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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Homenagem à Tia Naninha em Natal

Estando em Natal, no encontro entre primos, todos netos da vovó Bárbara Josino da Costa, fomos visitar uma matriarca centenária, Anna Elfízia de Paiva. Dona Anna era a caçula entre 13 irmãos, filhos de Jezo de Paiva Cavalcante e Francisca Maria da Conceição. Seu irmão, Francisco Cavalcante de Paiva era o esposo de Bárbara Josino da Costa.
Por ocasião de seu centenário em 2005, D. Anna, ou Tia Naninha como é mais conhecida, fez o seguinte depoimento:
“Nasci no dia 25 de março de 1905, em um sítio localizado em Portalegre(RN). Minha família era pobre e não tinha um lugar certo para morar, até que meu pai conheceu um senhor que nos ajudou, dando um lugar para ficarmos. Esse homem nos dava de tudo e não queria pagamento. Satisfeito com tudo isso, meu pai o convidou para ser meu padrinho e ele prontamente aceitou. Com o trabalho no roçado, meu pai conseguiu juntar um dinheirinho para a compra desse terreno, mas o homem não aceitou dizendo ser este o presente de sua afilhada”.
Após essa introdução, Tia Naninha fala de como conheceu seu esposo, Henrique Barbosa de Amorim, sete anos mais velho do que ela. Pelo fato de seu pai não aprovar o namoro, teve que usar de um artifício: “fugiu” com o noivo e casou-se sem a aprovação dos pais. O casamento foi realizado na cidade de Pau dos Ferros, no dia 25 de março de 1920, no dia em que ela completava 15 anos de idade. O casal teve uma convivência de 42 anos, tendo no total 19 filhos, 6 dos quais “não se criaram”.
Atualmente, Tia Naninha reside em Natal, na casa de uma de suas filhas, Elita. Segundo dados da família, conta com mais 80 netos, 203 bisnetos e 61 tataranetos.
Recentemente, um jornal de Natal publicou uma reportagem falando sobre longevidade, onde a homenageada era Tia Naninha, conforme podemos ver abaixo:



Vendendo saúde aos 105 anos
Dona Ana Efísia mostra que é possível ultrapassar a idade centenária com lucidez e disposição
Sílvia Miranda Especial para o “Diário de Natal”:

Dificuldades, emoções, desafios, superação e muita fé. Assim é a história de vida de Dona Ana Efísia de Paiva, que hoje mora em Natal e completou 105 anos na semana passada, tendo vivenciado a morte de 12 de seus 19 filhos. Mais que centenária, ela prova que é possível ter saúde e alegria em qualquer idade.

Segundo estimativa do Instituto Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 45 mil dos 190 milhões têm mais de 100 anos, o que representa pouco mais de 0,02% da população nacional. Dona Ana é uma representante e tanto dessa turma. Nascida no município de Portalegre, a 366km de Natal, Ana Efísia, completamente lúcida, conta as dificuldades que passou para conseguir casar com Henrique Barbosa Amorim aos 15 anos. "Papai não queria nosso namoro porque ele era moreno, então um dia eu fugi para a casa de um casal de amigos e fiquei morando lá. Naquela noite deixei um pau de pilão dentro da rede, coberto com meu lençol, e meus pais só vieram perceber minha ausênciano outro dia. Insistiram para que eu voltasse, mas alguns dias depois casei".

Para ela, os maiores prazeres da vida hoje são poder deitar-se em uma rede na varanda e tragar um cigarro. "Fumo desde os 9 anos e nunca tive problemas com o cigarro, minhas taxas são todas normais", acrescenta. Ela diz que não dispensa um bom feijão com arroz diariamente, um cafezinho e o velho mingau de farinha láctea com leite.

Muito trabalho

A receita para uma vida longa, segundo ela, é muito trabalho. Efísia diz que, após o casamento, teve de enfrentar muitos desafios para conseguir colocar alguma coisa dentro de casa. "A gente morava num sítio em Portalegre e trabalhava com criação de gado, ovelha, tirando leite da vaca, fazendo queijo, trabalhando de dia e de noite na plantação de batata e à tarde fazendo rede para vender. Foi assim que fomos conseguindo as coisas e criando nossos filhos".

Mas a melhor fase de sua vida não foi em sua cidade natal. Ela explica que foi uma época de grandes dificuldades e que ela só conseguiu viver em paz quando mudou-se para Pau dos Ferros, a 400km de Natal. "Minha maior vontade é poder um dia voltar à nossa casa em Pau dos Ferros". Foi forçada a vir para Natal quando o marido ficou doente. "Foi aqui onde ele faleceu com vários problemas no coração, para mim foi muito difícil continuar sem ele".

Hoje, com cerca de 80 netos, 200 bisnetos e 60 tataranetos, dona Efísia diz que conseguiu superar a perda graças ao amor da família e a fé. Com uma família tão grande, ela diz que já não sabe mais como conseguir reunir todo mundo. "Tenho muito prazer em poder reunir os familiares, mas hoje é impossível juntar todos porque tem gente espalhada por todo Brasil e até no Japão".

