quinta-feira, 12 de junho de 2025

MINHA MÃE

 

                                             (cujo aniversário se daria no dia 30 de junho)


O leite de minha mãe

Alimentou-me até secar

Nunca secou sua paciência

Tendo que me educar

 

Ouvi dela muitos “sins”

E também muitos “nãos”

Paciência tinha demais

Pra mim e meus irmãos

 

Tenho dela grande dívida

Adquirida desde o nascer

Não a vida – que vem de Deus

Mas educação do meu ser

 

Batizou-me, fez-me cristão

Ensinou-me a ler e escrever

Mas, tudo isso nada seria

Se não me ensinasse a obedecer

 

Ela, junto com meu pai,

Foram exemplos de fidelidade

Modelo de casal cristão

De vida comum, com lealdade

 

Dela nunca se ouviu um berro

A não ser pra chamar a atenção

- Venha pra casa! Pra dentro!

E assim nos dava educação

 

E ela, paciente, perguntava:

- O que é, Francisco? O que foi?

- Tô mandando que ele entre!

- Não vê  que anda solto um boi?

 

Às vezes, ela repetia o ditado:

-“Gente besta, tabaco do cão”

Queria nos prevenir de alguém

Que, sendo bobo, dava má lição!

 

Ou dizia outro ditado:

- “Aquele, fazer o mal é pecado;

Mas, fazer o bem é mal feito!”

E dava assim seu recado.

 


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