MELBOURNE - O alagoano Tiago Fernandes, de 17 anos, se sagrou campeão juvenil do Aberto da Austrália neste sábado. O título histórico foi alcançado com a vitória sobre o australiano Sean Berman, por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, na decisão do primeiro Grand Slam da temporada.
Com a conquista, o brasileiro se igualou a Gustavo Kuerten, Maria Esther Bueno (simples e duplas) e Thomaz Koch (duplas mistas), que também já faturaram um torneio deste nível. O último a levantar o troféu foi Kuerten, em 2001, ao levar o tricampeonato de Roland Garros.
Fernandes, que completou 17 anos há dois dias, se tornou também o segundo brasileiro a vencer na Austrália. Somente Maria Esther havia sido campeã em Melbourne, em 1960, nas duplas. O alagoano foi ainda o primeiro brasileiro a levantar o troféu no juvenil.
"É um Grand Slam, e eu estou muito feliz por ser o campeão", comemorou o tenista, que foi comparado à Gustavo Kuerten pela imprensa estrangeira. Para alcançar tal feito, Fernandes precisou reagir no início do jogo deste sábado, após estar perdendo por 2 games a 0. O brasileiro virou para 3 a 2 e aproveitou os erros do adversário para vencer a primeira parcial.
No segundo set, o alagoano abriu vantagem no começo, ao fazer 3 a 0. Na sequência, chegou a perder o saque, mas se recompôs e faturou a parcial, fechando a partida após 1h50min.
Ficha ainda não caiu
Deitado num quarto de hotel em Melbourne, na Austrália, a quase 15 mil quilômetros de casa, ainda era difícil perceber a importância do que tinha acabado de acontecer. Pouco mais de 24 horas depois de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar um Grand Slam juvenil, Tiago Fernandes aos poucos começa a entender o tamanho do feito que alcançou ao vencer o local Sean Berman e ficar com o título do Australian Open. Para o jovem alagoano, no entanto, a exata noção dos fatos só virá à tona quando for recebido pela família, no Brasil.
- A ficha está começando a cair, mas ainda não caiu. Acho que vai melhorar quando eu chegar ao Brasil e encontrar minha família. É um título muito importante. Eu joguei bem, tive uma boa semana. Fui me sentindo bem com o tempo, venci alguns jogos duros. Espero continuar assim daqui para frente – disse Tiago, de 17 anos, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
O alagoano se sentiu confiante para buscar o título desde sua chegada a Melbourne. Vitória após vitória, aumentava a sensação de que realmente poderia chegar lá. Em quadra, viu que a conquista estava próxima no início do segundo set, quando percebeu o desânimo de Berman, atrás no placar.
- Quando ganhei o primeiro set e abri 3/0 no segundo, comecei a ver que o cara estava baixando a cabeça. Acho que nesse momento eu comecei a pensar que seria campeão. Eu estava preparado para jogar, tinha treinado bastante. A gente sempre espera chegar a um momento assim - afirmou o jovem.
A ascensão de Thomaz Bellucci e a conquista do alagoano Australian Open podem indicar um novo momento do tênis brasileiro. Tiago perde calma, mas sabe que o título pode levar os tenistas brasileiros a novos tempos.
- Acho que o título vai ser importante. Vai ser legal para incentivar quem está começando a jogar. Espero que ajude – disse.
O plano agora é treinar. Tiago explica que precisa melhorar em alguns pontos daqui para frente. Para ganhar experiência, planeja aumentar o número de participações em torneios profissionais, como o Brasil Open, na Costa do Sauípe, seu próximo compromisso.
- Tenho que trabalhar a parte física, treinar bastante saque e melhorar nas jogadas de fundo. Neste ano, eu vou começar a jogar alguns torneios entre os profissionais. No ano passado, já joguei alguns futures (torneios profissionais de menor premiação) no Brasil. E agora eu vou aumentar o número, jogar alguns futures e challengers.
Os sonhos para o futuro, claro, vão além. Tiago deseja estar entre os melhores, poder disputar de igual para igual novos títulos de Grand Slam mesmo entre os profissionais. Sempre com o pé no chão.
- Espero que eu consiga continuar o meu trabalho. Se fizer tudo certo, continuar treinando bem, meu sonho é ser um jogador profissional bem conceituado lá fora. Sei que, agora, estou muito feliz – conclui.
domingo, 31 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Os motivos ocultos da propalada pandemia de gripe suína
Agora começa a clarear quais os verdadeiros objetivos da mídia ter feito tanto clamor sobre o recente surto de clima suína. Vejam no vídeo abaixo o que estaria por trás de tudo isso.
