sábado, 3 de dezembro de 2011

Beato Zeferino Gimenez, primeiro cigano Mártir católico


Zeferino Giménez Malla, conhecido como "El Pelé" (1861 - 1936) tornou-se o primeiro mártir cigano a ser elevado a honra dos altares: foi beatificado por João Paulo II no dia 4 de maio de 1997.
Foi uma das milhares de vítimas da intolerância religiosa que tomou conta do mundo moderno, especialmente movida pelos comunistas. No início da guerra civil espanhola, nos últimos dias de Junho de 1936, foi preso por ter saído em defesa de um Sacerdote que arrastavam pelas ruas de Barbastro para o levarem para o cárcere e por levar um Rosário no bolso. Ofereceram-lhe a liberdade se deixasse de rezar o Rosário. Preferiu permanecer na prisão e afrontar o martírio. Na madrugada de 8 de Agosto de 1936 fuzilaram-no junto ao cemitério de Barbastro. Morreu com o Rosário na mão e gritando a sua fé: «Viva Cristo Rei». Este era o brado com que todo católico morria ao ser martirizado nas revoluções comunistas do México (década de 20) e da Espanha (década de 30).
Filho de pais ciganos espanhóis, Zeferino Giménez Malla, nasceu em Fraga (província de Huesca), provavelmente em 26 de Agosto de 1861, festa de S. Zeferino papa, de quem tomou o nome, e foi batizado no mesmo dia.
Como toda a sua família, ele também foi um cigano que viveu sempre como tal, seguindo a lei cigana, tanto na sua formação como nas suas atividades.
Em pequeno percorria os caminhos montanhosos da região fazendo a venda ambulante de cestos, que ele mesmo fabricava com as suas mãos.
Ainda muito jovem casou-se à moda cigana com Teresa Giménez Castro, uma cigana de Lérida, de forte personalidade e estabeleceu-se em Barbastro.
Em 1912 regularizou a sua união com a «Sua Teresa» celebrando o matrimónio na Igreja Católica. Começou desde então a frequentar a Igreja até se converter a um cristianismo modelar.
Não teve filhos, no entanto adoptou de berço uma sobrinha de sua mulher, chamada Pepita, cujos filhos ainda são vivos.
«El Pelé» dedicou os melhores anos de sua vida à profissão de compra e venda de cavalos (ofício muito comum entre os ciganos), pelas feiras da região. Chegou a ter uma boa posição social e econômica que esteve sempre ao serviço dos mais necessitados.
Piedoso e caritativo, socorria a todos com as suas esmolas. Foi um exemplo a sua religiosidade: missa diária, comunhão frequente, reza quotidiana do Santo Rosário, etc.
Embora não tivesse sabido ler nem escrever, era amigo de pessoas cultas e foi admitido como membro de diversas associações religiosas: Juventude Eucaristia, Adoração Noturna, Conferências de São Vicente de Paulo (onde de alma e coração sempre se dedicou a socorrer de forma muito caritativa todos os carentes que podia) e Ordem Terceira de S. Francisco. Gostava muito de se dedicar à Catequese dos meninos, aos quais contava passagens da Bíblia e ainda ensinava orações e o respeito que se deve ter pela natureza.
Homem de vida cristã exemplar, dentro e fora da sua raça, numa entrega aos outros na prática da caridade, usando de uma grande generosidade muito próxima da prodigalidade.
Sua mulher chegava muitas vezes a queixar-se da sua generosidade e repreendia-o; assim, quando dava algo, olhava em volta a ver se a mulher não via e dizia «é para evitar problemas com a minha mulher, se posso evito».
De um seu biógrafo pode ler-se a seguinte passagem:
«— Também pelos camponeses (o Pelé) alcançou uma notável importância. As vilas da região nunca conheceram um homem mais honesto, mais cavalheiro, mais leal e mais cristão. Em público e em privado mostrava-se respeitador, humilde, alegre, pacífico, serviçal e generoso. Para todos tinha uma saudação, um sorriso, disponibilidade para uma conversa amena, para diferentes convites. Nas indagações efetuadas para compor este pequeno esboço histórico, nada ouvi de deplorável. Ele tratava os outros ciganos com muita cordialidade (dirigindo-se a eles). Habitualmente, se não eram superiores a ele, tratava-os com o apelido de «tato», palavra de afeto com a qual se tratam os ciganos».

E num escrito de José Cortês Gabarre:
«Vi em várias ocasiões que na casa dele acolhia mendigos, dava-Ihes roupa sempre em bom estado e dinheiro, e tudo isto fazia tratando-os com muito carinho».

Referindo-se a Zeferino Giménez Malla, João Paulo II defendeu que:
«A sua vida mostra como Cristo está presente nos diversos povos e raças e que todos são chamados à santidade que se alcança observando os seus mandamentos e permanecendo no seu amor. O Pelé foi generoso e acolhedor para com os pobres, embora fosse também ele pobre; honesto na sua atividade; fiel ao seu povo e à sua raça cigana; dotado de uma inteligência natural extraordinária e do dom do conselho, foi, sobretudo, um homem de profundas crenças religiosas.
Nos dias de hoje, «Pelé» intercede por todos junto do Pai comum e a Igreja propõe-no como modelo a seguir e testemunha significativa da vocação universal à santidade, especialmente para os ciganos que com ele têm estreitos vínculos culturais e étnicos».

Oração a Deus pela intercessão do Bem-Aventurado Zeferino Gimènez Cigano e Mártir

Ó Deus, fonte de todas as Graças.
que suscitou na vida do Cigano e Mártir,
O Bem-Aventurado Zeferino
o Amor à Família e à Oração,
o Espírito de Paz e a Coragem do Martírio,
por sua intercessão dá
às nossas Famílias a Fidelidade,
às nossas Comunidades a Concórdia,
aos nossos Jovens a Retidão e a Coragem
aos nossos Doentes a cura física
e conforto espiritual,
e a todos Nós o entendimento
de que é nosso Pai
e de que Nós somos seus Filhos!
Amém.
Pedir a graça desejada e rezar:
Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
Alcançando a graça, pede-se para escrever para:
E-mail: pnomades@hotmail.com

Pensamentos de Zeferino Malla

-Senhor de imensa bondade, se me tirares o cabelo será para
mim um bem. Faça-se a Sua vontade.

-Não vos esqueceis nunca, queridos meninos, que vós sois os preferidos de Deus.

-O que é que Deus te deu? — dizia um blasfemo. Deu-me a vida. Diante de mim não quero ouvir falar mal nem de Deus nem dos seus Sacerdotes.

-Dorme e descança que se algo se passar que te faça dano, o Anjo da Guarda te protegerá.

-No momento da tribulação basta dizer com voz calma: «Deus o quis assim. Bendito seja o Senhor».

-Tudo tem de ser feito com amor. Há que derramar amor por todo o lado.

Fontes:
http://www.pastoraldosnomades.org.br/site/nossopadroeiro.html

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21961

http://www.evangelizo.org/main.php?language=SP&module=saintfeast&localdate=20110504&id=16500&fd=0

http://forumdeprieres.forumsactifs.com/t7042-bienheureux-ceferino-jimenez-malla-gitan-martyr

Video:
http://www.youtube.com/user/cenouta


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