clemente Gomes Amorim (irmão de Carlos Vidal, que foi embora para a famosa “Serra dos Martins”, antes conhecida como serra de Francisco Martins, a 15 km de Portalegre), e José Martins de Oliveira (sobrinho de Clemente, que seguiu com o mesmo para a Serra dos Martins).
Em 30 de março de 1817 o movimento revolucionário republicano que estourou em Pernambuco chegou a Portalegre. Destacaram-se como membros deste movimento em Portalegre Lourenço Alves de Oliveira, João Francisco Fernandes Pimenta e Antonio Fernandes Pimenta. Decorridos 9 anos, em 1826, o tenente Antonio Gomes chega a Portalegre para manter a ordem e o domínio da coroa (o Brasil já era independente). O delegado de polícia chamava-se Reinaldo Gaudêncio de Oliveira.
Os distritos de Apodi, Martins e Pau dos Ferros adquiriram suas autonomias, respectivamente, nos anos de 1835, 1841 e 1856, quando então foram desmembrados de Portalegre. Nossa avó Bárbara Josino da Costa era filha de João Josino da Costa e Antonia Josino de Oliveira. Casou-se dom Maximino Fernandes Pinto. Este, por sua vez, era filho de Salustiano Fernandes Pinto e Maria Gomes do Espírito Santo.
De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2003, sua população é de 6.866 habitantes. Área territorial de 110 km². Portalegre tinha uma área inicial de 5.000 km², que englobava toda a Microrregião Serrana do Rio Grande do Norte. A partir de 1963, no entanto, começou a ser desmembrada e deu origem aos municípios de Francisco Dantas, Riacho da Cruz, Viçosa, São Francisco do Oeste e Rodolfo Fernandes. Sua área foi reduzida a 110 km², segundo o censo demográfico de 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 1684, Manoel Nogueira Ferreira, querendo firmar posse simbólica na região que percorria, fincou dormentes na Serra do Apodi. A serra ficou conhecida como Serra dos Dormentes, em alusão aos marcos lenhosas. Manuel Nogueira faleceu em 1715, sem ele ter do governo concessão das terras, mas estas continuaram em poder dos descendentes do desbravador. Quinze anos depois, Dona Margarida de Freitas, filha de Manuel Nogueira, casada com Carlos Vidal Barromeu, começou a firmar-se em seus domínios.
Em 1750, Carlos Vidal herdou a sesmaria na Serra das Dormentes, por morte de seu irmão, Clemente Gomes de Amorim. Pouco tempo depois, adoecendo Dona Margarida de Freitas, Carlos Vidal fez promessa de construir uma capela a Santana, na esperança de seu restabelecimento, e a serra passou a se chamar Serra de Santana.
Depois da morte dos primitivos donos houve um abandono nas terras, talvez pelas longas estiagens, talvez pelas disputas de posseiros, ou talvez pela revolta indígena. O fato é que as terras, não mais utilizadas, voltaram a pertencer ao patrimônio do Rei de Portugal. Para essas terras despovoadas e disponíveis, o juiz de Fora de Olinda, Dr. Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo, conduziu mais de setenta famílias paiacus, aldeadas no apodi, a pedido dos seus moradores prejudicados pela desordem causada pelos índios, fundando, em 9 de dezembro de 1761, a Vila de Portalegre.
Conta a tradição que ao chegar ao cimo da serra e desconhecendo o belo panorama, Castelo Branco pronunciou estas palavras: É uma porta alegre do sertão! Há outra hipótese plausível: o nome Portalegre seria proveniente de uma vila do alentejo, em Portugal.
Através de Alvará, no dia 6 de junho de 1755, a povoação de Portalegre foi elevada a categoria de município.
Economicamente, Portalegre sobrevive dos setores primário e secundário. A redução do território prejudicou o desenvolvimento da pecuária, já que as terras apropriadas para a criação de gado passaram a pertencer a outros municípios, ficando apenas uma área montanhosa. Mas, do pouco que restou, a serra apresenta uma planície propícia para a agricultura, mesmo sendo considerada pequena a produção agrícola de subsistência, com ênfase para mandioca, feijão e milho. Em segundo plano, estão as frutas.
Atualmente, o caju vem se destacando na fruticultura do município. Em 2002, segundo dados do IBGE, foram colhidos 2.150 hectares de caju, que possibilitam a produção doméstica de doce, e a comercialização da castanha, hoje o quarto produto na pauta de exportações do Rio Grande do Norte. Na zona rural, plantações de bananeiras, cajueiros, goiabeiras e outras árvores frutíferas ajudam na subsistência da população.
