quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Um comerciante em apuros (I)

Advertência
Tudo quanto escrevo nestas simples estórias o faço para os meus queridos amigos: os meus filhos. E já imagino a pergunta que irão fazer: “Será, meu pai, que na sua vida comercial só teve tragédias?”
Antecipando-me mesmo à pergunta, adianto-lhes a resposta.
Esses fatos aconteceram num longo espaço de quatorze anos, e, além dessas quase tragédias, aconteceram coisas boas também dignas de registro e que, na medida do possível, relatamos para o conhecimento de todos.
Concorreu muito para a maioria desses acontecimentos uma turma de amigos que freqüentava o meu balcão, divertindo-nos. Registro aqui alguns de seus nomes, como a apresentar as minhas personagens: Sargento Arruda, da Aeronáutica, freguês assíduo, muito divertido, contador de estórias e de piadas, enquanto tragava a “ardosa”. Sargentos Resende e Ranulfo (seriam irmãos?), e os civis Pereirinha, que exercia a profissão de sapateiro; Jésu, ou Jesuíno, o seu nome verdadeiro, alfaiate que chegou a montar uma grande alfaiataria, costurava para civis e militares; Geraldo; Cícero; Veloso, guarda civil, que ficou tuberculoso; Catita; Jorge; Raimundo Silva; Zé Estelo, de suíças e bigodes bastos; Eduardo; Raimundo Brocuta; Sebastião Firmo; Joaquim eletricista e muitos outros que não me vêm à memória.

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