No primeiro vídeo, uma tentativa de explicação do uso financeiro das indúsitrias farmacèuticas, especialmente para a venda de vacinas. No segundo, a ex-ministra da saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde, fez uma denúncia muito grave. Já se viu muitas vacinas serem denunciadas como instrumento de esterilização de populações. Esta trama é antiga, já houve sérias denúncias comprovadas contra o governo indiano que imunizou milhões com vacinas. No Brasil, recentemente, denunciou-se que a inútil vacina contra a rubéola tinha caráter também esterilizador. Nada se apurou e, talvez, só daqui a muitos anos poderá se mensurar até que ponto essa esterilização afetou a população brasileira. O curioso é que este tipo de imuização esterilizadora só tem sido tentada em países em desenvolvimento ou do chamado "terceiro mundo", cuja população é a única a crescer no mundo. Agora vem a vacina contra a "gripe suína", que a Dra.Rauni Kilde, ex-ministra da saúde da Finlândia, teve a coragem de denunciar como mais uma tentativa de esterilizar a população, desta vez aos billhões.
No primeiro vídeo, uma tentativa de explicação do uso financeiro das indúsitrias farmacèuticas, especialmente para a venda de vacinas. No segundo, a ex-ministra da saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde, fez uma denúncia muito grave. Já se viu muitas vacinas serem denunciadas como instrumento de esterilização de populações. Esta trama é antiga, já houve sérias denúncias comprovadas contra o governo indiano que imunizou milhões com vacinas. No Brasil, recentemente, denunciou-se que a inútil vacina contra a rubéola tinha caráter também esterilizador. Nada se apurou e, talvez, só daqui a muitos anos poderá se mensurar até que ponto essa esterilização afetou a população brasileira. O curioso é que este tipo de imuização esterilizadora só tem sido tentada em países em desenvolvimento ou do chamado "terceiro mundo", cuja população é a única a crescer no mundo. Agora vem a vacina contra a "gripe suína", que a Dra.Rauni Kilde, ex-ministra da saúde da Finlândia, teve a coragem de denunciar como mais uma tentativa de esterilizar a população, desta vez aos billhões.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Mais uma formatura em nossa família
Tomamos conhecimento de que, em Belém do Pará, uma neta do Neto festejou sua formatura: trata-se da Núbia, filha do João Francisco e da Josy que, no último dia 22, recebeu o "canudo" em Belém na área de Gerência Empresarial, uma atividade muito promissora. Aqui estão nossas felicitações para a nova formada, desejando-lhe sucesso em sua nova carreira. Nossos parabéns para toda sua familia, o pai, João Francisoc, e a mãe, Josy Batista. Quem quiser ver as fotos de sua formatura é só acessar o álbum ao lado, na coluna da dirfeita. Aqui vai a pergunta em forma de pesquisa: quantos netos e bisnetos de D. Raimunda já concluíram o curso superior?
sábado, 23 de janeiro de 2010
Vejam o blog de designer da Liliana
Liliana Marinho, esposa de nosso caro Daniel (vejam ela acima, com mamãe, o esposo e a filha), informa lá de Portugal que tem seu blog, da área de designer. Para acessar o blog dela é só clicar aqui em LCD DESIGN. Vejam seu recado:
Matosinhos, Portugal
LCD.design nasce pela minha paixão nas artes gráficas. Ao longo do tempo fui aprimorando técnicas em formações na área de designer gráfico.
LCD.design está sempre a procura de satisfazer seus clientes, tendo em conta a importância do dialogo entre o cliente final e o designer.
O blog tem como objectivo partilhar os trabalhos gráficos da Liliana Marinho.
Sendo do meu interesse uma criação diferenciada, materiais de qualidade com impressão digital e uma entrega em curto tempo.
Para mais informações e orçamentos:
lcd.design@yahoo.com
Matosinhos, Portugal
LCD.design nasce pela minha paixão nas artes gráficas. Ao longo do tempo fui aprimorando técnicas em formações na área de designer gráfico.
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lcd.design@yahoo.com
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
A Bíblia segundo Donoso Cortés
Juan Francisco María de la Salud Donoso Cortés y Fernández Canedo, I marquês de Valdegamas, (Valle de la Serena, Badajoz, 6 de maio de 1809- † París, França, 3 de maio de 1853) foi um grande filósofo de cunho conservador e católico, além de parlamentar, político e diplomata, funcionário da monarquia espanhola. Teve grande influência no pensamento político contrário ao socialismo e ao comunismo em seu tempo. Vejam o que escreveu sobre a Bíblia:
“Há um livro, tesouro de um povo que é hoje fábula e ludibrio da terra, e que foi em tempos passados estrela do Oriente, no qual têm ido beber sua divina inspiração todos os grandes poetas das regiões ocidentais do mundo, e no qual têm aprendido o segredo de levantar os corações. Este livro é a Bíblia.
“Suprimi a Bíblia com a imaginação… e ficarão todos os povos imersos em trevas. A Bíblia que contém todos os modelos de todas as tragédias, de todas as poesias, e de todas as lamentações, contêm também o modelo inimitável de todos os cantos de vitória.
