Diz-se amiúde (e nisto são exímios os propagandistas das novelas) que certas novelas nada mais fazem do que retratar certas "realidades". O mesmo diz-se de certos filmes. Você já não ouviu alguma propaganda de filme (e de novela) dizer assim: baseado em fatos reais? Os fatos reais, a realidade, torna-se assim um bom propagandista de filmes e novelas. Ocorre que existem diversos tipos de realidades. Na sociedade existem pessoas honestas (e estas são maioria) e ladrões: qual a realidade que merece mais ser retratada, a dos honestos ou a dos ladrões? Ocorre que mostrar gente honesta, mostrar a prática de virtudes ou de qualquer bondade humana, não gera audiência para filmes e novelas. Então eles mostram o lado mau da sociedade não é porque aquilo é "real" mas porque gera dividendos. Vejamos o exemplo da realidade de um país chamado Índia: será que a temática explorada pela TV Globo é a única realidade existente naquele país? É bem certo que o tema da miséria é visto com exagero por certos grupos de esquerda, que aumentam tudo que diz respeito à miséria e pobreza para mais facilmente pregar a luta de classes. A visão, porém, dos novelistas e diretores de filmes, apesar de haver caído da moda explorar a luta de classes, procura inculcar na opinião pública de seus assistentes uma doutrina mística de uma religião cheia de superstições, uma religiosidade mentirosa e açucarada. Parece-me que esta novela sobre a Índia é cheia destes exageros e mentiras, ao lado, é claro, de um amontoado de músicas horrorosas e de conteúdo monótono e triste como o são todas as músicas pagãs.
A propósito, recomendo ver o vídeo abaixo "A Índia da TV e a Índia real". Apesar de, no final, mostrar um certo ranço protestante nas mensagens bíblicas mal feitas e mal colocadas, de modo geral o vídeo diz a verdade.
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