sexta-feira, 5 de março de 2010

AS INCRÍVEIS PERIPÉCIAS DO CASAMENTO DA FILHA DO GENERAL COM O LENTE DA FACULDADE


Há muita história para se contar de nossos ancestrais. Uma delas envolve a família Arouche, a mesma que deu origem ao famoso "Largo do Arouche" em São Paulo, contada no site Almanack Paulistano :

Parece estranho, mas é verdade. O primeiro Diretor da Faculdade de Direito de São Paulo foi um militar, o Tenente-General José Arouche de Toledo Rendon. O velho General Arouche, cujo nome ficou perpetuado num largo, nesta capital, foi no São Paulo antigo uma figura assaz pitoresca, marcada de heroísmos incomuns, e sobre quem, até hoje, ainda não se escreveu uma biografia de corpo inteiro, já comentou uma cronista.
Ainda rapazinho, o filho do Mestre de Campo Agostinho Delgado Arouche de Toledo e de Dona Maria Teresa de Araújo Lara morou na antiga Travessa do Colégio, atual Rua Anchieta, exatamente no número 11. O número 11 era uma casa que ''oferecia aspectos solarengos, ostentando sacadas de ferro forjado beirais salientes, com telhas vidradas de calha, como ornamento; as janelas eram guarnecidas de rótulas pintadas de verde; teriam tido a mesma cor as demais peças de madeira da fachada''. O velho prédio foi substituído pelo atual, onde a Santos-Jundiaí mantém uma agência ferroviária.
Ali residiu com os irmãos e irmãs. As célebres ''Meninas da Casa Verde", todas solteiras e graciosas. Eram sete as tão famosas " Meninas da Casa Verde": Caetana, Gertrudes, Joaquina Pulquéria, Leocádia, Ana Teresa, Maria Rosa e Rudezinha, um bando gárrulo de jovens casadouras, que nunca se soube porque jamais se matrimoniaram. Paulo Cursino de Moura procura explicar: "Mocinhas da Casa Verde", porque ali, na Travessa do Colégio, pegado a Maria Punga, quituteira (Maria Emília Vieira), "no sobrado de sacadas e persianas, de rótulas-oratórios, quadradas e salientes", eternamente pintadinho desse verde garrafa, leve, brejeiro, alegre, das antigas construções coloniais, moraram as irmãs Arouche. E por serem muitas e todas, num prédio só, as meninas Arouche tomaram a feição do ambiente — "Mocinhas da Casa Verde" . Em revoada — aves sem donos, sem peias — imigravam, de quando em vez, para as bandas da Freguesia do Ò. Daí, o nome — Casa Verde — que a roça legou à cidade, dominando o bairro todo, pelo batismo dos mesmos eternos, boquejados da vida alheia".
Enquanto isso, enquanto as graciosas jovens impressionavam a rapaziada acadêmica, sem nenhum decidir por nenhuma, o mano José demandava a velha Coimbra para tentar o canudo de barechal em Direito. Aos 21 anos, 1777, ainda estudava. Dois anos depois, terminava o curso, colocando grau de doutor em leis a 3 de julho de 1779.
Regressando a São Paulo, primeiramente fez advocacia. Depois, exerceu cargos de magistratura. Mais tarde, trazendo incubada velha vocação recalcada, dedicou-se à carreira militar. E, sempre com êxito satisfatório, foi subindo nas funções que abraçara, embora tardiamente atingiu ao posto de tenente-general e, por fim, ao de marechal de campo. Brilhou mais como militar do que como bacharel.
Nuto Sant' Ana, que andou pesquisando a esse respeito, descobriu-lhe o nome entre os recenseados no ano de 1841, aqui em São Paulo, com os seguintes dados bem curiosos. Era então Arouche Rendon brigadeiro inspetor geral de Melícias dessa capitania com 57 anos, casado com Dona Maria Teresa Rodrigues de Morais, vivendo de seu soldo. Ela com 54 anos. Tinham duas filhas solteiras, um criado, dois agregados e 14 escravos; as "filhas", Dona Maria Benedita, de 26 anos, solteira, brasileira e Dona Margarida, de 15 anos, solteira, exposta, brasileira. Figura como "criado", Mariano, de 16 anos, solteiro e, como "agregados", João Dias, oriundo do Paraná, de 14 anos, solteiro, pardo, e Madalena, de 68 anos, solteira, parda. Quanto aos escravos eram Pascoal, de 58 anos, Delfina, de 32, Quitéria, de 17, Joaquim, de 16 Cipriano, de 20. Antônio, de 15, Bernadinho, de 12 e Eliseu, de 9 anos, todos criolos. Solteiros e pardos; e Tomé de 51, João, de 41, Alexandre, de 56, Tomóteo, de 21, Vitória, de 51 e Rosa, de 41, negros.
A 13 de outubro de 1827, é nomeado Diretor da Faculdade de Direito de São Paulo, juntamente com o primeiro lente, Conselheiro José Maria de Avelar Brotero.
Quando recebeu a honrosa incumbência, apressou-se o velho Arouche em manifestar a sua gratidão ao imperador, num ofício que Almeida Nogueira descobriu no arquivo da Faculdade, onde se conservava inédito. Adverte-nos, porém, que não se imagine pelo estilo do documento, que fosse o benemérito paulista um bajulador doa homens do poder. Ele não fazia senão repetir o estilo oficial da época.
Eis o inteiro teor do ofício em questão: "Senhor. Ajoelho perante V. majestade imperial e beijo a soberana mão benéfica, que acha de honrar-me com o emprego de Diretor do Curso Jurídico desta cidade. Sendo muito lisonjeiro a um súdito fiel ser lembrado de seu soberano para honrosos e importantes empregos, fica-me contudo o pesar de me faltarem muitas das qualidades necessárias para o desempenho de tão importante missão; mas, se o gosto e a boa vontade do empregado podem suprir, senão todas, ao menos uma parte delas, eu protesto perante v. majestade imperial empenhar-me em cumprir o meu dever na fiel e pronta execução das ordens de v. majestade imperial para complemento das grandes obras principais que irão elevar o Império do Brasil a par dos grandes Impérios. São Paulo, 1 de novembro de 1827. De v. majestade imperial, o mais humilde, fiel e agradecido súdito, José Arouche de Toledo Rendon.