“Se buscais modelos da poesia bucólica, onde encontrareis tão frescos e puros como na época bíblica do patriarcado; quando a mulher, a fonte e a flor eram amigas, porque todas juntas e cada uma por si eram o símbolo da simplicidade primeira da cândida inocência? Donde encontrareis, senão ali, os sentimentos límpidos e castos, o incendido pudor dos esposos, e a misteriosa fragrância das famílias patriarcais?
“Livro prodigioso Aquele, em que o gênero humano há trinta e três séculos começou a ler, e lendo todos os dias, todas as noites e todas as horas, ainda não terminou sua leitura!
“Livro prodigioso aquele, em que se calcula tudo, antes de haver-se inventado a ciência dos cálculos: em que sem estudos lingüísticos, se dá notícia da origem das línguas; em que sem estudos astronômicos, se computam as revoluções dos astros; em que sem documentos históricos, se conta a História; em que sem estudos físicos, se revelam as leis do mundo!
“Livro prodigioso aquele, que vê tudo e tudo sabe. Que sabe os pensamentos que se erguem no coração do homem, e os que estão presentes na mente de Deus; que vê o que se passa nos abismos do mar, e o que sucede nos abismos da terra; que conta ou prediz todas as catástrofes das gentes, e onde se encerram e entesouram todos os tesouros da misericórdia, da justiça e da vingança.
“Livro em fim, que quando os céus se enrolarem sobre si mesmos como um pergaminho gigantesco, a terra desfaleça, o sol recolha sua luz e se apaguem as estrelas, permanecerá, só ele, com Deus, porque é sua eterna palavra ressoando eternamente nas alturas.
“De todos os povos… o hebreu é o único que teve uma notícia certa de Deus…
“Vejamos a nação hebréia, e antes de tudo falemos de seu Deus, porque seu nome está escrito com caracteres imperecíveis em todas as páginas de sua história. Seu nome é Jehová; sua natureza, espiritual; sua inteligência, infinita; sua liberdade, completa: sua independência, absoluta: sua vontade, onipotente.
“A criação foi um ato desta vontade independente e soberana. Quanto criou com seu poder, mantém com sua providência. Mantém os astros em suas órbitas, a terra em seu eixo, o mar em seus limites.
“As gentes se esqueceram de seu nome, e Ele retirou sua mão das gentes, e a inteligência humana se viu envolta , de súbito, em uma eterna noite. Então, Ele elegeu um povo entre todos e lhe chamou a si, e lhe abriu o entendimento para que entendesse, e entendeu, e O adorou posto de joelhos, e caminhou por suas vias, e obedeceu seus mandamentos, e se pôs sob sua mão plena de vinganças e de misericórdias, e executou o encargo de ser o instrumento de seus imperscrutáveis desígnios; e foi a luz da terra.
“Único entre todos os povos, escolhido e governado por Deus, o povo hebreu é também o único, cuja história é um hino sem fim de louvor do Deus que os conduz e governa.
“Separado de todas as sociedades humanas, está só, com Deus, que lhe fala pela voz de seus profetas e sacerdotes, e a quem responde com seus cânticos de adoração.
“Os cânticos hebreus receberam da unidade majestosa de seu Deus sua limpa simplicidade, sua nobre majestade e sua incomparável beleza…
“Povo predestinado, que viu no céu um só Deus, na humanidade um só homem e na terra um só templo. O que caracteriza o povo hebreu, o que o distingue de todos os povos da terra, é a negação de si mesmo, seu aniquilamento diante de seu Deus.
Os Patriarcas. “A primeira palavra de seu Deus é uma promessa; seu primeiro período histórico o Patriarcado… O Patriarca é o tipo da simplicidade e da inocência. Mais que o varão incorruptível e justo, é o menino sem mancha de pecado. Por isso ouve, com freqüência, aquela voz suavíssima e deleitosa com que Deus lhe chama a si; por isso recebe visitas dos Anjos.
“Mais que o homem reto, que anda gozoso pelas vias do Senhor, é o habitante do céu que anda triste pelo mundo, porque perdeu seu caminho e se recorda de sua pátria.
“Seu único pai é Deus; os anjos são seus irmãos. Os Patriarcas eram, então, como os Apóstolos foram depois, o sal da terra. Em vão procurareis pelo mundo, naqueles remotíssimos tempos, o homem, pobre de espírito, rico de fé, manso e simples de coração, modesto nas prosperidades, resignado nas tribulações, de vida inocente, de honestos e pacíficos costumes. O tesouro dessas virtudes aprazíveis resplandeceu somente nas solitárias tendas dos Patriarcas bíblicos.
* Moisés, a águia do Sinai
“Hóspede na terra de Faraó, o povo hebreu … trocou a um tempo seu Deus pelos ídolos, e sua liberdade pela escravidão. Arrancou dela, violentamente, a mão de um homem governado por uma força sobre-humana, o maior dos Profetas de Israel, e o maior entre os filhos dos homens.
