(cujo aniversário se daria no dia 30 de junho)
O leite de minha mãe
Alimentou-me até secar
Nunca secou sua
paciência
Tendo que me educar
Ouvi dela muitos “sins”
E também muitos “nãos”
Paciência tinha demais
Pra mim e meus irmãos
Tenho dela grande
dívida
Adquirida desde o
nascer
Não a vida – que vem de
Deus
Mas educação do meu ser
Batizou-me, fez-me
cristão
Ensinou-me a ler e
escrever
Mas, tudo isso nada
seria
Se não me ensinasse a
obedecer
Ela, junto com meu pai,
Foram exemplos de
fidelidade
Modelo de casal cristão
De vida comum, com lealdade
Dela nunca se ouviu um
berro
A não ser pra chamar a
atenção
- Venha pra casa! Pra
dentro!
E assim nos dava
educação
E ela, paciente,
perguntava:
- O que é, Francisco? O
que foi?
- Tô mandando que ele
entre!
- Não vê que anda solto um boi?
Às vezes, ela repetia o
ditado:
-“Gente besta, tabaco
do cão”
Queria nos prevenir de
alguém
Que, sendo bobo, dava
má lição!
Ou dizia outro ditado:
- “Aquele, fazer o mal
é pecado;
Mas, fazer o bem é mal
feito!”
E dava assim seu
recado.
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