O velho General Arouche foi grande proprietário em São Paulo, Possuía enorme chácara onde está hoje situado o bairro de Vila Buarque, segundo nos conta Spencer Vampré. Além disso, foi dono de uma porção de casas, sendo sete na Rua do Príncipe (atual Quintino Bocaíuva ); três na Rua de São José (Líbero Badaró); uma na Rua Alegre (Brigadeiro Tobias) e uma na Rua do Jogo da Bola (mais tarde Rua da Princesa e hoje Bernjamim Constant).
Da escrituração que ele meticulosamente assentava, dos aluguéis e da entrada e saída dos inquilinos, ficamos sabendo que a da Rua Príncipe n. 10 esteve alugada pôr 1$000 mensalmente, passando depois, em 1825, a 2$000 por mês; a da Rua do quartel vencia 5$000 mensais, a da Rua do Jogo da Bola, com quintal murado e portão, 1$000. A da Rua Freira n. 22 foi alugada, 1824, a Ana Policena, por cinco patacas mensais, e assim todas as outras, "podendo-se avaliar, por esses rendimentos, quanto era atrasada ainda, em seu desenvolvimento, e que a pobreza sofria a cidade, escolhida para sede do primeiro curso jurídico".
Vem de molde uma indiscrição histórica, acrescenta Spencer Vampré. Alugara Rendon uma de suas casas, à Rua do Quartel, ao Dr. Carneiro de Campos, que mais tarde o substituiu na Diretoria da Faculdade, tendo sido nomeado lente. Não parece que o futuro Visconde de Caravelas gozasse de grandes folgas de dinheiro. Eis, pelo menos, o assentamento de Rendon:— " Rua do Quartel, n..., alugada, em 15 de julho de 1829, ao Sr. Carneiro de Campos, a 12$800 por mês. Recebi três meses, até 15 de outubro. No dia 15 de dezembro, entregou as chaves, estando a me dever 21$330; mandou-me um bilhete de 50$000 para pagar-me, e dar-lhe 28$670 de troco, que mandei pagar pelo Barreto. Tomou as chaves Joaquim José Freire da Silva, etc" .
Como se vê, a casa em que morava um lente da Academia, custava 12$800 mensais, sublinhado este quebrado de 800 réis, o valor do dinheiro naquela época.
Ao velho Arouche ficou devendo a introdução cultura do chá, entre nós,. Plantou-o na sua chácara. Daí veio, mais tarde, o nome de Morro do Chá para a colina que, fronteira à que em que se achava o triângulo central, foi ligada pelo viaduto que lhe tomou o nome: Viaduto do Chá. Chegou mesmo a escrever uma " Monagrafia sobre a Colheita e Cultura do Chá".
A Chácara do marechal ficava "onde tem assento do hospital central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no quarteirão entre as Ruas Dona Verediana, Marquês de Itu, Cesário Mota e Jaguaribe".
A sede da chácara, esclarece o historiador de outrora, era o velho casarão de 12 janelas de frente, ainda existente na Rua Santa Isabel, n. 3. Primitivamente a chácara Arouche estendia-se da Rua da Alegria (hoje Sebastião Pereira) até ao Beco da Mata- Fome (atual Rua Araújo).
Tempo houve em que o general andou metido em outros negócios e fundou uma fábrica de tecidos de algodão. Pensou também em extrair da semente do chá um óleo que servisse para a iluminação.