Todos os filósofos, legisladores e fundadores de Impérios tiveram antecessores. Só Moisés está sem antecessores.
“Em Moisés tem princípio a época da ameaça. Deus se converteu, de Pai que era, em Senhor; o povo, de filho que era, em escravo: Deus lhe tira a liberdade, em castigo de suas prevaricações e em prêmio de seu resgate. “Eu sou vosso Deus, e vós sois meu povo, havia dito Deus aos santos Patriarcas”; “Eu sou teu Senhor e teu proprietário: o que te livrou da escravidão dos Faraós, isto disse Deus pela boca de Moisés a seu povo prevaricador e rebelde. Deus deixa de falar doce e secretamente aos homens; os anjos já não visitam suas tendas…
“Moisés que é o maior de todos os filósofos, o maior de todos os fundadores de Impérios, é também o maior de todos os poetas.
“A águia do Sinai subiu até o trono resplandecente de Deus, e teve debaixo de suas asas todo o orbe da terra … Na epopéia bíblica, tudo é local e geral, ao mesmo tempo. O Deus de Israel é o Deus de todas as gentes: o povo de Israel é sombra e figura de todos os homens.
* Maria, mais bela do que toda a criação!
“Para conhecer a mulher por excelência; para ter notícia do encargo que recebeu de Deus: para considerar em toda sua beleza imaculada e altíssima; para formar-se alguma idéia de sua influência santificadora, não basta por a vista naqueles belíssimos tipos da poesia hebraica…
“O verdadeiro tipo, o exemplar verdadeiro da mulher não é Rebeca, nem Débora, nem a esposa dos Cânticos dos Cânticos. É necessário ir mais além, e subir mais alto; é necessário chegar à Plenitude dos Tempos, ao cumprimento da primitiva promessa, para surpreender a Deus formando o tipo perfeito da mulher, é necessário subir até o Trono resplandecente de Maria.
“Maria é uma criatura à parte, mais bela por si só que toda a criação; a terra não é digna de servi-la de peanha, nem de almofada os tecidos de brocado; sua alvura excede à neve, “su rosicler al rosicler de los ocielos”, seu resplendor ao esplendor das estrelas.
“Maria é amada de Deus, venerada dos homens, servida dos Anjos. O homem é uma criatura nobilíssima, porque é senhor da terra, cidadão do céu, filho de Deus, porém a mulher se lhe adianta, lhe deslustra e vence, porque Maria tem títulos mais doces e atributos mais altos.
O Pai a chama Filha, e lhe envia embaixadores; o Espírito Santo a chama Esposa, e faz-lhe sombra com suas asas; o Filho a chama Mãe, e faz sua morada em seu sacratíssimo claustro; os Serafins compõem sua corte; os céus a chamam Rainha; os homens a chamam Senhora; nasceu sem mancha, viveu sem pecado, salvou o mundo e morreu sem dor.*
“Vede aí a mulher. Porque Deus, em Maria, as santificou a todas: às virgens, porque ela foi Virgem; às esposas, porque Ela foi Esposa; às viúvas, porque Ela foi Viúva; às filhas, porque ela foi Filha; às mães, porque Ela foi Mãe.
“Grandes e portentosas maravilhas tem obrado o cristianismo no mundo; ele tem feito paz entre o Céu e a terra; tem destruído a escravidão; … porém a mais portentosa de todas as maravilhas, a que mais profundamente tem influído na constituição da sociedade doméstica e da civil, é a santificação da mulher… O Salvador pôs sob seu amparo Madalena, e ao pé da Cruz estavam juntas sua inocentíssima Mãe e a arrependida pecadora, para dar-nos assim, a entender, que seus amorosos braços estavam abertos … à inocência e ao arrependimento.
(Donoso Cortês, Obras Completas, Ed. S. Francisco de Sales, Madrid, 1904, V. II, pp. 67 a 97).
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“Há um livro, tesouro de um povo que é hoje fábula e ludibrio da terra, e que foi em tempos passados estrela do Oriente, no qual têm ido beber sua divina inspiração todos os grandes poetas das regiões ocidentais do mundo, e no qual têm aprendido o segredo de levantar os corações. Este livro é a Bíblia.
“Suprimi a Bíblia com a imaginação… e ficarão todos os povos imersos em trevas. A Bíblia que contém todos os modelos de todas as tragédias, de todas as poesias, e de todas as lamentações, contêm também o modelo inimitável de todos os cantos de vitória.
“Se buscais modelos da poesia bucólica, onde encontrareis tão frescos e puros como na época bíblica do patriarcado; quando a mulher, a fonte e a flor eram amigas, porque todas juntas e cada uma por si eram o símbolo da simplicidade primeira da cândida inocência? Donde encontrareis, senão ali, os sentimentos límpidos e castos, o incendido pudor dos esposos, e a misteriosa fragrância das famílias patriarcais?
