terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Um milhão de juazeiros a mais até julho de 2011
A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte iniciou a campanha para distribuir até o mês de julho de 2011, mês do centenário da cidade de Juazeiro do Norte, fundada pelo Padre Cícero, um milhão de mudas da árvore da qual a cidade herdou o nome: Juazeiro. A distribuição já se iniciou e se perpetuará entre os que visitam a terra santa do padre Cícero, até o próximo ano.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A ORIGEM DA FAMÍLIA HOLANDA NO BRASIL
Na página da Família Holanda (genealogias de famílias cearenses) há o seguinte relato sobre esta família:
"Os Holandas provêm do holandês Arnau Florentz, ou Arnau de Holanda, nobre que teve completa adaptação ao Brasil. Era filho de Margaretha Florentz e Hendrick Van Holland, Barão de Rhijnsburg. Consta que Margaretha(*) seja irmã de Adriano Florentz, Papa Adriano VI, o último Pontífice não-italiano até à eleição de João Paulo II. Arnau, natural de Utrecht, Holanda, possuía o título de Barão de Theorobonet. Atendeu ao convite de Duarte Coelho em 1535, trazendo para o Brasil a sua vontade de concorrer para a fundação de uma nova nacionalidade e de transplantar para os trópicos os progressos dos conhecimentos do seu tempo.
Casou-se em Pernambuco com D. Brites Mendes de Vasconcelos, tendo criado uma família que desde os primeiros tempos coloniais mostrou grande interesse em engrandecer a nova pátria, colaborando com os demais que tinham os mesmos interesses e atendendo a todos os reclamos que esta magna empresa exigia dos que a ela se afeiçoavam. Brites, quando jovem, orfã, ainda em Portugal, contava com valioso apoio familia Real. Conforme Antonio José Victoriano BORGES DA FONSECA em seu livro Nobiliarchia Pernambucana, de 1748, numa referência a Brites Mendes de Vasconcelos, diz que a Rainha D. Catarina, mulher de El-Rei D. João III, “a entregara a D. Brites de Albuquerque quando passou à Pernambuco em companhia de seu marido o Donatário Duarte Coelho, recomendando-lhe a sua acomodação, ao que generosamente satisfizera D. Brites de Albuquerque, casando-a com Arnau de Holanda e dando-lhe em dote muitas terras, nas quais fundou Brites Mendes muitos engenhos, que possuem hoje seus descendentes.”
Do matrimônio de Arnau de Holanda com Brites Mendes de Vasconcelos nasceram: Christóvão, Augustinho, Isabel, Ignez, Anna, Maria e Adrianna. O Ceará recebeu muitos membros ativos deste clã, representados pelos bisnetos e trinetos de Arnau, que chegaram às praias de Aracati e Cascavel no decênio inicial do século XVIII. À exemplo de outros parentes e contraparentes, vinham com a idéia de instalar no Ceará engenhos de açúcar, o que não foi possível; mas dirigindo as suas potencialidades para os outros ramos da indústria pastoril e agrícola, firmaram-se nas zonas sertanejas de Quixadá e Quixeramobim, no criatório de gado vacum, e pouco mais tarde na serra de Baturité, introduzindo ali as excelências da cultura elitizante do café. Participaram menos que os antecedentes nas lutas políticas, preferindo a atividade do campo para demonstrar esta adesão ao progresso do Ceará.
(*) - Nota enviada pelo Dr. Heriberto Carvalho Galvão, Juiz de Direito na cidade do Recife, também descendente de Arnau de Holanda por parte da família Linhares, de Sobral, Ceará, observa que o Pastor holandês Dr. Frans Leonard Schalkwijk , em extenso trabalho enviado ao Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP), com pesquisas junto a “Gemeente Archief Utrecht” (GAU), “Rijks Archief Utrecht” (RAU) e outras fontes, concluiu que há possibilidade de Margaretha Florensz (Margarida Florência) ter sido, na realidade, filha de um dos dois únicos irmãos do Papa Adriano VI - Claes ou Jan Dedel Boeyens. Margaretha teria se casado com Hendrick van Rhijnsburg (Henrique de Holanda na grafia holandesa) e teria um filho de nome Arnold Hendricksz (Arnau de Holanda), ou Arnoldo, filho de Henrique. Ainda, segundo esses estudos, Henrique de Holanda teria sido provavelmente um Bailio (magistrado provincial encarregado de defender os bens e direitos dos nobres) de Rhijnsburg e não Barão, como mostra Borges da Fonseca. Sendo assim, Arnau teria sido sobrinho-neto do Papa Adriano VI e não sobrinho deste, conforme aponta a maioria dos genealogistas.
Diz ainda o Dr. Heriberto que parte das pesquisas do Dr. Frans Leonard Schalkwijk foram localizadas nos “Transportenbokjes”, contendo dados sobre transferências, etc., e no “Klapper op de burgers van de stad Utrecht”, contendo referências e nomes dos cidadãos daquela cidade entre l306-l579. “Os documentos consultados encontram-se em ótimo estado de conservação ou restauração” - relatou o próprio Dr. Schalkwijk. Tal pesquisa foi requerida pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. Disse ainda ter aquele estudioso holandês consultado o “Testamentenklapper” (relação de documentos notariais da época) e o “Centraal Bureau voor Genealogie” (CBG), em Haia, bem como em livros sobre a nobreza na Holanda, documentação sobre a família Dedel, sobre o Papa Adriano VI, etc. Acrescenta, ainda, que os DEDEL eram considerados “nobres”, como o próprio nome indica (d´Edel – o nobre), enquanto os BOEYENS-FLORENSZ eram burgueses, cidadãos conhecidos de Utrecht. Os BOEYENS haviam prosperado, enquanto os DEDEL haviam empobrecido".
Frei Jaboatão assim explica a origem da família Holanda que veio para o Brasil:
“1. Arnao de Holanda foi filho de Henrique de Holanda Baravito de Reneoburg, natural de Ultreque, o qual Henrique de Holanda foi casado com Margarida Florença, que era irmã do Papa Adriano VI, e foi casado Arnao de Holanda com Brites Mendes de Vasconcelos, que era filha da Bartolomeu Rodrigues, camareiro-mor do infante D. Luiz, filho del-rei D. Manuel, e casado com Joana de Góes de Vasconcelos". (Pedro Calmon, Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico das Principais Famílias, de Frei Jaboatão, vol. I, pág. 64).
Esta família que se origina da Holanda (Arnao nasceu em Ultrecht) já se encontrava no Brasil quando os holandeses invadiram a Bahia e Pernambuco. O Patriarca da família já não existia em 1594 quando o filho, Agostinho de Holanda, então com 38 anos, depôs perante a Inquisição.
É provável que o nome Holanda tenha sido colocado em Portugal, pois era comum irem para a Península Ibérica fugitivos das guerras religiosas que grassavam nos países batavos (que na época eram dominados pela Espanha), e chegando lá mudarem os nomes para escapar de alguma vingança. Estes trânsfugas eram mais fugitivos do que desertores, pois procuravam escapar de perseguições por causa de suas convicções religiosas, levando assim para Portugal e Espanha as melhores credenciais de sua fidelidade à Igreja e à Fé Católica. Chegando no Brasil tiveram os mais sérios motivos, além da Fé Católica, em lutar contra os invasores holandeses no início do século seguinte.
