sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
CONVERSAÇÃO, UM PASSATEMPO DE OUTRAS ERAS
Seguem algumas frases ou expressões sobre a arte da conversa, coisa praticamente inexistente no mundo atual:
A CONVERSAÇÃO
• “Esto brevis et placebis” – Sê breve e agradarás. (aforismo latino). • Política é conversa. O resto é... conversa fiada. (Otávio Mangabeira).
• Conversar é, como as abelhas, fazer mel de qualquer coisa. (La Fontaine).
• Há palavras que sobem como a chama e outras que descem como a chuva. (Maria d’Agouit).
• Os homens com quem se fala não são os homens com os quais se conversa. (Rousseau).
• O melhor prazer da vida é a prosa. (Plínio Corrêa de Oliveira).
• A conversa é um intercâmbio de duas personalidades que falam sobre matéria atraente e que interessa a ambos. Será ainda mais autêntica, se o meu interlocutor puser certa nota pessoal em suas palavras, fazendo com que eu goste de ouvi-lo. Isso é um elemento fundamental da conversa. (Plínio Corrêa de Oliveira).
• Uma hora de conversa vale mais do que cinqüenta cartas. (Mme. de Sévigné).
• As palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão (Ditado suíço).
• “La parole est d’argent, mais le silence est d’or” – A palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro (Máxima traduzida do árabe por Duchemond, in Recueil d’adages, 1867, p. 121).
• “Quand une femme a le don de se taire, elle a des qualités au-dessus du vulgaire” – Quando uma mulher tem o dom de calar-se é porque tem qualidades acima do comum delas (Corneille, Le Menteur, Acte I, sc. 4).
• O homem de palavra é ordinariamente o que menos fala. (Marquês de Maricá).
• Use palavras leves e argumentos pesados (Adágio inglês).
• Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio (Provérbio indiano).
• Não deixe que sua língua o mantenha surdo (Adágio indígena americano).
• Quem muito fala, muito erra e muito enfada (Ditado popular).
• O que convence é o caráter de quem fala e não o argumento (Menandro).
• Temos dois ouvidos e apenas uma boca para ouvir mais e falar menos (Ditado popular).
• O ouvido não foi feito para fechar mas a boca foi (Ditado popular).
• “Non minus interdum oratorium esse tacere quam dicere” – Às vezes calar não é menos eloqüente do que falar (Plínio, o Jovem).
• “Taciturnitas stulto homini pro sapientia est” – O silêncio é a sabedoria do tolo (Publílio Siro).
• “Stultos quoque, si tacuerit, sapiens reputabitur et, si compresserit labia sua, intellegens” – Até o insensato passará por sábio, se estiver calado; e por inteligente, se cerrar os seus lábios”. (Provérbios, 17, 28).
• “Ex abundantia enim cordis os loquitur” – Da abundância do coração fala a boca (Mt 12, 34).
• A literatura em muitos dos seus ramos não passa de sombra da boa conversação (Robert Louis B. Stevenson - séc. XIX).
• As conversas familiares, os diálogos amigáveis são meios bastante eficazes. Oh! Quanto bem produzem! (Santo Antonio Maria Claret).
• A Revolução causou à sociedade uma perda imensa, talvez irreparável... ela matou a conversação (Conde Pierre Louis Roederer, Paris 1754/1835).
• A conversação era, nessa época, brilhante, o emprego do espírito, o sal mais fino do “savoir plaise”, do “savoir vivre”, do “sprit de Cour”. Era a recreação por excelência. Finesse, “grace, limpidité, rapidité”, arte de esconder o pensamento ou a malícia sob o véu transparente dos subentendidos, palavras que iam além do que elas exprimiam, “plaisantierie”, “repartie”... eis algumas das ritulantes preciosidades que faiscavam à luz das velas, antes de caírem magnificamente, principescamente, como fitas de seda, nos tapetes finos daqueles salões aristocráticos” (G. Lenotre – “Gens de la Vieille France”).
• Na verdade, se a boca fala da abundância do coração, é preciso igualmente que cale a língua quando há escassez de pensamentos. (São Bernardo)
• “Alienis quippe oculis, intra secretum mentis, quase post parietem corporis stamus; sed cum manifestare nosmetipsos cupimus, quase per linguae iahuam egredimur, ut quales sumus intrinsecus ostendamos” (SANCTI GREGORII MAGNI, Expositio in librum Job libri XXXV (Moralium), liber II, cap. VI, vers. 8; PL 75, p. 559 - Aos olhos dos demais, na parte secreta da mente, estamos como que por detrás da parede do nosso corpo; mas quando desejamos nos manifestar, saímos como que pela porta da língua para mostrar o que somos em nosso interior” .
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