Estamos nos aproximando do centenário do nascimento do Sr. Batista a ser comemorado no dia 15 de novembro de 2011. Até lá, vamos enriquecer os conhecimentos sobre sua família. Aqui vão mais alguns dados.
Os Cavalcanti se mesclaram imediatamente com as mais nobres estirpes do País. Quando os holandeses invadiram Pernambuco, alguns descendentes de Filipe Cavalcanti, que já eram numerosos, fugiram para a Bahia e lá se casaram com filhos da terra surgindo os Cavalcanti e Sá ou Cavalcanti de Sá, ou então de Sá Cavalcanti, ou os Ravasco Cavalcanti. Lá mesmo em Pernambuco, além dos citados Cavalcanti de Albuquerque ou Cavalcanti e Albuquerque, surgiram outras estirpes como os Holanda Cavalcanti ou Cavalcanti e Arcoverde.
Na guerra de expulsão dos holandeses ficou famoso um dos filhos de Filipe Cavalcanti, por nome Lourenço, que lutou bravamente contra os invasores após ter seus engenhos saqueados e tomados.
Por todo o Brasil de hoje se conhecem praças, ruas, colégios ou outros logradouros públicos com o nome da família. Em Goiás deram nome a uma cidade, Cavalcante, (com cerca de 8 mil habitantes), provavelmente por causa de Diogo Teles Cavalcante, descobridor das minas de ouro da região. A corruptela da grafia para “Cavalcante” originou uma variante do nome da estirpe, mas isto provavelmente ocorreu em conseqüência de brasileirismo: assim como os Giovani, os Filipi, mudaram aqui para Giovane e Felipe, talvez porque ao registrar os filhos os pais não atentassem para a grafia correta do nome original da família. Em Pernambuco a família sempre foi muito criticada por pessoas que os invejavam por terem sempre assumido posições importantes em cargos públicos e de riqueza. Chegam a dizer, conforme Gilberto Freire, que são conhecidos pelo horror a pagar dívidas.
Principais vultos desta numerosa família:
Lourenço Cavalcanti de Albuquerque – São dois com o mesmo nome, o avô de Gonçalo Ravasco (sobrinho do Padre Vieira), alcaide-mor da Bahia, e o filho de Arnaldo Vasconcelos de Albuquerque (ou Arnao de Holanda Vasconcelos). O primeiro deles veio de Pernambuco para a Bahia lutar contra os holandeses que a haviam invadido em 1624. O Comandante das tropas nacionais era o Bispo Dom Marcos Teixeira, que nomeou Lourenço Cavalcanti como coronel e chefe de guarnições de tropas. Participou do conselho que se reuniu no Rio Vermelho, na Bahia, após a evacuação da cidade pelos moradores. Combateu valorosamente os invasores, merecendo honras e sendo nomeado pelo Governador alcaide-mor. Foi armado Cavaleiro pelo Governador Diogo Luís de Oliveira.
Voltou para Pernambuco, mas em 1643 veio novamente com sua família para a Bahia, permanecendo nela até a morte. Gonçalo Ravasco assim depôs sobre Lourenço: “Superintendente da infantaria do norte com os poderes de governador, capitão e defensor da capitania de Itamaracá, capitão-mor da Paraíba e governador da cavalaria do mesmo Estado, e havendo procedido com valor nas ocasiões de peleja o fazer mais em particular em impedir as entradas e fazer as aguadas ao inimigo no presídio de Guiana, no socorro das embarcações com despesa de sua fazenda, no reencontro que teve com os holandeses no recôncavo da Bahia e noutros que lhe sucederam no Recife tomando o inimigo a vila de Olinda e assistindo depois no arraial se achar nos muitos sucessos que houve de guerra socorrendo ao capitão do campo em uma investida que o inimigo lhe fez no Recife deixar feito um forte à custa de sua fazenda, na peleja das Salinas, na junto à casa sua em muitas emboscadas da ponte da vila, e na dos Afogados obrar com resolução, e com a mesma pôr fogo ao campo em que esteve quase abrasado o inimigo, e vir a todo o risco descobrir o sítio para uma trincheira que lhe havia de dar cargas, e do trabalho do caminho adoecer gravemente, nos mais reencontros de guerra enquanto serviu, houve com os holandeses batalhas que se lhe deram se haver com tão particular valor que foi grande parte das vitórias que se alcançaram para o efeito das quais despendeu muito de sua fazenda com os cavalos e escravos e cria os com os que nelas se achava, na peleja das praias de Abray fazer retirar o inimigo ao mar com grande perda de gente, e em tudo proceder sempre com particular resolução sustentando muitas vezes a gente de guerra por sua fazenda”, etc. (Pedro Calmon, vol. I, pp. 56/57).