É de ressaltar, no entanto, que não se conhece um Holanda famoso na luta contra os holandeses, como ocorria com os da família Cavalcanti, que eram mais numerosos e bem disseminados pelo Nordeste. No entanto, há dados históricos mais antigos desta família, como um João de Holanda, conde de Huntingon e irmão de Eduardo III, rei da Inglaterra no final do século XIV, conforme cita o historiador Oliveira Martins em sua obra "A Vida de Nun'Álvares" (Lello & Irmão - Editores, pág. 253).
Um nome que se destacou no período colonial foi o de Adriana de Holanda, matriarca da família em Recife, filha de Arnao de Holanda. Casou-se com o oficial alemão Cristóvão Linz, que conquistou as terras de Porto Calvo. O casal se estabeleceu no que hoje é o estado de Alagoas, fundando ali sete engenhos ao longo do litoral até o cabo de Santo Agostinho. Teve vida longa, sabendo-se que em 1640 ainda vivia com 100 anos de idade.
Hoje se destacam poucos remanescentes desta família, notando-se especialmente Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, lexicógrafo, filólogo, gramático, autor de famoso dicionário, nascido na cidade de Passo de Camarajibe (AL), em 1910, e falecido no Rio em 1980; Francisco Buarque de Holanda, filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, nasceu no Rio em 1944, é compositor de músicas populares; Sérgio Buarque de Holanda, nasceu em São Paulo em 1902, onde veio a falecer em 1982, escritor, sociólogo e historiador, também foi um dos que participou da Semana de Arte Moderna de 1922; Gastão de Holanda, nascido em Recife no ano de 1919, trata-se de ficcionista, crítico, poeta e artista gráfico, publicou alguns contos regionais; Nestor de Holanda Cavalcanti Neto, jornalista e compositor popular, nasceu em Vitória de Santo Antão (PE), no ano de 1921, e faleceu no Rio em 1970.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Conheça a história das aparições de Lourdes
Ao completar 152 daquelas aparições, a 11 de fevereiro, os Arautos do Evangelho estão divulgando o vídeo acima, com sucinto relato sobre os milagres de Lourdes
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Centenário da morte de Joaquim Nabuco
A Academia Brasileira de Letras, presidida pelo Acadêmico Marcos Vinicios Vilaça, e a Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro convidaram para a Missa Comemorativa do Centenário de Morte de Joaquim Nabuco, no dia 17 de janeiro, às 10h30min, na Igreja da Candelária, celebrada pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, com a participação do coral e orquestra Os violinos mágicos de Murillo Loures.
Uma Sessão Especial Comemorativa, da Academia Brasileira de Letras, com a presença do Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim como conferencista, foi realizada no dia seguinte, 18 de janeiro, às 17h30min, no Salão Nobre do Petit Trianon, sendo inaugurado, em seguida, um mural de cerâmica doado por Francisco Brennand, artista pernambucano, em homenagem ao grande líder abolicionista, que ficará permanentemente aberto à visitação pública, na sede da instituição, no Centro do Rio.
Uma Sessão Especial Comemorativa, da Academia Brasileira de Letras, com a presença do Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim como conferencista, foi realizada no dia seguinte, 18 de janeiro, às 17h30min, no Salão Nobre do Petit Trianon, sendo inaugurado, em seguida, um mural de cerâmica doado por Francisco Brennand, artista pernambucano, em homenagem ao grande líder abolicionista, que ficará permanentemente aberto à visitação pública, na sede da instituição, no Centro do Rio.
Dados históricos da família Costa
Origem remota da família Costa
Este apelido identificou uma família da nobreza medieval portuguesa que poderá derivar de um protonotário apostólico que viveu em Portugal nos princípios do séc. XIII, de origem grega e denominado Nicolau Kosta. Outros autores o dizem de mais remotas origens e o dão por usado no tempo de D. Afonso Henriques, afirmando que deriva da designação da Quinta da
Costa, na comarca de Guimarães, mas nem todos os do apelido têm a mesma origem. O topônimo Costa é bastante vulgar, o que explica a quantidade de pessoas de igual apelido. A mais antiga linha de Costas que se encontra devidamente documentada é a da varonia de Martim Gil Pestana, escudeiro nobre que viveu em Évora na segunda metade do séc. XIV e que se estende até finais do séc. XIII. Assim sendo, a chefia destes Costas, se não a de todos eles, veio a cair na Casa dos Silveiras, Condes da Sortelha.
O ramo dos Costas da cordeal de Alpedrinha, ditos senhores de Pancas D. Jorge da Costa usa as armas que este adaptou com o “corpo” da Empresa daquele purpurado : partido: o primeiro de azul, com uma roda de Sta. Catarina, de ouro, armada de prata, com o segundo de vermelho, com 6 Costas de prata, postas 2, 2 e 2, firmados nos flancos. Timbre: duas Costas de prata, passadas em aspa em atada de vermelho. Mencionam alguns heraldistas, as Costas destas armas não são a representação de ossos, mais sim de um tipo de facas designadas de “Costa”.
Personalidades mais importantes no Brasil
Esta é uma das famílias de que descende D. Raimunda por parte de sua mãe, sendo que por parte de seu pai ela é também um dos Cavalcante e tem também a família Paiva como ancestralidade. Vejamos algumas personalidades de destaque desta família;
Duarte da Costa, foi o segundo Governador Geral do Brasil, aqui chegando no ano de 1553. Veio em sua companhia Fernão Vaz da Costa, seu tio, que em 1591 aparece como vereador da Câmara de Salvador. D. Duarte da Costa era filho de Álvaro da Costa e sua mulher D. Madalena da Silva. O avô de D. Duarte, também Álvaro da Costa, era o Deão da Sé da Guarda, em Portugal. Um outro ancestral de D. Duarte, que também tinha o nome de Álvaro foi camareiro-mor e armeiro-mor do rei Dom Manuel, o Venturoso. Tratava-se, portanto, de uma família nobiliárquica. Duarte da Costa, porém, não fez bom governo e teve que voltar para Portugal com sua família. Ele também era armeiro-mor do rei e irmão colaço de D. João III.
Francisco da Costa, famoso Capitão e guerreiro, foi enviado a Ilhéus para combater os terríveis índios aimorés com um batalhão formado por indígenas da Paraíba. Era proprietário da Ilha dos Frades, no Recôncavo baiano, onde construiu a capela de Nossa Senhora de Loreto em 1645, ainda hoje existente. O famoso Barão de Loreto, Franklin Dórea, mais de dois séculos depois, teve seu Título inspirado nesta capela (por sugestão da Princesa Isabel), que na época lhe pertencia.