A maioria dos estudantes de Portalegre freqüenta o Ensino Fundamental. De acordo com o IBGE, no ano de 2003, foram matriculados 278 alunos no Ensino Pré-Escolar; 1.491 no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 364 alunos. Conforme a Secretaria Municipal de Educação, há oito escolas de Ensino Fundamental na zona rural e três escolas de Ensino Fundamental na zona urbana.
A população conta com um hospital-maternidade na cidade, além de um centro de saúde. Na zona rural, são seis postos de saúde, sendo oferecidos, no total, dois médicos, duas enfermeiras e onze auxiliares de enfermagem.
Portalegre foi destaque na Revolução de 1817, conhecida como Revolução Republicana, que lutou contra o poder imperial. Por esse motivo, é considerada a capital revolucionária do Oeste Potiguar.
Portalegre tinha uma área inicial de 5.000 quilômetros quadrados, que englobava toda a Microrregião Serrana do Rio Grande do Norte. A partir de 1963, no entanto, começou a ser desmembrada e deu origem aos municípios de Francisco Dantas, Riacho da Cruz, Viçosa, São Francisco do Oeste e Rodolfo Fernandes. Sua área foi reduzida a 110 quilômetros quadrados, segundo o censo demográfico de 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Turismo: atrativos ecológicos
Portalegre foi contemplada pela natureza com belas paisagens naturais. A cidade possui dois sítios arqueológicos, a Pedra do Letreiro e a Furna do Pelado, descobertos por pesquisadores do Núcleo de Arqueologia da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Esses sítios ainda estão sendo estudados, mas já são pontos turísticos da cidade. Ambos contêm inscrições e gravuras rupestres.
As riquezas naturais são mais visitadas por quem busca momentos de reflexão, relaxamento e contato com a natureza. Um dos principais pontos é o Terminal Turístico da Bica, distante 400 metros do centro da cidade, que recentemente foi reformado pela Prefeitura. Lá existem diversas nascentes de água cristalina que brotam do solo. Também no Terminal Turístico, está a oca da índia Cantofa e onde, segundo a lenda, se pode ouvir o Ofício de Nossa Senhora. Percorrendo a natureza, guiado pelas histórias populares, pode-se visitar a região da cova de Cantofa, onde, segundo os moradores, não nasce vegetação alguma.
CACHOEIRAS - A água é um elemento bastante presente na Serra de Portalegre e configura atrativos como a Cachoeira do Pinga e a Cachoeira da Chã de Vila, as mais visitadas. Delas é possível ver o arco-íris formado pelo cair da água. Existem também alguns olhos d’água e riachos que serviram, por algum tempo, como demarcadores naturais das terras.
TRILHAS - Os mais aventureiros podem enfrentar algumas trilhas. Uma delas vai até a Serra de Martins, um percurso quase inexplorado que era feito pelos carteiros. Os trechos são fortemente marcados por subidas e descidas íngremes, mas o visual compensa o esforço. Para os que querem apenas vislumbrar a paisagem, a sugestão é ir ao Mirante, de onde se pode ter uma bela vista da serra e região vizinha.
ROCHAS - As formações rochosas da cidade encantam os turistas, como as que lembram torres de castelos medievais, de onde se pode ter a mais bela vista do município de Portalegre e cidades vizinhas. O acesso ao local se dá através de trilhas.
A Portalegre de Portugal
Portalegre é uma cidade portuguesa, capital do distrito do mesmo nome, situada na região do Alentejo e na subregião do Alto-Alentejo, com 15 238 habitantes (censo de 2001). É sede de um município com 446,24 km² de área e 25 980 habitantes (2001), limitado a norte pelo município de Castelo de Vide, a nordeste por Marvão , a leste pela Espanha, ao sul por Arronches e Monforte e a oeste pelo Croato.
Portalegre situa-se numa das encostas da Serra de São Mamede, uma cordilheira montanhosa, com uma grande variedade em flora e fauna, parcialmente designada parque natural. Águias, veados e javalis, por exemplo, vivem entre bosques de castanheiros e carvalhos, enquanto grandes pedras deixam a indicação de que esta zona não era habitada nos tempos pré-históricos.
