Deus resolve chamar o bom filho para a Casa Paterna
“Os felizes pouco conhecem da vida: a dor é a grande mestra dos homens”. (Anatole France).
No dia 27 de setembro a Igreja comemora a festa de São Vicente de Paulo, conhecido como o Apóstolo da Caridade. Todo ano os vicentinos fazem uma festa naquela data, sendo que nos últimos tempos as comemorações têm tido o caráter mais risonho e divertido. Na mesma data se comemora o “Dia do Ancião”.
O Sr. Batista participava alegremente das comemorações de tais festejos em 1994, quando foi fotografado e teve sua foto publicada por um jornal de Fortaleza juntamente com uma reportagem sobre o evento. Na oportunidade, perguntado se considerava-se um “velho” respondeu que, embora estivesse para completar 83 anos, tinha boa saúde física e sua mente era como a de um jovem de 18 anos, alegre, divertido e festeiro. A idéia transmitida pelo jornal, corroborada pela foto e pelas declarações do Sr. Batista, era de que os anciãos deviam levar o resto da vida como se esta não estivesse para acabar e como se fossem ainda jovens e considerassem esta vida só destinada aos prazeres terrenos (v. págs. 121/122 adiante).
Com vaidade, o Sr. Batista mostrava o jornal a seus amigos e parentes. Chega em casa e se determina a levar a mesma vida de sempre. Uma de suas maiores demonstrações de vitalidade, que ostentava habitualmente, era o fato de subir nas árvores de seu quintal para tirar frutas. Ora subia num pé de cajueiro, ora num coqueiro (este, por uma escada), ora até mesmo numa goiabeira. Já ocorrera anteriormente de haver caído de uma goiabeira, cujo galho se quebrara, mas do susto que levara vivia se rindo e contando o caso de uma forma engraçada. Dizia ele que, estando sobre as galhas da árvore, começou a contar quantos vizinhos e amigos seus já haviam morrido, enquanto ele permanecia ainda vivo e subindo em goiabeiras. Quando sua contagem estava no nono, a galha se quebra e ele se despenca com ela até ao chão. Em meio do caminho dá um grito: “Lá vai o décimo!”.
E foi esta a forma que Deus escolheu para lhe mostrar o quanto estava enganado a respeito de sua vitalidade e de sua saúde. Foi subindo em pé de árvore, sim, num cajueiro, que ele começou a sentir os primeiros sintomas da doença que o levou à morte. Inicialmente deu-lhe uma fisgada, uma dor, que o fez descer imediatamente da árvore. Mas, melhorando um pouco quando estava embaixo, resolveu subir de novo. Pela segunda vez, a dor volta e ele desce novamente. Duas vezes pode ser considerado normal, mas a terceira subida já foi teimosia. E ele subiu na árvore pela terceira vez... Resultado, a dor se repete mais intensa e o Sr. Batista já desce resolvido a se resignar com uma situação que ele julgava difícil: estava doente e algo de estranho ocorria com aquela dor terrível que logo o prostrou na cama.
Foram quase quatro meses lutando contra a doença, até o falecimento em 21 de janeiro do ano seguinte. Uma das características de sua bondade era que, quando via a mão de Deus, resignava-se facilmente, arrependia-se e falava francamente a todos de seus defeitos e de suas fraquezas. Tudo o que narramos acima foi contado por ele, acamado e bastante doente, frisando em seguida o quanto estava arrependido daquele orgulho vão de julgar-se forte e de espírito ainda jovem. Dizia assim: “Deus deu-me esta doença para mostrar-me o quanto eu estava enganado a respeito de minha jovialidade e saúde. Eu vivia dizendo que tinha saúde e força para subir em árvores, para andar para qualquer lugar, se divertir, etc. e falava tudo isto com muito orgulho. Agora vejam em que estado me encontro”.
Em suas reminiscências, assim se expressa o Sr. Batista sobre sua disposição bondosa de sempre se arrepender de seus erros: “A fé na minha vida tem sido muito importante, mas quero deixar bem claro que falo de devoção e de fé, não querendo dizer que durante minha vida não tenha cometido erros, às vezes gravíssimos. Só que, depois da queda, sempre me recolhia à condição de mísero pecador, com muita confiança em Maria Santíssima e no Seu Filho Jesus.
Peço perdão das minhas faltas: este proceder tem me ajudado a vencer todos os obstáculos da vida.
Até hoje, diante de qualquer perigo vem logo no íntimo aquela confiança, e enfrento a tudo e a todos com destemor”.