Domingos Antunes da Costa, quando tinha 39 anos servira exemplarmente, achando-se “em muitas ocasiões de guerra contra os holandeses”, “...havendo-se com bom procedimento na recuperação das fortalezas do Recife trabalhando dia e noite nas suas trincheiras e plataformas que se fizeram entre muita quantidade de balas de artilharia que o inimigo atirava”. Ganhou sesmaria em Caravelas, na Bahia, no ano 1701. Tornou-se tenente do mestre de campo general no ano de 1703.
Jorge Lopes da Costa, era pessoa influente na cidade do Salvador, onde exerceu funções, como procurador da Câmara, tesoureiro da Misericórdia e procurador da Condessa de Linhares (filha de Mem de Sá). No entanto, foi acusado de ser judaizante pela Inquisição em 1633 e 1645.
Manuel Paes da Costa, nascido e residente na Bahia, era filho de Agostinho Paes da Costa e Catarina da Fonseca, neto do sargento-mor Manuel Rodrigues da Costa, português do Alentejo. Capitão de infantaria em 1679, era também irmão da Santa Casa e ganhou sesmaria de 11,5 léguas no sertão de Itabaiana.
E assim, como as outras famílias que vieram da Europa para o Brasil, os Costa foram se multiplicando e se miscigenando com as outras estirpes. Do século XVI até nossos dias eles se tornaram também uma grande família que prestou inestimáveis serviços à Pátria. Destacam-se entre os membros desta família vários sertanistas, espécies de bandeirantes que desbravaram nosso “hinterland”, alguns dos quais citamos a seguir:
Gonçalo da Costa, português, morava em Cananéia onde se dedicava ao tráfico de escravos e preação de índios. Posteriormente prestou serviços à Espanha, acompanhando o explorador Cabeza de Vaca à região platina, sendo ele quem conduzia a nau capitânia; João Gonçalves da Costa, também português, morava em Cachoeira, Bahia, tendo vasculhado os sertões baianos a procura de riquezas até o ano de 1730; Julião da Costa, natural da Bahia, acompanhou o grande descobridor e sertanista Gabriel Soares de Sousa como capitão de entrada. Exploraram principalmente o sertão do Rio Paraguaçu, início das entradas da Bahia; Lázaro da Costa, chefiou uma bandeira que partiu de São Paulo em 1615 com o objetivo de combater os índios Carijós, alcançando ao final das terras de Santa Catarina; Lourenço da Costa, também bandeirante no século XVIII, natural de São Paulo, descobriu ouro nos morros próximos de São João Del Rei (MG), cujas minas se chamaram São Francisco Xavier. No século anterior um homônimo seu, também bandeirante, acompanhou Nicolau Barreto até o Guairá em 1602; Manuel da Costa, outro bandeirante, natural de São Paulo, em 1663 acompanhou uma bandeira com destino hoje controvertido. Foi companheiro de Fernão Dias Paes; Manuel Veloso da Costa, bandeirante do século XVII, paulista, fez várias incursões nos sertões do Paraná em busca de ouro e prata; Matias João da Costa, sertanista mineiro, explorou em 1707 as terras das margens dos rios Jequitinhonha e Pardo; Miguel Pereira da Costa, sertanista português do século XVIII, era também militar com a patente de mestre-de-campo e foi um dos pioneiros na exploração do Rio de Contas na Bahia, tendo deixado minucioso relatório; Salvador Pereira da Costa, bandeirante paulista do século XVIII, foi um dos primeiros descobridores de ouro em Minas Gerais.
Mas, hoje, a família Costa tem filhos com profissões também muito honrosas como os políticos: Afonso Gonçalves Ferreira da Costa, também filólogo, pernambucano, foi prefeito de Recife, deputado federal em 1897 e 1911, publicou algumas obras de natureza filológica; Artur de Sousa Costa, político gaúcho, foi também presidente do Banco do Brasil de 1931 a 34 e ministro da fazenda até 1954 quando Getúlio morreu; José de Resende Costa, foi preso juntamente com seu pai na Conjuração Mineira, deportado para Cabo Verde durante 10 anos, e quando voltou ao Brasil foi eleito deputado em 1821 e 1823; Artur da Costa e Silva, ex-presidente da república durante o regime militar, nasceu em Taquari(RS), no ano de 1902. e faleceu no Rio em 1969.
Da mesma forma destacam-se alguns militares de prestígio como: Euclides Zenóbio da Costa, comandou a primeira Divisão de Infantaria da FEB e participou das operações na Itália em 1945. Chegou a ser ministro da guerra no governo de Getúlio; Cândido Costa, também magistrado, fazia parte do Conselho Supremo Militar de Justiça quando faleceu em 1909; Dídio Iratim Afonso da Costa, paranaense de Guarapuava, escreveu várias obras de caráter histórico-militar; Valdemar de Figueiredo Costa, carioca, exerceu as funções de magistrado militar chegando a ser Ministro do Supremo Tribunal Militar em 1965.
No campo religioso os Costa também foram destaque, pondo-se em evidência o grande bispo D. Antônio de Macedo Costa, baiano, bispo do Pará, preso juntamente com D. Vital na famosa “Questão Religiosa” do Império. D. Macedo Costa era personagem de destaque também nos meios intelectuais. Merece menção o cardeal português D. Jorge da Costa, uma das principais figuras do clero em sua época (faleceu em 1508), era confessor e conselheiro do rei D. Afonso V. Contrapondo-se ao brilho de figuras tão marcantes tivemos o cismático Carlos Duarte Costa, o chamado “bispo de Maura” que criou a “Igreja Brasileira”.
Temos nesta família também artistas, médicos, poetas etc, como: Cáudio Manuel da Costa, o famoso poeta que participou da conjuração mineira juntamente com Tiradentes; Domingos de Almeida Martins Costa, médico brasileiro tido como o fundador da cardiologia brasileira; Gobert de Araujo Costa, bacteriologista brasileiro de renome; João Batista da Costa, pintor paisagista carioca, tendo estudado em Paris e realizado obra romântica; João Zeferino da Costa, pintor, foi discípulo de Vitor Meireles, sua obra de destaque foi a decoração da Igreja da Candelária, no Rio; Lúcio Costa, famoso arquiteto e urbanista brasileiro; Manuel Inácio da Costa, escultor baiano do século XIX, autor de obras sacras de grande valor e piedade.
Há uma versão que dá alguns membros da família Costa como descendentes de judeus, muitos dos quais eram tidos como “Cristãos Novos”. Um exemplo foi o português Gabriel Acosta, também chamado Uriel da Costa, filósofo português de origem judaica, nascido em 1591. Denunciado, fugiu da Inquisição para a Holanda, onde retornou oficialmente ao judaísmo. Expulso também pelos judeus, suicidou-se em 1647 em Amsterdã.
A cantora Elis Regina Carvalho da Costa pode ser destacada como personalidade atual de renome desta família.