“Livro prodigioso Aquele, em que o gênero humano há trinta e três séculos começou a ler, e lendo todos os dias, todas as noites e todas as horas, ainda não terminou sua leitura!
“Livro prodigioso aquele, em que se calcula tudo, antes de haver-se inventado a ciência dos cálculos: em que sem estudos lingüísticos, se dá notícia da origem das línguas; em que sem estudos astronômicos, se computam as revoluções dos astros; em que sem documentos históricos, se conta a História; em que sem estudos físicos, se revelam as leis do mundo!
“Livro prodigioso aquele, que vê tudo e tudo sabe. Que sabe os pensamentos que se erguem no coração do homem, e os que estão presentes na mente de Deus; que vê o que se passa nos abismos do mar, e o que sucede nos abismos da terra; que conta ou prediz todas as catástrofes das gentes, e onde se encerram e entesouram todos os tesouros da misericórdia, da justiça e da vingança.
“Livro em fim, que quando os céus se enrolarem sobre si mesmos como um pergaminho gigantesco, a terra desfaleça, o sol recolha sua luz e se apaguem as estrelas, permanecerá, só ele, com Deus, porque é sua eterna palavra ressoando eternamente nas alturas.
“De todos os povos… o hebreu é o único que teve uma notícia certa de Deus…
“Vejamos a nação hebréia, e antes de tudo falemos de seu Deus, porque seu nome está escrito com caracteres imperecíveis em todas as páginas de sua história. Seu nome é Jehová; sua natureza, espiritual; sua inteligência, infinita; sua liberdade, completa: sua independência, absoluta: sua vontade, onipotente.
“A criação foi um ato desta vontade independente e soberana. Quanto criou com seu poder, mantém com sua providência. Mantém os astros em suas órbitas, a terra em seu eixo, o mar em seus limites.
“As gentes se esqueceram de seu nome, e Ele retirou sua mão das gentes, e a inteligência humana se viu envolta , de súbito, em uma eterna noite. Então, Ele elegeu um povo entre todos e lhe chamou a si, e lhe abriu o entendimento para que entendesse, e entendeu, e O adorou posto de joelhos, e caminhou por suas vias, e obedeceu seus mandamentos, e se pôs sob sua mão plena de vinganças e de misericórdias, e executou o encargo de ser o instrumento de seus imperscrutáveis desígnios; e foi a luz da terra.
“Único entre todos os povos, escolhido e governado por Deus, o povo hebreu é também o único, cuja história é um hino sem fim de louvor do Deus que os conduz e governa.
“Separado de todas as sociedades humanas, está só, com Deus, que lhe fala pela voz de seus profetas e sacerdotes, e a quem responde com seus cânticos de adoração.
“Os cânticos hebreus receberam da unidade majestosa de seu Deus sua limpa simplicidade, sua nobre majestade e sua incomparável beleza…
“Povo predestinado, que viu no céu um só Deus, na humanidade um só homem e na terra um só templo. O que caracteriza o povo hebreu, o que o distingue de todos os povos da terra, é a negação de si mesmo, seu aniquilamento diante de seu Deus.
Os Patriarcas. “A primeira palavra de seu Deus é uma promessa; seu primeiro período histórico o Patriarcado… O Patriarca é o tipo da simplicidade e da inocência. Mais que o varão incorruptível e justo, é o menino sem mancha de pecado. Por isso ouve, com freqüência, aquela voz suavíssima e deleitosa com que Deus lhe chama a si; por isso recebe visitas dos Anjos.
“Mais que o homem reto, que anda gozoso pelas vias do Senhor, é o habitante do céu que anda triste pelo mundo, porque perdeu seu caminho e se recorda de sua pátria.
“Seu único pai é Deus; os anjos são seus irmãos. Os Patriarcas eram, então, como os Apóstolos foram depois, o sal da terra. Em vão procurareis pelo mundo, naqueles remotíssimos tempos, o homem, pobre de espírito, rico de fé, manso e simples de coração, modesto nas prosperidades, resignado nas tribulações, de vida inocente, de honestos e pacíficos costumes. O tesouro dessas virtudes aprazíveis resplandeceu somente nas solitárias tendas dos Patriarcas bíblicos.
* Moisés, a águia do Sinai
“Hóspede na terra de Faraó, o povo hebreu … trocou a um tempo seu Deus pelos ídolos, e sua liberdade pela escravidão. Arrancou dela, violentamente, a mão de um homem governado por uma força sobre-humana, o maior dos Profetas de Israel, e o maior entre os filhos dos homens.
Todos os filósofos, legisladores e fundadores de Impérios tiveram antecessores. Só Moisés está sem antecessores.
