quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

BODAS DE OURO EM VERSOS DE CORDEL

Por: Francisco Batista Cavalcante
Em 17-01-1987

Cinqüenta anos se passaram
De sonhos e fantasia
Às vezes sonhando acordado
Às vezes quando dormia

No começo tudo era rosa,
Rosa ainda em botão,
Que aos poucos foi se abrindo
De dentro do coração.

Com o tempo a rosa fechou,
Surgiram os frutos do amor,
Com base na Lei de Deus
Que é o nosso Criador.


Os frutos se separaram
Já no tempo da colheita,
Muitos rebentos vingaram,
E a raiz ficou perfeita.

Era ainda muito jovem,
Mas sabia o que queria,
A vida estava incompleta,
Faltava uma companhia.


Encontrei, pois, a Raimunda
E tomei uma decisão
Nos unirmos para sempre
Com amor e doação.

A vida estava incompleta,
Mas, gerado com carinho,
Nasceu o primeiro fruto:
Nosso querido Netinho.


Começava nova vida,
E como era já esperado
Veio o segundo, o Assis,
Tornando o lar abençoado.

O terceiro, Jurandir,
Que era linda criança,
Só três anos, Deus o levou...
Nunca saiu da lembrança.


O quarto, o Franciné
Que é também muito querido
Possui um bom coração
E é o mais extrovertido

Bem, todos aqui nasceram
No Rio Grande do Norte
Viemos para Fortaleza
Pois, para tentar nova sorte

Nasceu nesta o quinto filho,
Com a ciência de Davi
E a paciência de Job,
Que é o nosso Juraci.

O segundo Jurandir
Que é o sexto na feitura,
É o gênio da família,
Mas só em literatura.

O sétimo, uma Gracinha
A filha que eu mais queria,
Viveu só trinta e três anos...
De tristeza ela vivia.


O oitavo foi o Jair,
Criança que a gente amou,
Com vinte e cinco somente
Para o Céu Deus o levou.

O último, o Toinho
Pra completar a jornada,
Esteve em nosso ninho
Ao final da caminhada


Depois vem mais dois filhinhos
Que com a gente hoje caminha,
Ao final da caminhada.
O André e o Daniel
O dois filhos da Gracinha

Se distingo cada um
É maneira de expressão
Pois todos formam um conjunto
Dentro do meu coração.

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