Este apelido identificou uma família da nobreza medieval portuguesa que poderá derivar de um protonotário apostólico que viveu em Portugal nos princípios do séc. XIII, de origem grega e denominado Nicolau Kosta. Outros autores o dizem de mais remotas origens e o dão por usado no tempo de D. Afonso Henriques, afirmando que deriva da designação da Quinta da
Costa, na comarca de Guimarães, mas nem todos os do apelido têm a mesma origem. O topônimo Costa é bastante vulgar, o que explica a quantidade de pessoas de igual apelido. A mais antiga linha de Costas que se encontra devidamente documentada é a da varonia de Martim Gil Pestana, escudeiro nobre que viveu em Évora na segunda metade do séc. XIV e que se estende até finais do séc. XIII. Assim sendo, a chefia destes Costas, se não a de todos eles, veio a cair na Casa dos Silveiras, Condes da Sortelha.
O ramo dos Costas da cordeal de Alpedrinha, ditos senhores de Pancas D. Jorge da Costa usa as armas que este adaptou com o “corpo” da Empresa daquele purpurado : partido: o primeiro de azul, com uma roda de Sta. Catarina, de ouro, armada de prata, com o segundo de vermelho, com 6 Costas de prata, postas 2, 2 e 2, firmados nos flancos. Timbre: duas Costas de prata, passadas em aspa em atada de vermelho. Mencionam alguns heraldistas, as Costas destas armas não são a representação de ossos, mais sim de um tipo de facas designadas de “Costa”.
Personalidades mais importantes no Brasil
Esta é uma das famílias de que descende D. Raimunda por parte de sua mãe, sendo que por parte de seu pai ela é também um dos Cavalcante e tem também a família Paiva como ancestralidade. Vejamos algumas personalidades de destaque desta família;
Duarte da Costa, foi o segundo Governador Geral do Brasil, aqui chegando no ano de 1553. Veio em sua companhia Fernão Vaz da Costa, seu tio, que em 1591 aparece como vereador da Câmara de Salvador. D. Duarte da Costa era filho de Álvaro da Costa e sua mulher D. Madalena da Silva. O avô de D. Duarte, também Álvaro da Costa, era o Deão da Sé da Guarda, em Portugal. Um outro ancestral de D. Duarte, que também tinha o nome de Álvaro foi camareiro-mor e armeiro-mor do rei Dom Manuel, o Venturoso. Tratava-se, portanto, de uma família nobiliárquica. Duarte da Costa, porém, não fez bom governo e teve que voltar para Portugal com sua família. Ele também era armeiro-mor do rei e irmão colaço de D. João III.
Francisco da Costa, famoso Capitão e guerreiro, foi enviado a Ilhéus para combater os terríveis índios aimorés com um batalhão formado por indígenas da Paraíba. Era proprietário da Ilha dos Frades, no Recôncavo baiano, onde construiu a capela de Nossa Senhora de Loreto em 1645, ainda hoje existente. O famoso Barão de Loreto, Franklin Dórea, mais de dois séculos depois, teve seu Título inspirado nesta capela (por sugestão da Princesa Isabel), que na época lhe pertencia.
Domingos Antunes da Costa, quando tinha 39 anos servira exemplarmente, achando-se “em muitas ocasiões de guerra contra os holandeses”, “...havendo-se com bom procedimento na recuperação das fortalezas do Recife trabalhando dia e noite nas suas trincheiras e plataformas que se fizeram entre muita quantidade de balas de artilharia que o inimigo atirava”. Ganhou sesmaria em Caravelas, na Bahia, no ano 1701. Tornou-se tenente do mestre de campo general no ano de 1703.
Jorge Lopes da Costa, era pessoa influente na cidade do Salvador, onde exerceu funções, como procurador da Câmara, tesoureiro da Misericórdia e procurador da Condessa de Linhares (filha de Mem de Sá). No entanto, foi acusado de ser judaizante pela Inquisição em 1633 e 1645.
Manuel Paes da Costa, nascido e residente na Bahia, era filho de Agostinho Paes da Costa e Catarina da Fonseca, neto do sargento-mor Manuel Rodrigues da Costa, português do Alentejo. Capitão de infantaria em 1679, era também irmão da Santa Casa e ganhou sesmaria de 11,5 léguas no sertão de Itabaiana.
E assim, como as outras famílias que vieram da Europa para o Brasil, os Costa foram se multiplicando e se miscigenando com as outras estirpes. Do século XVI até nossos dias eles se tornaram também uma grande família que prestou inestimáveis serviços à Pátria. Destacam-se entre os membros desta família vários sertanistas, espécies de bandeirantes que desbravaram nosso “hinterland”, alguns dos quais citamos a seguir:
Gonçalo da Costa, português, morava em Cananéia onde se dedicava ao tráfico de escravos e preação de índios. Posteriormente prestou serviços à Espanha, acompanhando o explorador Cabeza de Vaca à região platina, sendo ele quem conduzia a nau capitânia; João Gonçalves da Costa, também português, morava em Cachoeira, Bahia, tendo vasculhado os sertões baianos a procura de riquezas até o ano de 1730; Julião da Costa, natural da Bahia, acompanhou o grande descobridor e sertanista Gabriel Soares de Sousa como capitão de entrada. Exploraram principalmente o sertão do Rio Paraguaçu, início das entradas da Bahia; Lázaro da Costa, chefiou uma bandeira que partiu de São Paulo em 1615 com o objetivo de combater os índios Carijós, alcançando ao final das terras de Santa Catarina; Lourenço da Costa, também bandeirante no século XVIII, natural de São Paulo, descobriu ouro nos morros próximos de São João Del Rei (MG), cujas minas se chamaram São Francisco Xavier. No século anterior um homônimo seu, também bandeirante, acompanhou Nicolau Barreto até o Guairá em 1602; Manuel da Costa, outro bandeirante, natural de São Paulo, em 1663 acompanhou uma bandeira com destino hoje controvertido. Foi companheiro de Fernão Dias Paes; Manuel Veloso da Costa, bandeirante do século XVII, paulista, fez várias incursões nos sertões do Paraná em busca de ouro e prata; Matias João da Costa, sertanista mineiro, explorou em 1707 as terras das margens dos rios Jequitinhonha e Pardo; Miguel Pereira da Costa, sertanista português do século XVIII, era também militar com a patente de mestre-de-campo e foi um dos pioneiros na exploração do Rio de Contas na Bahia, tendo deixado minucioso relatório; Salvador Pereira da Costa, bandeirante paulista do século XVIII, foi um dos primeiros descobridores de ouro em Minas Gerais.
Mas, hoje, a família Costa tem filhos com profissões também muito honrosas como os políticos: Afonso Gonçalves Ferreira da Costa, também filólogo, pernambucano, foi prefeito de Recife, deputado federal em 1897 e 1911, publicou algumas obras de natureza filológica; Artur de Sousa Costa, político gaúcho, foi também presidente do Banco do Brasil de 1931 a 34 e ministro da fazenda até 1954 quando Getúlio morreu; José de Resende Costa, foi preso juntamente com seu pai na Conjuração Mineira, deportado para Cabo Verde durante 10 anos, e quando voltou ao Brasil foi eleito deputado em 1821 e 1823; Artur da Costa e Silva, ex-presidente da república durante o regime militar, nasceu em Taquari(RS), no ano de 1902. e faleceu no Rio em 1969.