“Em Moisés tem princípio a época da ameaça. Deus se converteu, de Pai que era, em Senhor; o povo, de filho que era, em escravo: Deus lhe tira a liberdade, em castigo de suas prevaricações e em prêmio de seu resgate. “Eu sou vosso Deus, e vós sois meu povo, havia dito Deus aos santos Patriarcas”; “Eu sou teu Senhor e teu proprietário: o que te livrou da escravidão dos Faraós, isto disse Deus pela boca de Moisés a seu povo prevaricador e rebelde. Deus deixa de falar doce e secretamente aos homens; os anjos já não visitam suas tendas…
“Moisés que é o maior de todos os filósofos, o maior de todos os fundadores de Impérios, é também o maior de todos os poetas.
“A águia do Sinai subiu até o trono resplandecente de Deus, e teve debaixo de suas asas todo o orbe da terra … Na epopéia bíblica, tudo é local e geral, ao mesmo tempo. O Deus de Israel é o Deus de todas as gentes: o povo de Israel é sombra e figura de todos os homens.
* Maria, mais bela do que toda a criação!
“Para conhecer a mulher por excelência; para ter notícia do encargo que recebeu de Deus: para considerar em toda sua beleza imaculada e altíssima; para formar-se alguma idéia de sua influência santificadora, não basta por a vista naqueles belíssimos tipos da poesia hebraica…
“O verdadeiro tipo, o exemplar verdadeiro da mulher não é Rebeca, nem Débora, nem a esposa dos Cânticos dos Cânticos. É necessário ir mais além, e subir mais alto; é necessário chegar à Plenitude dos Tempos, ao cumprimento da primitiva promessa, para surpreender a Deus formando o tipo perfeito da mulher, é necessário subir até o Trono resplandecente de Maria.
“Maria é uma criatura à parte, mais bela por si só que toda a criação; a terra não é digna de servi-la de peanha, nem de almofada os tecidos de brocado; sua alvura excede à neve, “su rosicler al rosicler de los ocielos”, seu resplendor ao esplendor das estrelas.
“Maria é amada de Deus, venerada dos homens, servida dos Anjos. O homem é uma criatura nobilíssima, porque é senhor da terra, cidadão do céu, filho de Deus, porém a mulher se lhe adianta, lhe deslustra e vence, porque Maria tem títulos mais doces e atributos mais altos.
O Pai a chama Filha, e lhe envia embaixadores; o Espírito Santo a chama Esposa, e faz-lhe sombra com suas asas; o Filho a chama Mãe, e faz sua morada em seu sacratíssimo claustro; os Serafins compõem sua corte; os céus a chamam Rainha; os homens a chamam Senhora; nasceu sem mancha, viveu sem pecado, salvou o mundo e morreu sem dor.*
“Vede aí a mulher. Porque Deus, em Maria, as santificou a todas: às virgens, porque ela foi Virgem; às esposas, porque Ela foi Esposa; às viúvas, porque Ela foi Viúva; às filhas, porque ela foi Filha; às mães, porque Ela foi Mãe.
“Grandes e portentosas maravilhas tem obrado o cristianismo no mundo; ele tem feito paz entre o Céu e a terra; tem destruído a escravidão; … porém a mais portentosa de todas as maravilhas, a que mais profundamente tem influído na constituição da sociedade doméstica e da civil, é a santificação da mulher… O Salvador pôs sob seu amparo Madalena, e ao pé da Cruz estavam juntas sua inocentíssima Mãe e a arrependida pecadora, para dar-nos assim, a entender, que seus amorosos braços estavam abertos … à inocência e ao arrependimento.
(Donoso Cortês, Obras Completas, Ed. S. Francisco de Sales, Madrid, 1904, V. II, pp. 67 a 97).
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Venerável Pierre Toussaint, rogai pelo Haiti!
Nascido no Haiti, o Venerável Pierre Toussant poderá realizar muitos milagres que possibilitem sua beatificação e futura canonização. O pobre Haiti tem ele como o principal candidato a santo, além de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como Padroeira.
Vejam sua história:
Pierre Toussaint era conhecido como um homem exemplar na cidade de Nova York durante a primeira metade do século XIX. Mary Ann Schuyler, da rica família Schuyler , ecoou o sentimento popular quando o chamou de "Saint Pierre"
Pierre nasceu escravo no Haiti, por volta de 1778. O Haiti era, então, a mais rica colônia francesa no Caribe, graças às suas plantações numerosas. Pierre e sua família pertenciam ao Sr. Jean Berard. A maioria dos escravos trabalhava nos campos produtores de açúcar, café, anil, tabaco e frutas, mas Sr. Berard, que tinha grande apreço por Pierre, o designou para trabalhar em sua residência. Ali se ensinou a ler e a escrever. Sr. Berard cuidava para que os seus escravos praticassem a fé católica, e escolheu sua filha como madrinha de Pierre.