Naqueles tempos, morava em São Paulo um lente da Faculdade de Direito chamado Prudêncio Geraldes Taveres da Veiga Cabral. Natural da Província de Mato Grosso, aqui chegara, vindo do Rio de Janeiro, em abril de 1829, nomeado professor catedrático de Direito Civil, um ano, portanto, depois da fundação do Curso Jurídico.
Nesta cidade, residiu na Rua de São Bento, em prédio, que hoje não existe mais, "contíguo ao de propriedade de Sr. Major Domingos Sertório, quase em frente ao da redação do "Comércio de São Paulo". Segundo Almeida Nogueira, "era alto, magro, meio curvo, corpo mal delineado, cara completamente raspada, nariz grande, olhos negros, boca regular e face pálida". Neurastênico e boêmio. Deixou uma crônica da mais pitorescas na velha Paulicéia do seu tempo.
Assevera-nos o autor de " Tradições e Reminiscências da Academia" que o Conselheiro Prudêncio Cabral, não obstante ser dotado de grande inteligência e vasta cultura jurídica, era um mau lente, já pelas suas singuridades algum tanto ridículas, como, sobretudo, pelo pouco caso que ligava aos seus deveres de mestre.
Quando apareceu nesta capital, contava 29 anos de idade e trazia um filho natural, nascido no Rio Grande. Era solteiro e nem pensava em casar-se.
Depois, aqui conheceu, na chácara do Tenente-General Arouche Rendon, a filha deste, D. Maria Benedita, bem mais velha do que ele. Logo forjaram um casamento para os dois. Um casamento muito desigual. A moça não queria: o futuro esposo tinha fama de estroina, senão de maluco, embora lente, e, como tivesse posição social de relevo pareceu à família Arouche bom partido.
O noivado foi mais rápido do que o próprio namoro. Celebraram-se as bodas com as solenidades do estilo: banquete, baile, enxovais... Ele, com 30 e ela com 42 anos, portanto bem madura!
Consorciaram-se naquele 22 de dezembro. Pois bem, no dia 23, logo cedinho, estavam separados! Mas não adiantemos os acontecimentos. Contemos o que de desconcertadamente aconteceu, então. Vão ver quanta complicação. Escutem.
Ao retirarem-se os últimos convivas, a noiva se recolheu à câmara nupcial e ali aguardou em vão a chegada do príncipe encantado. Este, porém, passeou horas inteiras, a noite toda, em frente ao quarto, sem animar-se a entrar. Falava sozinho, como que caindo em si, arrependido do passo que dera:
— "Que fizeste, Cabral*! Que fizeste Cabral*!"
Em seguida, saltando a janela, (o prédio era sobrado) deixou a casa para nunca mais voltar.
No dia seguinte, o escândalo estourou belicosamente como todos os escândalos dessa espécie, numa cidadezinha do tamanho de São Paulo, assanhando os seus vinte e dois mil habitantes. Foi só no que se falou, num comentário sem-par.
D. Maria Benedita retornou chorosa (nem era para menos) à casa do velho general Rendon. Logo tratou de propor contra o ex-frustado marido uma ação de nulidade de casamento, julgada pelos tribunais na parte civil. Submeteu-se a parte religiosa à consideração do Papa Gregório XIV. Os tempos rolaram e o escândalo continuou comentadíssimo, entre risadinhas à socapa.