Da mesma forma destacam-se alguns militares de prestígio como: Euclides Zenóbio da Costa, comandou a primeira Divisão de Infantaria da FEB e participou das operações na Itália em 1945. Chegou a ser ministro da guerra no governo de Getúlio; Cândido Costa, também magistrado, fazia parte do Conselho Supremo Militar de Justiça quando faleceu em 1909; Dídio Iratim Afonso da Costa, paranaense de Guarapuava, escreveu várias obras de caráter histórico-militar; Valdemar de Figueiredo Costa, carioca, exerceu as funções de magistrado militar chegando a ser Ministro do Supremo Tribunal Militar em 1965.
No campo religioso os Costa também foram destaque, pondo-se em evidência o grande bispo D. Antônio de Macedo Costa, baiano, bispo do Pará, preso juntamente com D. Vital na famosa “Questão Religiosa” do Império. D. Macedo Costa era personagem de destaque também nos meios intelectuais. Merece menção o cardeal português D. Jorge da Costa, uma das principais figuras do clero em sua época (faleceu em 1508), era confessor e conselheiro do rei D. Afonso V. Contrapondo-se ao brilho de figuras tão marcantes tivemos o cismático Carlos Duarte Costa, o chamado “bispo de Maura” que criou a “Igreja Brasileira”.
Temos nesta família também artistas, médicos, poetas etc, como: Cáudio Manuel da Costa, o famoso poeta que participou da conjuração mineira juntamente com Tiradentes; Domingos de Almeida Martins Costa, médico brasileiro tido como o fundador da cardiologia brasileira; Gobert de Araujo Costa, bacteriologista brasileiro de renome; João Batista da Costa, pintor paisagista carioca, tendo estudado em Paris e realizado obra romântica; João Zeferino da Costa, pintor, foi discípulo de Vitor Meireles, sua obra de destaque foi a decoração da Igreja da Candelária, no Rio; Lúcio Costa, famoso arquiteto e urbanista brasileiro; Manuel Inácio da Costa, escultor baiano do século XIX, autor de obras sacras de grande valor e piedade.
Há uma versão que dá alguns membros da família Costa como descendentes de judeus, muitos dos quais eram tidos como “Cristãos Novos”. Um exemplo foi o português Gabriel Acosta, também chamado Uriel da Costa, filósofo português de origem judaica, nascido em 1591. Denunciado, fugiu da Inquisição para a Holanda, onde retornou oficialmente ao judaísmo. Expulso também pelos judeus, suicidou-se em 1647 em Amsterdã.
A cantora Elis Regina Carvalho da Costa pode ser destacada como personalidade atual de renome desta família.
Origem da família Batista
Batista - A origem mais remota desta família encontra-se entre os italianos que formaram os primeiros Cavalcanti: Baptista Cavalcanti, avô do famoso Filipe Cavalcanti. Apesar de não haver dados sobre como ela chegou aqui, ressaltamos que a família Batista no Brasil é numerosa. Vários nomes de destaque pertencem a esta estirpe: Caetano de Almeida Nogueira Batista, filólogo e estudioso do índio brasileiro, século XIX; Dircinha Batista (Dirce Grandino de Oliveira, filha do ventríloquo João Batista de Oliveira), cantora popular; Francisco de Paula Batista, político e jurista pernambucano; Henrique Antônio Batista, militar carioca, autor de valiosos trabalhos sobre balísticas e inventor de diversos artefatos de guerra usados na Guerra do Paraguai; Manuel Gomes Batista, sertanista, percorreu Rio Pará e o São Francisco em busca de ouro no século XVIII. É comum encontrar entre os Cavalcanti o nome Batista, podendo indicar também que as famílias se formaram ao mesmo tempo ou talvez tiveram a mesma origem.
Destacamos também, nesta família, a figura da poetisa Ana Nogueira Batista, nascida em Icó(CE) no ano de 1860 e falecida na capital cearense no ano de 1967. Apesar de ter sido educada no interior do Ceará, em Icó, aprendeu a falar francês e, aos nove anos, já lera a obra “L´histoire dês girondins” e era solicitada como intérprete para os poucos viajantes estrangeiros que chegavam naquela região. No final da década de 1880 já residia em Fortaleza, onde participava ativamente dos movimentos intelectuais da época, colaborando para a imprensa e traduzindo obras francesas para publicação nos jornais do Ceará. Um de seus poemas, “Ao amanhecer”, foi musicado por Alberto Nepomuceno.
Mais iformações sobre Ana Nogueira Batista (clique em seu nome)
Destacamos também, nesta família, a figura da poetisa Ana Nogueira Batista, nascida em Icó(CE) no ano de 1860 e falecida na capital cearense no ano de 1967. Apesar de ter sido educada no interior do Ceará, em Icó, aprendeu a falar francês e, aos nove anos, já lera a obra “L´histoire dês girondins” e era solicitada como intérprete para os poucos viajantes estrangeiros que chegavam naquela região. No final da década de 1880 já residia em Fortaleza, onde participava ativamente dos movimentos intelectuais da época, colaborando para a imprensa e traduzindo obras francesas para publicação nos jornais do Ceará. Um de seus poemas, “Ao amanhecer”, foi musicado por Alberto Nepomuceno.
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Origem da família Paiva
Paiva - A família Paiva é de origem toponímica, pois o arroio Paiva é um afluente do Rio Douro, famoso em Portugal e cuja região é cheia de tradições históricas. Há menção à batalha de Ouriques (de Dom Henriques contra os mouros, século XII), fazendo-nos supor que esta família data daqueles tempos. Também há uma versão que a data dos antigos tempos romanos, mas sem dados concretos que mostrem haver uma continuidade genealógica deste aquela época. Os nomes, meio estranhos, também nos fazem lembrar muito mais a Idade Média portuguesa. O certo é que se origina de uma das cinco grandes linhagens portuguesas, uma das mais remotas a que foi gerada por Dom Arnaldo de Baião, Senhor de Baião, que teve vários filhos, entre os quais Dom Guido Araldes, senhor de Aguiar de Sousa e do Paço de Sousa, havido em dote por casamento com D. Leonguida Soares, filha de Dom Soeiro Echigues. Deste nasceu Dom Trocosendo Guedes, chamado de “Paiva de Riba do Douro”, que casou com D. Toda Hermigues, filha de Dom Hermigo Alboazar, da qual houve filhos, sendo um deles Dom Pedro, que do seu matrimônio com D. Toda Hermigues teve Dom Paio Pires Romeu, que de sua mulhar, D. Goda Soares, filha de Dom Soeiro da Maia, “O Bom”, e de sua mulher, D. Elvira Nunes das Astúrias, houve Dom Soeiro Peres de Paiva, chamado Dom Soeiro Mouro. Casou este Dom Soeiro Peres com D. Urraca Mendes de Bragança, viúva de Diogo Gonçalves, morto na batalha de Ourique, a qual consta ter sido muito formosa e era filha de Dom Mem Fernandes de Bragança e de sua mulher, D. Sancha Viegas de Baião, nascendo do matrimônio João Soares de Paiva, “o Trovador”, que se consorciou com D. Maria Anes, filha de João Fernandes de Riba de Vizela e de sua mulher, D. Maria Soares, com geração.