O outro Lourenço Cavalcanti era sobrinho do primeiro, filho de D. Filipa de Albuquerque, irmã deste, e que se casara na Bahia e deixara numerosa prole. Seu pai era Antônio de Holanda, filho de Arnao de Holanda. Preservou, porém, no nome apenas a família da mãe: Cavalcanti de Albuquerque.
Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque – Fidalgo cavaleiro da Casa Real e professo da Ordem de Cristo. Lutou valorosamente nas guerras de expulsão dos holandeses. Na invasão de Pernambuco teve que deixar três engenhos que possuía para fugir com a população e preparar as guerrilhas. Antes da fuga, como o fizeram os outros senhores de engenho, ateou fogo em tudo. Posteriormente foi nomeado Governador de Cabo Verde.
Filipe Cavalcanti de Albuquerque – Filho de Antônio Cavalcanti de Albuquerque e D. Isabel de Góes, foi fidalgo cavaleiro da Casa Real e também professo da Ordem de Cristo. Lutou nas guerras contra os holandeses, e depois da restauração viveu muitos anos em Ipojuca, onde faleceu. É bom lembrar que os Góes, família de D. Isabel, também eram originários da Holanda
Os Cavalcanti se mesclaram imediatamente com as mais nobres estirpes do País. Quando os holandeses invadiram Pernambuco, alguns descendentes de Filipe Cavalcanti, que já eram numerosos, fugiram para a Bahia e lá se casaram com filhos da terra surgindo os Cavalcanti e Sá ou Cavalcanti de Sá, ou então de Sá Cavalcanti, ou os Ravasco Cavalcanti. Lá mesmo em Pernambuco, além dos citados Cavalcanti de Albuquerque ou Cavalcanti e Albuquerque, surgiram outras estirpes como os Holanda Cavalcanti ou Cavalcanti e Arcoverde.
Na guerra de expulsão dos holandeses ficou famoso um dos filhos de Filipe Cavalcanti, por nome Lourenço, que lutou bravamente contra os invasores após ter seus engenhos saqueados e tomados.
Por todo o Brasil de hoje se conhecem praças, ruas, colégios ou outros logradouros públicos com o nome da família. Em Goiás deram nome a uma cidade, Cavalcante, (com cerca de 8 mil habitantes), provavelmente por causa de Diogo Teles Cavalcante, descobridor das minas de ouro da região. A corruptela da grafia para “Cavalcante” originou uma variante do nome da estirpe, mas isto provavelmente ocorreu em conseqüência de brasileirismo: assim como os Giovani, os Filipi, mudaram aqui para Giovane e Felipe, talvez porque ao registrar os filhos os pais não atentassem para a grafia correta do nome original da família. Em Pernambuco a família sempre foi muito criticada por pessoas que os invejavam por terem sempre assumido posições importantes em cargos públicos e de riqueza. Chegam a dizer, conforme Gilberto Freire, que são conhecidos pelo horror a pagar dívidas.