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Origem da família Paiva

Paiva - A família Paiva é de origem toponímica, pois o arroio Paiva é um afluente do Rio Douro, famoso em Portugal e cuja região é cheia de tradições históricas. Há menção à batalha de Ouriques (de Dom Henriques contra os mouros, século XII), fazendo-nos supor que esta família data daqueles tempos. Também há uma versão que a data dos antigos tempos romanos, mas sem dados concretos que mostrem haver uma continuidade genealógica deste aquela época. Os nomes, meio estranhos, também nos fazem lembrar muito mais a Idade Média portuguesa. O certo é que se origina de uma das cinco grandes linhagens portuguesas, uma das mais remotas a que foi gerada por Dom Arnaldo de Baião, Senhor de Baião, que teve vários filhos, entre os quais Dom Guido Araldes, senhor de Aguiar de Sousa e do Paço de Sousa, havido em dote por casamento com D. Leonguida Soares, filha de Dom Soeiro Echigues. Deste nasceu Dom Trocosendo Guedes, chamado de “Paiva de Riba do Douro”, que casou com D. Toda Hermigues, filha de Dom Hermigo Alboazar, da qual houve filhos, sendo um deles Dom Pedro, que do seu matrimônio com D. Toda Hermigues teve Dom Paio Pires Romeu, que de sua mulhar, D. Goda Soares, filha de Dom Soeiro da Maia, “O Bom”, e de sua mulher, D. Elvira Nunes das Astúrias, houve Dom Soeiro Peres de Paiva, chamado Dom Soeiro Mouro. Casou este Dom Soeiro Peres com D. Urraca Mendes de Bragança, viúva de Diogo Gonçalves, morto na batalha de Ourique, a qual consta ter sido muito formosa e era filha de Dom Mem Fernandes de Bragança e de sua mulher, D. Sancha Viegas de Baião, nascendo do matrimônio João Soares de Paiva, “o Trovador”, que se consorciou com D. Maria Anes, filha de João Fernandes de Riba de Vizela e de sua mulher, D. Maria Soares, com geração.
O apelido foi tomado do senhorio de Paiva, que possuíram, e as armas que lhe pertencem são: De azul, com três flores-de-lis de ouro alinhadas em banda. Timbre: uma aspa de azul, carregada de duas flores-de-lis de ouro nas pontas de cima ou de uma só flor no centro. Como é óbvio, no entanto, o uso daquele nome como apelido só viria a dar-se algumas gerações mais tarde, e com João Soares de Paiva, “o Trovador”, que viveu mais ou menos entre 1275 e 1325

