Sentada na área que dá pra rua, em frente à sua casa, mamãe começou a conversar sobre seu passado. Mas, antes de contar aqui o que ela relembrou naquela ocasião vou registrar os dados de sua família. O primeiro casamento da vovó Bárbara Josino da Costa teve como esposo o Sr. Maximino Alexandre Fernandes, gerando os seguintes filhos: Francisco Josino Fernandes (nascido em 1906, o "tio Nenên" como era conhecido), Rita Fernandes da Costa (que mudou para "de Holanda" após o casamento, nascida em 1909), Luiz Fernandes da Costa (nascido em 1911), João Josino da Costa (que seria o caçula, nascido em 1915) e Maria Fernandes da Costa (que mudou para "de Lima" após o casamento, nascida em 1913). Não sabe dizer quanto tempo vovó Bárbara ficou viúva, mas não deve ter sido muito pois o primeiro filho do segundo casamento (ela mesma) nasceu em 1919. Desse segundo casamento, com o vovô Francisco Cavalcante de Paiva (ou Francisco de Paiva Cavalcante), teve os seguintes filhos: Raimunda Josino Cavalcante (nascida em 1919(, Alcebíades Josino de Paiva (nascido em 1920), Telina Josino Cavalcante (mudou sobrenome para "Amorim" após casamento, nascida em 1922), Hilda Josino Cavalcante (que mudou para "Pereira" com o casamento, nascida em 1924) e Antonia Josino de Paiva (nascida em 1926. O vovô Francisco Cavalcante de Paiva também casou-se por uma segunda vez com Edwigens Feitosa de Paiva, tendo uma única filha, Maria José Feitosa de Paiva (nascida em 27-08-1956.
Contou também ela que a vovó Bárbara faleceu em abril de 1952, de ataque cardíaco, e o vovô Francisco em junho de 1971, e câncer no pâncreas. Os dados fornecidos por ela podem não conferir com exatidão pois foram obtidos de sua memória.
Exemplo de concórdia entre casados
Mamãe conta que, ao chegar a Fortaleza, dedicou-se à arte de corte e costura a fim de ajudar papai na despesa da casa. Embora não fosse uma costureira ou modista tão competente, conseguia vez por outra uma encomenda. Certo dia, uma freguesa pediu-lhe que fizesse um vestido, mas usando o tecido de tal forma que as figuras nele desenhadas ficassem sempre de cabeça pra cima. Na hora de confeccionar a parte da frente do vestido, porém, ela erra e coloca as figuras de forma diferente daquela que sua freguesa havia pedido. Constrangida, disse ao papai que tinha de comprar outro pano e fazer o vestido novamente da forma que a cliente queria. Mas, em resposta, ele lhe falou secamente que não fosse comprar o pano. Ela nada respondeu, mas, caladinha, foi ao comércio e comprou o pano. Chegando em casa foi logo confeccionar o vestido da forma correta. Mal terminou de concluir o seu trabalho e teve uma ingrata surpresa: papai apareceu na frente dela e, de repente, pegou o vestido, riscou um fósforo e pôs fogo nele. Isto sem dizer uma só palavra. Ela também sem dizer palavra pôs-se a chorar, olhando com tristeza o fruto de seu trabalho sendo consumido pelo fogo. Papai saiu dali calado, mas não demonstrou no momento estar arrependido do que fez. Não demorou muito, porém, e logo se manifestou nele sua bondade. Dentro de alguns instantes, chegava da rua com o tecido que agora tinha ido comprar, entregou-o a ela sem dizer uma palavra e o assunto foi assim encerrado
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