Em 1791, veio a grande revolta dos escravos no Haiti. Muitas atrocidades foram cometidas em ambos os lados até que as tropas francesas se retirarem, finalmente, em 1797. Jean Jacques Berard, que sucedeu a seu pai, decidiu ir para Nova York esperando que o clima na iha se acalmasse. Levou consigo a esposa, suas duas irmãs, cinco escravos, e fundos suficientes para manter a casa por um ano. Entre os escravos que foram estavam Pierre e sua irmã Rosalie, que nunca mais viram o resto de sua família.
Em Nova York, Berard conseguiu que Pierre se tornasse aprendiz do Sr. Merchant, um dos melhores barbeiros da cidade. Pierre progrediu rapidamente e revelou um grande talento para a elaboração dos penteados da época. Os clientes começaram a designá-lo pelo nome e rapidamente se tornou o estilista das damas famosas das famílias Schuylers, Hamiltons, La Farges, Binsses, Crugers, Hosacks e Livingtons. Pierre era muito estimado por sua discrição e comportamento.
Em 1801, o Sr. Berard queria voltar para a sua plantação tentando salvar o que podia do seu estado, mas logo percebeu que todos os seus bens se encontravam irremediavelmente perdidos. Acabou morrendo de pleurisia.
Os negócios dos Berard, em Nova Iorque, também fracassaram. A viúva, então, se viu em grande pobreza. Desesperada, implorou a Pierre que vendesse as suas jóias. Em vez disso, Pierre, discretamente, sem ninguém saber, assumiu todas as despesas da casa com o seu salário de cabeleireiro.
Em 1802, a viúva de Berard se casou com Gabriel Nicolas, um músico pobre, mas depois de alguns anos caiu enferma. Em seu leito de morte, em 2 de Julho de 1807, concedeu a Pierre a sua liberdade.
Em 1811, Pierre já tinha guardado dinheiro suficiente para pagar a Nicolas a liberdade de Roselie, sua irmã. Só então se sentiu capaz de propor casamento a Juliette Noel, uma mulher vinte anos mais jovem e cuja liberdade havia comprado para evitar que fosse vendida no sul. Eles se casaram em 5 agosto de 1811. Ocuparam, assim, o 3 º andar da casa de Nicolas, enquanto Pierre matinha economicamente todo a residência. Nicolas, posteriormente, foi transferido para o Sul e, alguns anos depois, Pierre comprou uma casa e transferiu a família para a Franklin Street.
Rosalie também se casou, mas o marido a abandonou deixando-a grávida e doente com tuberculose. Pierre e Julieta a receberam em casa, mas acabou morrendo em 1815, logo após o nascimento de sua filha, Eufémia. Os Toussaint adotaram a órfã. Apesar de sobrevier e de ter se tornado na alegria de seus tios, Eufémia também ficou doente com tuberculose e morreu em 1829. Sua morte fez com que Pierre mergulhasse numa grande tristeza. Somente a sua disciplina diária - que incluía Missa todos os dias – o ajudou a continuar.
Ao longo dos anos, Pierre assistiu silenciosamente a várias mulheres que se encontravam em necessidade. Os Toussaint também providenciaram asilo, alimentos e roupas para muitas crianças negras e ajudaram a encontrar treinamento e trabalho. Sua casa era também a casa para os sacerdotes pobres e diversos viajantes. Pierre arrecadava dinheiro para instituições civis de caridade, inclusive para um orfanato dirigido pelas Irmãs de Madre Seton. Ele também ajudou a arrecadar dinheiro para a construção da Catedral de St. Patrick.
Quando, no verão, a cidade de Nova York sofreu com as pragas da febre amarela e cólera, Pierre arriscou ser infectado para cuidar dos doentes. Os Toussaints apoiavam às Oblatas da Providência (ordem religiosa dedicada à educação de crianças negras nos EUA) e mais tarde tornaram-se benfeitores do Colégio de São Vicente de Paulo, a primeira escola católica para meninos afro-americanos em Nova Iorque.
Em 1851, Juliette morreu de câncer e Pierre sofreu muito com a sua partida. Acabou ficando doente, morrendo em 30 de junho de 1853. Esse homem humilde tocou os corações de tantos nova-iorquinos que seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas. Toussaint foi enterrado ao lado de Juliette e Eufémia, no cemitério de St. Patrick, em Mott Street.
Em 1990, seus restos mortais foram transferidos para a cripta da Catedral de St. Patrick. Em 17 de dezembro de 1996, Sua Santidade João Paulo II concedeu o título de "Venerável” a Pierre Toussaint, declarando, assim, que a vida deste notável homem é digna da nossa imitação.
Pierre nasceu escravo no Haiti, por volta de 1778. O Haiti era, então, a mais rica colônia francesa no Caribe, graças às suas plantações numerosas. Pierre e sua família pertenciam ao Sr. Jean Berard. A maioria dos escravos trabalhava nos campos produtores de açúcar, café, anil, tabaco e frutas, mas Sr. Berard, que tinha grande apreço por Pierre, o designou para trabalhar em sua residência. Ali se ensinou a ler e a escrever. Sr. Berard cuidava para que os seus escravos praticassem a fé católica, e escolheu sua filha como madrinha de Pierre.