Principais vultos desta numerosa família:
Lourenço Cavalcanti de Albuquerque – São dois com o mesmo nome, o avô de Gonçalo Ravasco (sobrinho do Padre Vieira), alcaide-mor da Bahia, e o filho de Arnaldo Vasconcelos de Albuquerque (ou Arnao de Holanda Vasconcelos). O primeiro deles veio de Pernambuco para a Bahia lutar contra os holandeses que a haviam invadido em 1624. O Comandante das tropas nacionais era o Bispo Dom Marcos Teixeira, que nomeou Lourenço Cavalcanti como coronel e chefe de guarnições de tropas. Participou do conselho que se reuniu no Rio Vermelho, na Bahia, após a evacuação da cidade pelos moradores. Combateu valorosamente os invasores, merecendo honras e sendo nomeado pelo Governador alcaide-mor. Foi armado Cavaleiro pelo Governador Diogo Luís de Oliveira.
Voltou para Pernambuco, mas em 1643 veio novamente com sua família para a Bahia, permanecendo nela até a morte. Gonçalo Ravasco assim depôs sobre Lourenço: “Superintendente da infantaria do norte com os poderes de governador, capitão e defensor da capitania de Itamaracá, capitão-mor da Paraíba e governador da cavalaria do mesmo Estado, e havendo procedido com valor nas ocasiões de peleja o fazer mais em particular em impedir as entradas e fazer as aguadas ao inimigo no presídio de Guiana, no socorro das embarcações com despesa de sua fazenda, no reencontro que teve com os holandeses no recôncavo da Bahia e noutros que lhe sucederam no Recife tomando o inimigo a vila de Olinda e assistindo depois no arraial se achar nos muitos sucessos que houve de guerra socorrendo ao capitão do campo em uma investida que o inimigo lhe fez no Recife deixar feito um forte à custa de sua fazenda, na peleja das Salinas, na junto à casa sua em muitas emboscadas da ponte da vila, e na dos Afogados obrar com resolução, e com a mesma pôr fogo ao campo em que esteve quase abrasado o inimigo, e vir a todo o risco descobrir o sítio para uma trincheira que lhe havia de dar cargas, e do trabalho do caminho adoecer gravemente, nos mais reencontros de guerra enquanto serviu, houve com os holandeses batalhas que se lhe deram se haver com tão particular valor que foi grande parte das vitórias que se alcançaram para o efeito das quais despendeu muito de sua fazenda com os cavalos e escravos e cria os com os que nelas se achava, na peleja das praias de Abray fazer retirar o inimigo ao mar com grande perda de gente, e em tudo proceder sempre com particular resolução sustentando muitas vezes a gente de guerra por sua fazenda”, etc. (Pedro Calmon, vol. I, pp. 56/57).
O outro Lourenço Cavalcanti era sobrinho do primeiro, filho de D. Filipa de Albuquerque, irmã deste, e que se casara na Bahia e deixara numerosa prole. Seu pai era Antônio de Holanda, filho de Arnao de Holanda. Preservou, porém, no nome apenas a família da mãe: Cavalcanti de Albuquerque.
Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque – Fidalgo cavaleiro da Casa Real e professo da Ordem de Cristo. Lutou valorosamente nas guerras de expulsão dos holandeses. Na invasão de Pernambuco teve que deixar três engenhos que possuía para fugir com a população e preparar as guerrilhas. Antes da fuga, como o fizeram os outros senhores de engenho, ateou fogo em tudo. Posteriormente foi nomeado Governador de Cabo Verde.
Filipe Cavalcanti de Albuquerque – Filho de Antônio Cavalcanti de Albuquerque e D. Isabel de Góes, foi fidalgo cavaleiro da Casa Real e também professo da Ordem de Cristo. Lutou nas guerras contra os holandeses, e depois da restauração viveu muitos anos em Ipojuca, onde faleceu. É bom lembrar que os Góes, família de D. Isabel, também eram originários da Holanda
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