O apelido foi tomado do senhorio de Paiva, que possuíram, e as armas que lhe pertencem são: De azul, com três flores-de-lis de ouro alinhadas em banda. Timbre: uma aspa de azul, carregada de duas flores-de-lis de ouro nas pontas de cima ou de uma só flor no centro. Como é óbvio, no entanto, o uso daquele nome como apelido só viria a dar-se algumas gerações mais tarde, e com João Soares de Paiva, “o Trovador”, que viveu mais ou menos entre 1275 e 1325
O apelido foi tomado do senhorio de Paiva, que possuíram, e as armas que lhe pertencem são: De azul, com três flores-de-lis de ouro alinhadas em banda. Timbre: uma aspa de azul, carregada de duas flores-de-lis de ouro nas pontas de cima ou de uma só flor no centro. Como é óbvio, no entanto, o uso daquele nome como apelido só viria a dar-se algumas gerações mais tarde, e com João Soares de Paiva, “o Trovador”, que viveu mais ou menos entre 1275 e 1325
Origem da Família Cavalcanti
Cavalcanti ou Cavalcante- Família originária da Itália, que se diz ter vindo da França antes do século XIV. A prova da antiguidade da família é constatada por Guido Cavalcanti, nascido em Florença por volta de 1255, poeta famoso, precursor de Dante Alighieri na literatura renascentista denominada “dolce stil nuovo”. Baptista Cavalcanti, ilustre fidalgo de Florença, muitos anos depois de Guido, casou-se com Francesca Achioli, filha de Zenóbio Achioli e de Catarina Delfim. Tiveram como filhos Rodrigo e Antônio Cavalcanti, o primeiro dos quais foi morar em Castela, onde deixou nobre descendência. O outro, Antônio Cavalcanti, teve como filho Filipe Cavalcanti, que mudou-se para Portugal e de lá para o Brasil.
Filipe Cavalcanti foi acolhido em Pernambuco por Duarte Coelho e seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, por volta de 1548. Jerônimo de Albuquerque era casado com uma princesa indígena, D. Maria do Espírito-Santo Arco-Verde, tendo deixado uma numerosa geração de 24 filhos. Foi dela que se originou a família Cavalcanti Arcoverde. Casou-se, então, Filipe Cavalcanti com uma das filhas de Jerônimo de Albuquerque e Maria de Arco-Verde, D. Catarina de Albuquerque, daí se originando a estirpe dos Cavalcanti de Albuquerque. Filipe e D. Catarina tiveram onze filhos.
Diz-se que os pais de Filipe Cavalcanti eram descendentes do Duque Cosme de Médici (chamado Cosme I) e de Giovanni Cavalcanti mais D. Genebra Manelli (ou Magnelle). Daí haver o mesmo Felipe recebido título de nobreza do referido Duque em 23.8.1559.
Jaboatão diz que por causa de uma conjuração, que fez com seus parentes Holdo Cavalcanti, Randolfo Pucci e outros, contra o duque Cosme de Médicis, fugiu para Portugal, e não se dando por seguro na Europa passou a Pernambuco.
Em torno de 1578 diz dele seu compatrício e conhecido Filipe Sassetti, que perambulava em Portugal, em carta a um amigo de Florença: “É homem de grande autoridade e que se impõe a todos, até mesmo ao governador. Dizem tem grande estado, com muitos pajens e cavalos, e gasta por ano mais de cinco mil escudos. Seu negócio é de engenhos de açúcar”. (J. Lúcio de Azevedo, Viagens de um florentino a Portugal e à Índia, séc. XVI, in Rev. de Hist. 13º vol., pág. 113, Lisboa, 1924).
De seu consórcio com D. Catarina nasceram onze filhos. A data de sua morte não se apurou ainda; sabe-se que de alguns anos sobreviveu ao sogro e precedeu à esposa, que em 4 de junho de 1614 lhe foi fazer companhia na mesma sepultura, na matriz de São Salvador, em Olinda.
(cf. “História Geral do Brasil” – vol. I, pág. 297, Francisco Adolfo de Varnhagen).
Há um ramo da família que trocou o "i" final por um "e", talvez por puro brasileirismo, como ocorre, por exemplo, com alguns nomes como Giovani, que são modificados no momento de se registrar os filhos nos cartórios.
Filipe Cavalcanti foi acolhido em Pernambuco por Duarte Coelho e seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, por volta de 1548. Jerônimo de Albuquerque era casado com uma princesa indígena, D. Maria do Espírito-Santo Arco-Verde, tendo deixado uma numerosa geração de 24 filhos. Foi dela que se originou a família Cavalcanti Arcoverde. Casou-se, então, Filipe Cavalcanti com uma das filhas de Jerônimo de Albuquerque e Maria de Arco-Verde, D. Catarina de Albuquerque, daí se originando a estirpe dos Cavalcanti de Albuquerque. Filipe e D. Catarina tiveram onze filhos.
Diz-se que os pais de Filipe Cavalcanti eram descendentes do Duque Cosme de Médici (chamado Cosme I) e de Giovanni Cavalcanti mais D. Genebra Manelli (ou Magnelle). Daí haver o mesmo Felipe recebido título de nobreza do referido Duque em 23.8.1559.
Jaboatão diz que por causa de uma conjuração, que fez com seus parentes Holdo Cavalcanti, Randolfo Pucci e outros, contra o duque Cosme de Médicis, fugiu para Portugal, e não se dando por seguro na Europa passou a Pernambuco.
Em torno de 1578 diz dele seu compatrício e conhecido Filipe Sassetti, que perambulava em Portugal, em carta a um amigo de Florença: “É homem de grande autoridade e que se impõe a todos, até mesmo ao governador. Dizem tem grande estado, com muitos pajens e cavalos, e gasta por ano mais de cinco mil escudos. Seu negócio é de engenhos de açúcar”. (J. Lúcio de Azevedo, Viagens de um florentino a Portugal e à Índia, séc. XVI, in Rev. de Hist. 13º vol., pág. 113, Lisboa, 1924).
De seu consórcio com D. Catarina nasceram onze filhos. A data de sua morte não se apurou ainda; sabe-se que de alguns anos sobreviveu ao sogro e precedeu à esposa, que em 4 de junho de 1614 lhe foi fazer companhia na mesma sepultura, na matriz de São Salvador, em Olinda.
(cf. “História Geral do Brasil” – vol. I, pág. 297, Francisco Adolfo de Varnhagen).