Em 1791, veio a grande revolta dos escravos no Haiti. Muitas atrocidades foram cometidas em ambos os lados até que as tropas francesas se retirarem, finalmente, em 1797. Jean Jacques Berard, que sucedeu a seu pai, decidiu ir para Nova York esperando que o clima na iha se acalmasse. Levou consigo a esposa, suas duas irmãs, cinco escravos, e fundos suficientes para manter a casa por um ano. Entre os escravos que foram estavam Pierre e sua irmã Rosalie, que nunca mais viram o resto de sua família.
Em Nova York, Berard conseguiu que Pierre se tornasse aprendiz do Sr. Merchant, um dos melhores barbeiros da cidade. Pierre progrediu rapidamente e revelou um grande talento para a elaboração dos penteados da época. Os clientes começaram a designá-lo pelo nome e rapidamente se tornou o estilista das damas famosas das famílias Schuylers, Hamiltons, La Farges, Binsses, Crugers, Hosacks e Livingtons. Pierre era muito estimado por sua discrição e comportamento.
Em 1801, o Sr. Berard queria voltar para a sua plantação tentando salvar o que podia do seu estado, mas logo percebeu que todos os seus bens se encontravam irremediavelmente perdidos. Acabou morrendo de pleurisia.
Os negócios dos Berard, em Nova Iorque, também fracassaram. A viúva, então, se viu em grande pobreza. Desesperada, implorou a Pierre que vendesse as suas jóias. Em vez disso, Pierre, discretamente, sem ninguém saber, assumiu todas as despesas da casa com o seu salário de cabeleireiro.
Em 1802, a viúva de Berard se casou com Gabriel Nicolas, um músico pobre, mas depois de alguns anos caiu enferma. Em seu leito de morte, em 2 de Julho de 1807, concedeu a Pierre a sua liberdade.
Em 1811, Pierre já tinha guardado dinheiro suficiente para pagar a Nicolas a liberdade de Roselie, sua irmã. Só então se sentiu capaz de propor casamento a Juliette Noel, uma mulher vinte anos mais jovem e cuja liberdade havia comprado para evitar que fosse vendida no sul. Eles se casaram em 5 agosto de 1811. Ocuparam, assim, o 3 º andar da casa de Nicolas, enquanto Pierre matinha economicamente todo a residência. Nicolas, posteriormente, foi transferido para o Sul e, alguns anos depois, Pierre comprou uma casa e transferiu a família para a Franklin Street.
Rosalie também se casou, mas o marido a abandonou deixando-a grávida e doente com tuberculose. Pierre e Julieta a receberam em casa, mas acabou morrendo em 1815, logo após o nascimento de sua filha, Eufémia. Os Toussaint adotaram a órfã. Apesar de sobrevier e de ter se tornado na alegria de seus tios, Eufémia também ficou doente com tuberculose e morreu em 1829. Sua morte fez com que Pierre mergulhasse numa grande tristeza. Somente a sua disciplina diária - que incluía Missa todos os dias – o ajudou a continuar.
Ao longo dos anos, Pierre assistiu silenciosamente a várias mulheres que se encontravam em necessidade. Os Toussaint também providenciaram asilo, alimentos e roupas para muitas crianças negras e ajudaram a encontrar treinamento e trabalho. Sua casa era também a casa para os sacerdotes pobres e diversos viajantes. Pierre arrecadava dinheiro para instituições civis de caridade, inclusive para um orfanato dirigido pelas Irmãs de Madre Seton. Ele também ajudou a arrecadar dinheiro para a construção da Catedral de St. Patrick.
Quando, no verão, a cidade de Nova York sofreu com as pragas da febre amarela e cólera, Pierre arriscou ser infectado para cuidar dos doentes. Os Toussaints apoiavam às Oblatas da Providência (ordem religiosa dedicada à educação de crianças negras nos EUA) e mais tarde tornaram-se benfeitores do Colégio de São Vicente de Paulo, a primeira escola católica para meninos afro-americanos em Nova Iorque.
Em 1851, Juliette morreu de câncer e Pierre sofreu muito com a sua partida. Acabou ficando doente, morrendo em 30 de junho de 1853. Esse homem humilde tocou os corações de tantos nova-iorquinos que seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas. Toussaint foi enterrado ao lado de Juliette e Eufémia, no cemitério de St. Patrick, em Mott Street.
Em 1990, seus restos mortais foram transferidos para a cripta da Catedral de St. Patrick. Em 17 de dezembro de 1996, Sua Santidade João Paulo II concedeu o título de "Venerável” a Pierre Toussaint, declarando, assim, que a vida deste notável homem é digna da nossa imitação.
(Querendo ler uma biografia mais detalhada clique aqui: Pierre Toussaint)
domingo, 3 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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