Nossos repentistas têm alguma influência africana?

Alguns caras gostam de "forçar a barra", como se diz. Até mesmo na arte do repente da viola, tão caracaterística de nosso Nordeste, o músico Bráulio Tavares achou de encontrar influência da cultura africana. Vejam no vídeo acima, já no final, o depoimento do referido músico, baseando sua afirmação em alguns tipos de repentes em certas músicas africanas, dizendo ser o africano "um grande improvisador". Dados? O Maracatu e o coco de embolada. E só. O Maracatu, praticamente só existe em Recife. Quanto ao coco de embolada é praticado tanto em Recife quanto em Salvador. Mas isto não representa nem 10% do resto do Nordeste, onde a cultura africana praticamente é quase inexistente. Vamos lá, viaje pelas outras capitais nordestinas (a não ser Salvador e Recife) e por todo o nosso interior (fora o de Pernambuco e Bahia - esta, aliás, só tem influência forte dos africanos no Recôncavo, no resto da Bahia esta influência é pratidamente nula) e você vai verificar a quase inexistência da tão decantada "cultura africana". Podemos até dizer que há uma grande influência indígena, e tal seria que não existisse, mas africana! Precisamos reconhecer que o repente é um tipo de cultura genuinamente brasileiro e nordestino, sem qualquer influência europeia, africana ou asiática. É coisa nossa mesmo!