Há um ramo da família que trocou o "i" final por um "e", talvez por puro brasileirismo, como ocorre, por exemplo, com alguns nomes como Giovani, que são modificados no momento de se registrar os filhos nos cartórios.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
As origens do cangaço
Do blog Quodlibeta
Conforme Dom Duarte Leopoldo e Silva , a revolta pernambucana de 1817, foi uma revolução de padres. A lista dos que participaram do movimento abrange, no avultado número, cônegos e governadores do Bispado, vigários e coadjutores, regulares e seculares, dos quais dois se suicidaram, quatro foram supliciados e muitos condenados à pena comum de prisão.
Entre os prisioneiros havia 57 religiosos. Todos ou quase todos esses padres eram membros das sociedades secretas, reunidas sob as denominações de “academias” ou “areópagos”, onde se cultivavam as idéias libertárias da Revolução Francesa. Tem-se dito que essas lojas maçônicas eram simplesmente “nacionalistas”, como ao depois pretenderam e pretendem se passar como simples entidades filantrópicas. Como quer que seja, é certo que, à sombra do mistério que as envolvia, se desenvolveram doutrinas absolutamente contrárias à ortodoxia católica que, a seu tempo, se encontraram em campo aberto contra a Igreja.
Dom Duarte comenta em sua obra que “o espírito de tolerância que, então como hoje, apregoavam os adeptos dos “mistérios democráticos”, bem lhes serviu para iludir incautos e até sacerdotes, ilustres talvez nas ciências profanas, mas ignorantes das ciências eclesiásticas, pouco ou nada cultivadas em um país que não possuía seminários regulares bem dirigidos. Os poucos que, em Portugal, iam beber as ciências eclesiásticas, voltavam ainda mais contaminados”. A fumaça de Satanás, no dizer de Paulo VI em relação à crise religiosa do século XX, já penetrava no santuário desde longas datas, como se vê.
Por diversas cidades nordestinas, do interior e das capitais, pregavam essas dezenas de padres a revolta libertária e a implantação de uma república. Da mesma forma como no século XX o clero progressista pregava a Teologia da Libertação, com a diferença que hoje pregam o socialismo utópico enquanto naqueles tempos apregoavam a derrocada da monarquia e a implantação da república.
O centro daquele movimento era uma loja maçônica denominada “Areópago de Itambé”, criada no fim do século XVIII pelo padre Arruda Câmara. Este religioso teve sua formação religiosa inteiramente deturpada pelos ideais libertários da Revolução Francesa, ainda fumegante, e que a trouxe para o seminário de Olinda, fundado por ele em 1800 e tinha na sua direção outro padre revolucionário, Miguel Joaquim de Almeida Castro, estreitamente ligado ao “Areópago de Itambé”. O movimento era contestatório contra Dom João VI e diz-se que agia sob a inspiração de Napoleão Bonaparte. Na mesma época, o desventurado falso imperador estava preso na Ilha de Santa Helena, muito próxima do Brasil, o que inspirou aos idealizadores do “areópago” um plano para libertá-lo e aclamá-lo como nosso imperador.
O movimento fracassou, como se sabe, e os cabeças foram punidos. Mas, quais as seqüelas deixadas na região onde pregaram, e até pegaram em armas, tais sacerdotes? De tudo isto resultou, naquela região, a disseminação de uma grande centelha de ódio, a violência entre famílias, o espírito de vingança e, finalmente, o tão famigerado cangaço!
Um dos membros da agitação foi o sub-diácono José Martiniano de Alencar, pai do famoso romancista do mesmo nome, filho de Bárbara de Alencar, ardorosa revolucionária da cidade do Crato, no Ceará. Posteriormente, o sub-diácono foi ordenado sacerdote, teve vida irregular como religioso, casou-se, foi suspenso de ordens, e participou de outro movimento revolucionário em 1824, a “Confederação do Equador”, também liderada por um padre.
Quando estourou a revolta de 1817, com Bárbara de Alencar e seu filho como os principais mentores dela na cidade do Crato, houve muita violência e mortes. Destas escaramuças se originaram rixas de famílias que perduraram por mais de um século, e algumas perduram até hoje.
Conforme o escritor cearense Nertan Macedo, especialista em Lampião, o cangaço não teve origem no século XX, mas desde os primórdios do século XIX, exatamente logo após a revolta de 1817. Os revoltosos que fugiam das tropas do governo se embrenhavam pelas matas e passavam a levar vida de bandidos, saqueando e matando. Nertan Macedo pesquisou em detalhes a origem do bando de Lampião, que começou na cidade de Flores (PE). Um dos patriarcas da cidade, que era um capitão-mor das ordenanças, chamado Joaquim Nunes de Magalhães, foi assassinado no ano de 1838 por um da família dos Carvalho. As divergências entre estas duas famílias vinham desde o tempo da guerra de 1817, quando elas se dividiram entre conservadoras e liberais, a favor e contra a monarquia.
No entanto, o cangaceiro mais antigo de que se notícia é Jesuíno Alves de Melo, ou “Jesuíno Brilhante”, morto no ano de 1879. Não se sabe mais detalhes, diz-se apenas que nasceu em 1844, no Rio Grande do Norte, mas não se fala se já aderiu a algum bando de cangaceiros que existia por lá ou se formou um deles. Isto não impede que a tese de Nertan Macedo não esteja correta, pois é bem provável que todo cangaceiro, a maneira de Lampião, já encontrara um bando formado e a ele aderira, tornando-se o mais esperto a ser o líder do grupo. Assim, passados apenas algumas décadas após as revoluções de 1817 e 1824, seus reflexos podem muito bem ter originado o surgimento desses bandos de criminosos, só tomando forma definitiva de cangaço na época de Jesuíno Brilhante.
O grupo dos Pereira assumiu, logo após aquelas revoluções, a direção de um bando que se refugiava nas matas para evitar o confronto direto com a família rival. Ao longo dos anos, este grupo foi crescendo e ficando famoso por suas ações criminosas, ataques a fazendas, saques e assassínios. Da guerra entre famílias se passou facilmente para o cangaço. Quando Lampião assumiu a direção de seu grupo já contava este com 67 homens, dirigidos sempre por indivíduos mais aguerridos e líderes, que se sucediam ao longo dos anos. Quem foi o antecessor de Lampião? Não se sabe, não se fala quem foi porque não há dados, ninguém ainda fez uma pesquisa sobre o assunto.
Vimos, então, que a atuação do Clero revolucionário nada mais fez do que acender uma centelha de ódio, alimentando rixas de famílias sob o pretexto da revolução libertaria. É o fruto mais remoto da atuação de tais religiosos que tão tristes recordações deixaram no Brasil: a de terem inspirado a vida aventurosa e criminosa de cangaceiros. Diz-se, inclusive, que alguns apetrechos da indumentária dos cangaceiros, como o chapéu virado com a aba para a frente e as cartucheiras cruzadas no peito, foram inspirados nos soldados de Napoleão, o pretenso protetor do “Areópago de Itambé”.
Bibliografia
• “O Clero e a Independência” – Dom Duarte Leopoldo e Silva – Centro Dom Vital, Rio, 1823.
• “História do Brasil” – Luiz Koshiba e Denize Manzi Fryze Pereira – Atual Editora.