Pela conversa que tinha com todos que o visitavam em seu leito de dor, sentia-se o quanto ele estava arrependido. E o demonstrava a todos.
No dia 27 de setembro a Igreja comemora a festa de São Vicente de Paulo, conhecido como o Apóstolo da Caridade. Todo ano os vicentinos fazem uma festa naquela data, sendo que nos últimos tempos as comemorações têm tido o caráter mais risonho e divertido. Na mesma data se comemora o “Dia do Ancião”.
O Sr. Batista participava alegremente das comemorações de tais festejos em 1994, quando foi fotografado e teve sua foto publicada por um jornal de Fortaleza juntamente com uma reportagem sobre o evento. Na oportunidade, perguntado se considerava-se um “velho” respondeu que, embora estivesse para completar 83 anos, tinha boa saúde física e sua mente era como a de um jovem de 18 anos, alegre, divertido e festeiro. A idéia transmitida pelo jornal, corroborada pela foto e pelas declarações do Sr. Batista, era de que os anciãos deviam levar o resto da vida como se esta não estivesse para acabar e como se fossem ainda jovens e considerassem esta vida só destinada aos prazeres terrenos (v. págs. 121/122 adiante).
Com vaidade, o Sr. Batista mostrava o jornal a seus amigos e parentes. Chega em casa e se determina a levar a mesma vida de sempre. Uma de suas maiores demonstrações de vitalidade, que ostentava habitualmente, era o fato de subir nas árvores de seu quintal para tirar frutas. Ora subia num pé de cajueiro, ora num coqueiro (este, por uma escada), ora até mesmo numa goiabeira. Já ocorrera anteriormente de haver caído de uma goiabeira, cujo galho se quebrara, mas do susto que levara vivia se rindo e contando o caso de uma forma engraçada. Dizia ele que, estando sobre as galhas da árvore, começou a contar quantos vizinhos e amigos seus já haviam morrido, enquanto ele permanecia ainda vivo e subindo em goiabeiras. Quando sua contagem estava no nono, a galha se quebra e ele se despenca com ela até ao chão. Em meio do caminho dá um grito: “Lá vai o décimo!”.
E foi esta a forma que Deus escolheu para lhe mostrar o quanto estava enganado a respeito de sua vitalidade e de sua saúde. Foi subindo em pé de árvore, sim, num cajueiro, que ele começou a sentir os primeiros sintomas da doença que o levou à morte. Inicialmente deu-lhe uma fisgada, uma dor, que o fez descer imediatamente da árvore. Mas, melhorando um pouco quando estava embaixo, resolveu subir de novo. Pela segunda vez, a dor volta e ele desce novamente. Duas vezes pode ser considerado normal, mas a terceira subida já foi teimosia. E ele subiu na árvore pela terceira vez... Resultado, a dor se repete mais intensa e o Sr. Batista já desce resolvido a se resignar com uma situação que ele julgava difícil: estava doente e algo de estranho ocorria com aquela dor terrível que logo o prostrou na cama.
Foram quase quatro meses lutando contra a doença, até o falecimento em 21 de janeiro do ano seguinte. Uma das características de sua bondade era que, quando via a mão de Deus, resignava-se facilmente, arrependia-se e falava francamente a todos de seus defeitos e de suas fraquezas. Tudo o que narramos acima foi contado por ele, acamado e bastante doente, frisando em seguida o quanto estava arrependido daquele orgulho vão de julgar-se forte e de espírito ainda jovem. Dizia assim: “Deus deu-me esta doença para mostrar-me o quanto eu estava enganado a respeito de minha jovialidade e saúde. Eu vivia dizendo que tinha saúde e força para subir em árvores, para andar para qualquer lugar, se divertir, etc. e falava tudo isto com muito orgulho. Agora vejam em que estado me encontro”.
Em suas reminiscências, assim se expressa o Sr. Batista sobre sua disposição bondosa de sempre se arrepender de seus erros: “A fé na minha vida tem sido muito importante, mas quero deixar bem claro que falo de devoção e de fé, não querendo dizer que durante minha vida não tenha cometido erros, às vezes gravíssimos. Só que, depois da queda, sempre me recolhia à condição de mísero pecador, com muita confiança em Maria Santíssima e no Seu Filho Jesus.
Peço perdão das minhas faltas: este proceder tem me ajudado a vencer todos os obstáculos da vida.
Até hoje, diante de qualquer perigo vem logo no íntimo aquela confiança, e enfrento a tudo e a todos com destemor”.
Pela conversa que tinha com todos que o visitavam em seu leito de dor, sentia-se o quanto ele estava arrependido. E o demonstrava a todos.
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