A origem de Portalegre é Romana, apesar de a cidade estar repleta de encantadoras mansões Renascentistas e Barrocas.
Castelo de Vide, situada noutra encosta da Serra de São Mamede, é conhecida, desde o tempo dos Romanos, pelas suas águas com propriedades curativas e pelo castelo, danificado por uma explosão em 1705 e reconstruído em 1310, que lhe deu nome.
Do castelo em Marvão, espectacularmente situado num píncaro virado para a Serra de São Mamede e para Espanha, podem-se contemplar esplêndidas vistas sobre as férteis planícies. Esta pequena e tranquila cidade medieval é completamente rodeada por muralhas e as suas casas caiadas fundem-se com o granito das montanhas.
Perto do Crato, cujo castelo se mantém em ruínas, o mosteiro e igreja Flor da Rosa, construído em 1356, foi transformado numa pousada.
Existem ainda outras cidades que merecem ser visitadas, tais como Alter do Chão, que tem um castelo com cinco torres e um portal Gótico espantosos, e Campo Maior, com a sua algo mórbida Capela dos Ossos, datada de 1766 e completamente coberta de ossos.
Elvas, apenas a alguns quilómetros da fronteira espanhola, é uma cidade movimentada devido às suas redondezas, que deslumbra com o seu castelo Mouro-Romano e com o seu imponente aqueduto do século XVI, que circunda a zona velha da cidade.
Portalegre foi sempre terra de El-Rei, recebendo o seu primeiro foral no reinado de D.Afonso III (1259). O recém-constituído concelho era doado a seu filho bastardo D.Afonso Sanches.
No reinado de D.Dinis, por Carta Régia de 18 de Novembro de 1299, foi determinado que Portalegre não seria doado nem a infante, nem a rico-homem, nem a rica dona, mas ser d'El rei e de seu filho primeiro e herdeiro.
A 23 de maio de 1550, D.João III, Portalegre é elevada a cidade e, no mesmo ano, a sede de bispado, desanexada que foi do Bispado da Guarda - na prática, reconhecia-se Portalegre como importante centro administrativo e económico.
Com efeito, Portalegre era já desde o século XV conhecido pelas suas manufacturas de panos.
Zona fronteiriça por excelência, desde sempre sofreu investidas de tropas estrangeiras: em 1704 durante a Guerra de Sucessão de Espanha foi atacada e conquistada pelo exército de Felipe V; de novo em 1801 durante o episódio da Guerra das Laranjas, rendeu-se ao exército espanhol, aderindo à revolta contra o domínio francês. Finalmente, já no período liberal, durante as lutas cabralistas, foi ocupada por forças do general espanhol Concha (1847).
A importância de Portalegre a nível administrativo viria a ser reconhecida em 1859 ao tornar-se capital de distrito.
A antiga PORTUS ALACER foi em tempos remotos um porto seco para efeitos alfandegários.
D. Afonso III fê-la repovoar dando-lhe foral em 1259 e doando-a a seu filho D. Afonso Sanches, a 11 de Novembro de 1271.A proximidade com a fronteira espanhola levou D. Dinis em 1290 a reconstruir o castelo.
Foi elevada à categoria de cidade no reinado de D. João III, no ano de 1550 e a sede de Bispado. No séc. XVIII assiste-se a um forte crescimento económico que a torna possuidora de um património arquitectónico riquíssimo.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Maravilhas curativas da medicina popular
Fedegoso
Nome científico: Cassia occidentalis L.
Família: Fabaceae.
Sinônimo botânico: Cassia caroliniana Walter, Cassia ciliata Raf., Cassia falcata L., Cassia foetida Pers., Cassia frutescens Mill., Cassia geminiflora Schrank, Cassia linearis Michx., Cassia longisiliqua L. F., Cassia obliquifolia Schrank, Cassia planisiliqua L., Cassia sophera L., Ditremexa occidentalis (L.) Britton & Rose ex Britton & P. Wilson, Senna occidentalis (L.) Link, Senna occidentalis (L.) Roxb, Senna occidentalis (L.) Lrwin et Barn., Cassia macradenia Collad, Cassia occidentalis var. Aristata Collad.
Outros nomes populares: balambala, café-negro, folha-do-pajé, fedegoso-verdadeiro, ibixuma, lava-prato, mangerioba, mamangá, mata-pasto, maioba, pajamarioba, pereriaba, taracurú; coffee senna (inglês), casse puante (francês).