• “A Vida de José de Alencar” – Luís Viana Filho – Livraria José Olympio Editora, 1978.
• “Capitão Virgulino Ferreira Lampião” – Nertan Macedo – Editora Leitura S. A.
Entre os prisioneiros havia 57 religiosos. Todos ou quase todos esses padres eram membros das sociedades secretas, reunidas sob as denominações de “academias” ou “areópagos”, onde se cultivavam as idéias libertárias da Revolução Francesa. Tem-se dito que essas lojas maçônicas eram simplesmente “nacionalistas”, como ao depois pretenderam e pretendem se passar como simples entidades filantrópicas. Como quer que seja, é certo que, à sombra do mistério que as envolvia, se desenvolveram doutrinas absolutamente contrárias à ortodoxia católica que, a seu tempo, se encontraram em campo aberto contra a Igreja.
Dom Duarte comenta em sua obra que “o espírito de tolerância que, então como hoje, apregoavam os adeptos dos “mistérios democráticos”, bem lhes serviu para iludir incautos e até sacerdotes, ilustres talvez nas ciências profanas, mas ignorantes das ciências eclesiásticas, pouco ou nada cultivadas em um país que não possuía seminários regulares bem dirigidos. Os poucos que, em Portugal, iam beber as ciências eclesiásticas, voltavam ainda mais contaminados”. A fumaça de Satanás, no dizer de Paulo VI em relação à crise religiosa do século XX, já penetrava no santuário desde longas datas, como se vê.
Por diversas cidades nordestinas, do interior e das capitais, pregavam essas dezenas de padres a revolta libertária e a implantação de uma república. Da mesma forma como no século XX o clero progressista pregava a Teologia da Libertação, com a diferença que hoje pregam o socialismo utópico enquanto naqueles tempos apregoavam a derrocada da monarquia e a implantação da república.
O centro daquele movimento era uma loja maçônica denominada “Areópago de Itambé”, criada no fim do século XVIII pelo padre Arruda Câmara. Este religioso teve sua formação religiosa inteiramente deturpada pelos ideais libertários da Revolução Francesa, ainda fumegante, e que a trouxe para o seminário de Olinda, fundado por ele em 1800 e tinha na sua direção outro padre revolucionário, Miguel Joaquim de Almeida Castro, estreitamente ligado ao “Areópago de Itambé”. O movimento era contestatório contra Dom João VI e diz-se que agia sob a inspiração de Napoleão Bonaparte. Na mesma época, o desventurado falso imperador estava preso na Ilha de Santa Helena, muito próxima do Brasil, o que inspirou aos idealizadores do “areópago” um plano para libertá-lo e aclamá-lo como nosso imperador.
O movimento fracassou, como se sabe, e os cabeças foram punidos. Mas, quais as seqüelas deixadas na região onde pregaram, e até pegaram em armas, tais sacerdotes? De tudo isto resultou, naquela região, a disseminação de uma grande centelha de ódio, a violência entre famílias, o espírito de vingança e, finalmente, o tão famigerado cangaço!
Um dos membros da agitação foi o sub-diácono José Martiniano de Alencar, pai do famoso romancista do mesmo nome, filho de Bárbara de Alencar, ardorosa revolucionária da cidade do Crato, no Ceará. Posteriormente, o sub-diácono foi ordenado sacerdote, teve vida irregular como religioso, casou-se, foi suspenso de ordens, e participou de outro movimento revolucionário em 1824, a “Confederação do Equador”, também liderada por um padre.
Quando estourou a revolta de 1817, com Bárbara de Alencar e seu filho como os principais mentores dela na cidade do Crato, houve muita violência e mortes. Destas escaramuças se originaram rixas de famílias que perduraram por mais de um século, e algumas perduram até hoje.
Conforme o escritor cearense Nertan Macedo, especialista em Lampião, o cangaço não teve origem no século XX, mas desde os primórdios do século XIX, exatamente logo após a revolta de 1817. Os revoltosos que fugiam das tropas do governo se embrenhavam pelas matas e passavam a levar vida de bandidos, saqueando e matando. Nertan Macedo pesquisou em detalhes a origem do bando de Lampião, que começou na cidade de Flores (PE). Um dos patriarcas da cidade, que era um capitão-mor das ordenanças, chamado Joaquim Nunes de Magalhães, foi assassinado no ano de 1838 por um da família dos Carvalho. As divergências entre estas duas famílias vinham desde o tempo da guerra de 1817, quando elas se dividiram entre conservadoras e liberais, a favor e contra a monarquia.
No entanto, o cangaceiro mais antigo de que se notícia é Jesuíno Alves de Melo, ou “Jesuíno Brilhante”, morto no ano de 1879. Não se sabe mais detalhes, diz-se apenas que nasceu em 1844, no Rio Grande do Norte, mas não se fala se já aderiu a algum bando de cangaceiros que existia por lá ou se formou um deles. Isto não impede que a tese de Nertan Macedo não esteja correta, pois é bem provável que todo cangaceiro, a maneira de Lampião, já encontrara um bando formado e a ele aderira, tornando-se o mais esperto a ser o líder do grupo. Assim, passados apenas algumas décadas após as revoluções de 1817 e 1824, seus reflexos podem muito bem ter originado o surgimento desses bandos de criminosos, só tomando forma definitiva de cangaço na época de Jesuíno Brilhante.
O grupo dos Pereira assumiu, logo após aquelas revoluções, a direção de um bando que se refugiava nas matas para evitar o confronto direto com a família rival. Ao longo dos anos, este grupo foi crescendo e ficando famoso por suas ações criminosas, ataques a fazendas, saques e assassínios. Da guerra entre famílias se passou facilmente para o cangaço. Quando Lampião assumiu a direção de seu grupo já contava este com 67 homens, dirigidos sempre por indivíduos mais aguerridos e líderes, que se sucediam ao longo dos anos. Quem foi o antecessor de Lampião? Não se sabe, não se fala quem foi porque não há dados, ninguém ainda fez uma pesquisa sobre o assunto.
Vimos, então, que a atuação do Clero revolucionário nada mais fez do que acender uma centelha de ódio, alimentando rixas de famílias sob o pretexto da revolução libertaria. É o fruto mais remoto da atuação de tais religiosos que tão tristes recordações deixaram no Brasil: a de terem inspirado a vida aventurosa e criminosa de cangaceiros. Diz-se, inclusive, que alguns apetrechos da indumentária dos cangaceiros, como o chapéu virado com a aba para a frente e as cartucheiras cruzadas no peito, foram inspirados nos soldados de Napoleão, o pretenso protetor do “Areópago de Itambé”.
Bibliografia
• “O Clero e a Independência” – Dom Duarte Leopoldo e Silva – Centro Dom Vital, Rio, 1823.
• “História do Brasil” – Luiz Koshiba e Denize Manzi Fryze Pereira – Atual Editora.
• “A Vida de José de Alencar” – Luís Viana Filho – Livraria José Olympio Editora, 1978.
• “Capitão Virgulino Ferreira Lampião” – Nertan Macedo – Editora Leitura S. A.
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