Pôr fim, corridos todos os tramites, "foi julgado consumado, com separação. A 26 de novembro de 1831", pelo vigário geral do Bispado, Cônego Lourenço Justiniano Ferreira, a requerimento de D. Maria Benedita, conforme certidão passada em santa Ifigênia, pelo Padre Antônio Joaquim da Silva.
Referem, porém, as más línguas — conta-nos Almeida Nogueira — que, vindo a falecer o sogro, (o General Arouche desapareceu em 1834, três anos depois), o Conselheiro Cabral pretendeu entrar na meação de bens. Dizem que a isto se opôs madame ou mademoiselle Cabral, fundada no direito então vigente e na verdade dos fatos; o requerente contestou então as alegações sobre a inexistência da sociedade conjugal, porque, afirmava ele, que sim, que não havia dúvida, que ele tinha sido verdadeiro esposo. Replicava ela que não, muito ao contrário.
Para verificar o caso, ele requereu que se procedesse a exame... Não foi este senão um ardil empregado para obrigar ao acordo. E assim aconteceu. A fim de evitar o vexame, consentiu a esposa platônica do conselheiro em repartir com ele os bens que lhe cabiam.
Não sabemos se isto é verdade — concluiu Almeida Nogueira — ou uma simples anedota inventada. Alguém no-la contestou como incompatível com o caráter brioso, posto que excêntrico, do Conselheiro Cabral. Vai o caso como veio, sem endosso de nossa parte.
Desta forma se focou sem saber qual o seu estado civil. Do conselheiro se pode dizer que não era casado, nem solteiro, nem viúvo... E assim morreu.
Apesar de tudo deixou prole: dois filhos naturais. Um deles, o nascido no Rio Grande, bacharelou-se em 1850: o outro, mais moço, João da Veiga Cabral, muito conhecido e estimado nesta capital. Lutou pela vida, que não lhe foi das mais suaves. A princípio, labutou como tipógrafo nas oficinas do "Ipiranga".. Foi ator, depois oficial da polícia, em seguida, editor e proprietário dos jornais "Gazeta do Povo" e "Jornal da Tarde" e finalmente empregado público...
Quanto à D. Maria Benedita, a filha legítima do tenente-general José Arouche de Toledo Rendon, nascida antes do seu casamento com D. Maria Teresa Rodrigues de Morais, e sua única herdeira-maior, morreu solteirona. Nem era possível tentar novo matrimônio, depois do fracasso do primeiro, tão comentado, tão cheio de incríveis peripécias...
O velho Rendon, falecendo aos 78 anos, deve ter levado para o túmulo profundo desgosto. Já não bastaram as terríveis turras que manteve com o ranzicíssimo Conselheiro Brotero, na direção da Faculdade. Sobrecarregaram-lhe também as preocupações domésticas. As únicas que lhe não lhe deram trabalho foram as sete irmãs, as famosas "Meninas da Casa Verde". As "graciosas donzelas foram perdendo a frescura, amadureceram, murcharam e morreram..." E nunca se casaram. Morreram solteironas.
Resumo biográfico