Constituintes químicos: antraquinonas, aloe-emodina, antrona, aurantiobtusina, criso-obtusina, ácido crisofânico, crisofanol, crisoeriol, emodina, kaempferol-3-soforosídeo, ácido lignocérico, ácido linoléico, manitol, ácido oléico, ácido palmítico, reína, obtusina, obsutsifolina, rubrofusarina, sitosterol.
Propriedades medicinais: analgésica, antianêmica (semente), antiasmática, antibacteriana, antídoto de venenos, antiespasmódica, antifúngica, anti-hepatotóxica, anti-herpética, antiinflamatória, antimalárica, anti-reumática, anti-séptica, antivirótica, carminativa, colagoga, depurativa, desobstruentes (raiz), diaforética, diurética, emenagoga, estomáquica, febrífuga, hepatoprotetora, hepatotônico, inseticida, laxante, oftálmica, purgativa, sarnicida, sudorífera, tônica, vermífuga (raiz).
Indicações: anemia, bronquite, cicatrização, coqueluche, complicações menstruais, contusão, distensão muscular, dor, dor de cabeça, dores gastrointestinais, doenças hepáticas, doenças venéreas, eczemas, epilepsia, erisipela, erupções cutâneas, febre, febre biliosa, ferida, fígado, fungo, gases, hepatite, hemorróidas, impaludismo, impigens, inflamação, inflamações uterinas, malária sementes tostadas), nevralgias, paludismo, porrigem (afecção cutânea), picada de escorpião, queimaduras (suco), reumatismo, sarampo, sarna, torção muscular, tuberculose, vermes.
Parte utilizada: cascas, folhas, sementes, raízes.
Contra-indicações/cuidados: pode provocar aborto; as sementes não devem ser ingeridas cruas, por serem tóxicas.
A ingestão das sementes cruas pode provocar degeneração dos tecidos do fígado, do coração e do pulmão.
Modo de usar:
- grãos torrados como sucedâneo do café;
- as folhas jovens e os brotos: como tempero em alguns países;
- cataplasma das folhas;
- infusão das folhas;
- decocção: ferver por 30 minutos, em ½ litro de água, 10 g de casca. Coar e beber 2 xícaras de chá ao dia (febres intermitentes);
- pó da raiz: moer 3 raízes até obter pó fino. Ferver, coar e tomar em jejum (verminose e amarelão);
- pó da semente: juntar 5 g de sementes em pó em 1 copo de água. Ferver. Coar e tomar em jejum, pela manhã (prisão de ventre).
Cassia alata L.
FEDEGOSO-GIGANTE
Nome científico: Cassia alata L.
Família: Fabaceae.
Sinônimo botânico: Senna alata (L.) Roxb., Cassia alata var. perennis Pamp., Cassia alata var. rumphiana DC., Cassia bracteata L. f., Cassia herpetica Jacq., Herpetica alata (L.) Raf.
Outros nomes populares: alcapulco, fedegosão, mangerioba-do-pará, mangerioba-grande, mata-pasto-grande, dartrial; candle bush; candelabra bush, roman candle tree, emperor’s candlesticks, ringworm bush (Austrália).
Constituintes químicos: princípios antraquinônicos. As flores são ricas em flavonóides e vitamina "C".
Propriedades medicinais: amargo, diurético, febrífugo, laxante.
Indicações: anemia, blenorragia, congestão do fígado, dispepsia, febre, febre tifóide, fígado, gonorréia, hemorróida, herpes, impingem, infecção, malária, pano branco, tratamento e prevenção da erisipela, sarna.
Parte utilizada: folhas, inflorescências, raízes.
Contra-indicações/cuidados: usar com cautela, sob recomendação médica, pois doses elevadas podem provocar nefrite aguda que pode ser fatal, em função das antraquinonas, especialmente em lambedores e xaropes caseiros feitos com as folhas.
Efeitos colaterais: o uso prolongado ou em altas doses pode entoxicar os rins.
Modo de usar: brotos recém colhidos atritados sobre a pele: infestação da pele por bactérias e fungos, impingens, panos-brancos, herpes, sarna e outras afecções da pele, uma vez por dia, por uma semana;
- refresco de uma inflorescência em 200 ml de água com açucar, batido no liquidificador. Beber duas vezes por dia: hemorróidas;
- decocção das raízes: forte ação purgativa, emenagoga e antifebril.