sábado, 21 de junho de 2008

Origens remotas da família Paiva

Como se sabe, o pai de D. Raimunda, Francisco Cavalcante de Paiva, embora humilde, era de origem de importante família portuguesa. Apesar de conter algumas imprecisões históricas (faltam fontes de referências), reproduzimos abaixo um texto em que a origem da família se remonta aos antigos tempos do império romano. Veja também no final um vídeo que mostra como se encontra hoje a região de onde surgiu a família em Portugal.
Os antecessores dos atuais portadores do ilustre sobrenome Paiva, que viveram na Península Ibérica durante o milênio que antecedeu o nascimento de Cristo, eram de origem céltica e conhecidos como lusitanos. Após uma fogosa batalha na qual os valentes portadores do sobrenome Paiva tiveram a oportunidade de participar, sucumbiram ante os romanos no ano de 140 A.C. e famílias, tais como os Paiva, encontraram-se sob seu domínio até o século V da era cristã. Os distintos portadores do sobrenome Paiva, os quais viveram ou nos arredores ou em Olísipo residiram, na realidade, no lugar que se converteu em Lisboa, capital de Portugal. Se crê tenha sido fundada pelos fenícios no ano de 1200 A.C. e seu nome original era Olísipo, quiçá derivado dos vocábulos fenícios "allis ubbo", que significa "pequeno porto encantador", ou da lenda que se conta que o fundador desta cidade foi Ulisses. Qualquer que tenha sido sua origem, sabe-se que esta área esteve debaixo do domínio romano deste 205 A.C. até o ano 409 de nossa era. Os membros da família Paiva que viveram nessa região durante o reinado de Júlio César viram tal assentamento desenvolver-se ao nível de município, com o nome de "Felicita Julia". Depois da queda do império romano, os membros da família Paiva que viveram no norte de Portugal viram como seu território foi ocupado pelos alemães chamados os suévicos, que por sua vez foram dominados pelos visigodos no ano de 469.
Os portadores do nome de família Paiva não poderiam imaginar que, pelo ano 711, os muçulmanos da África do norte conquistariam a maior parte da península. Os membros da família Paiva que foram suficientemente afortunados de viver no norte de Portugal, encontraram-se no que se chamava de "Condado de Portugal", única região que não fora conquistada pelos muçulmanos. Essa região serviu como base para a reconquista cristã do resto do país, uma reconquista que, sem dúvida, foi apoiada pelos patrióticos membros da família Paiva. Lisboa foi conquistada pelos muçulmanos no século VIII e foi sob seu domínio que a cidade ficou conhecida como variações de Lisboa, Luzbona, Lixbuna, Ulixbone e Alissíbona. Alguns especialistas sustentam que os muçulmanos tomaram este nome de um conquistado castelo romano, mas os historiadores dessa cidade sugerem que derive do português "Água boa".
Portadores do nome de família Paiva, que foram contemporâneos do rei Afonso III, viveram em uma época que viu o atual reino de Portugal reconquistado. A dinastia Avia, que ascendeu ao trono em 1383, fundou uma das primeiras monarquias centralizadas da Europa Oriental, por meio da qual se desenvolveu, efetivamente, a riqueza do país, em parte para subsidiar o programa de exploração, o qual, eventualmente, levou ao estabelecimento de um império colonial. Sem dúvida, esses antecessores, segundo pesquisadores de aventuras da linhagem Paiva, contribuíram para a criação e crescimento deste vasto império.
O sobrenome Paiva, antigo e ilustre sobrenome português, pertence à categoria de sobrenomes os quais são considerados como sendo de origem habitacional, provindo do nome de um rio em Portugal. A expressão "nomes habitacionais" é usada para descrever aqueles nomes de família os quais tem sua origem no local de residência do portador inicial. Em alguns casos, tais nomes são derivados do nome da cidade ou região onde o portador original foi nascido, residia ou possuía terras. Na Europa Medieval, antes que um sistema estruturado de sobrenomes fosse estabelecido, era prática comum o uso de um segundo nome, o qual servia como meio de distinguir pessoas que possuíam o mesmo nome de batismo. Com relação ao sobrenome Paiva, é também nome de um rio que deságua no famoso rio Douro em Portugal. Iniciou-se esta família de uma das cinco grandes linhagens portuguesas, pois provém de Dom Arnaldo Baião, que morreu de uma seta no cerco de Viseu. Seu primogênito (*), João Soares de Paiva, senhor da Quinta de Paiva, tomou para si este nome, daí a origem da família Paiva. Servindo aos reis de Portugal, como magistrado e homem das leis, foi feito nobre da corte e recebeu seu brasão de armas que consta do "Livro do Armeiro-Mor". Uma das mais antigas referências a este nome ou a uma variante é o registro de Antônio Paiva, compositor português citado em 1550.
Portadores notáveis do sobrenome Paiva foram, entre outros: Miguel de Paiva, pintor real citado em 1641; Dionísio Antônio de Paiva, escritor português citado em 1797; Sebastião de Paiva, teólogo português, falecido em 1559; e Manuel José de Paiva, escritor e jurista português, nascido em 1706. No Brasil, encontramos os registros de Maria Paiva, filha de João Álvares Paiva e Antônia Maria Nunes, batizada em São Paulo no dia 14 de novembro de 1762; e Alexandrina de Paiva, filha de José Francisco de Paiva e Anna Francisca, batizada em Aiuruoca, Minas Gerais, no dia 9 de julho de 1860.
Durante o século XII, os sobrenomes, tanto dos portugueses como os espanhóis, tais como o da honorável família Paiva, foram estabelecidos. Não obstante, a princípio, só foram utilizados por membros da nobreza, da armada e do clero. Muitos deles têm origem em nomes de lugares, povos e castelos conquistados por um cavaleiro ou um senhor feudal. Portanto, se um antepassado da família Paiva ajudou ao rei na conquista de certo castelo ou povo, foi-lhe concedido um brasão de armas ante suas façanhas, adotando como hereditário o nome do castelo ou cidade em particular. Ele e sua família consideraram este nome como um emblema de honra, que foi passado de uma geração a outra.
(*) Alguns autores defendem a tese de que João Soares de Paiva era penta-neto de D. Arnaldo Baião.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Origem dos Paiva


PAIVA - A exemplo dos Cavalcanti, entre os Paiva não houve um patriarca único que trouxe esta estirpe para o Brasil. Vieram todos de Portugal, onde pertenciam a diversos ramos da mesma família. Aqui se disseminaram e se miscigenaram como os demais.
Antônio Guedes de Paiva, bravo guerreiro que lutou contra os holandeses, tendo chegado a conquistar a patente de coronel, pertencia à companhia comandada por Bernardo Vieira Ravasco e um de seus feitos registrados foi ir “em duas canoas de pescadores de noite, com risco da própria vida e por uma notável tempestade que naquela noite sobreveio ao encontro de quatro naus holandesas fundeadas na barra do Paraguaçu... Passou perto das mesmas naus a recolher pelo mesmo rio a sua companhia que nele estava com o seu Terço para defesa daqueles engenhos...” Não há registro sobre sua família e descendência. Alguns Paiva se destacam hoje, mas a família não é numerosa. Há um município Paiva em Minas Gerais, com pouco mais de 1.400 habitantes. Algumas personalidades se destacam como Ataulfo Nápoles de Paiva, magistrado gaúcho, Francisco Álvaro Bueno de Paiva, político mineiro falecido em 1928, Galva Paiva e Marcelo Rubens Paiva, escritores, etc, mas todos de pouca expressão no cenário nacional