Vejam um resumo biográfico do Tenente General José Arouche de Toledo Rendon feito pela própria Faculdade de Direito da qual foi o primeiro Diretor:

Nasceu na cidade de São Paulo, aos 14 de março de 1756, filho do mestre-de-campo Agostinho Delgado Arouche e de D. Maria Thereza de Araújo Lara.

Fez o curso de direito civil em Coimbra, onde recebeu o grau de doutor em leis em 14 de julho de 1779. De volta ao Brasil, após ter-se dedicado à advocacia em São Paulo, exerceu os cargos de juiz de medições, de juiz ordinário, de juiz de órfãos e de procurador da Coroa. E os exerceu com proficiência e honradez.

Sentindo-se atraído pela carreira das Armas, assentou praça no Estado-maior do Exército, no posto de capitão. Galgou, nela, todos os postos, pois foi mestre-de-campo, inspetor-geral de milícias, brigadeiro, marechal-de-campo e, por decreto de 18 de outubro de 1829, tenente-general. Da sua inspeção às aldeias de índios, existentes na província, deixou um relatório impresso.

Adepto da causa da independência, foi, em janeiro de 1822, como delegado da Câmara Municipal de São Paulo, enviado ao Rio de Janeiro, em missão junto ao Príncipe Regente, D. Pedro, para solicitar-lhe que desobedecesse aos chamados das Cortes de Lisboa e ficasse no Brasil. Fizeram parte dessa missão, também, o Coronel Gama Lobo e, por parte do Governo Provisório, José Bonifácio de Andrada e Silva.

Por decreto de 20 de maio de 1822, foi nomeado comandante das Armas de São Paulo. Feita a Independência e convocada a Assembléia Constituinte, foi eleito deputado por São Paulo, com José Bonifácio, Antonio Carlos, Paula Souza, Nicolau Vergueiro, José Ricardo de Andrade, Fernandes Pinheiro, Velloso de Oliveira e Diogo Ordenhes, tendo sido este último substituído por José Corrêa Pacheco e Silva. Na Assembléia, tomou parte nas discussões em torno da indicação de Fernandes Pinheiro sobre a criação da Universidade de São Paulo.

Eleito deputado geral para a legislatura de 1826 a 1829, não tomou assento e foi substituído pelo brigadeiro José Vicente da Fonseca.

Por decreto de 13 de outubro de 1827, foi nomeado diretor do Curso Jurídico de São Paulo, que instalou em 1º de março de 1828, nele permanecendo até 1833, quando, atendendo a insistentes pedidos seus, o governo imperial lhe concedeu exoneração, por decreto de 31 de outubro de 1833.

Prestou o tenente-general Arouche Rendon grandes serviços à cidade e à província de São Paulo, e o seu nome condecora a rua, que sai da Praça da República e vai dar no largo, que tem o seu nome, aberta na grande chácara, onde ele residia e que lhe pertencia, no bairro de Vila Buarque.

Faleceu aos 26 de junho de 1834.

Obras Publicadas

Memoria sobre as aldeias de Indios da provinda de São Paulo. Revista do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, v. 4.

Elementos de processo civil, precedidos de instrucções para os juizes municipaes . São Paulo: Typographia do Governo, no Palácio, 1850.

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