quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Apodi, sua história e seu hino

Finalmente, publicanos os dados sobre Apodi, uma das cidades representadas no encontro de primos e de netos de D. Bárbara em Natal. Com relação à suas origens, vejam o texto extraído do site apodi.info :

Em 19 de Abril de 1680, o Capitão-Mor Geraldo de Suny concedeu aos irmãos Victor e Leo a sesmaria, por eles requerida, para colonizar a ribeira do Apodi. A disputa pelas terras era uma evidência. Colonizadores e índios Paiacus reivindicavam o domínio das terras. Em 1685, os Nogueiras retornaram à Paraíba, de onde eram naturais, voltando pouco tempo depois à região, dando prosseguimento aos trabalhos de colonização. Com a sublevação geral dos índios ocorrida entre os anos de 1687 e 1696, morre Baltazar Nogueira em luta travada com os índios. Não suportando mais os ataques dos silvícolas, os colonizadores tiveram que se retirar da região, onde já haviam feito plantações e instalado a criação de gado. Alguns anos depois os Nogueiras retornaram às terras da ribeira do Apodi com Manoel Nogueira no comando, na condição de Sargento-Mor da Ribeira. A partir daí, o território experimentou uma época de progresso e desenvolvimento, sendo bem explorado e conquistado em virtude da presença dos padres jesuítas que instalaram em janeiro de 1700 na Aldeia do Apodi, a Missão, com o objetivo de catequizar os índios. Em 1761, a Missão foi extinta e os índios transferidos para outra área. Segundo a tradição, o rio e a região eram conhecidos pelo nome de Podi, em referência ao índio Potiguassu e, na decisão jurídica a respeito da posse das referidas terras, a palavra Podi passou a ser Apodi, por questão de pronúncia. No ano de 1766 foi criado o distrito de Apodi. Sua freguesia foi instalada por Dom Francisco Xavier Aranha, do bispado de Olinda e Recife, em 3 de Fevereiro do mesmo ano.

Ainda não tinha completado 25 anos de idade quando Manoel Nogueira Ferreira pisou pela primeira vez o solo da antiga PODI. Não encontrando maiores dificuldades, inicialmente, para conquistar os indígenas aqui estabelecidos, é de se supor que fosse um bom conhecedor dos seus costumes e hábitos, pois isto facilitava a aproximação com aquela gente. Tempos depois, por razão na frente relatadas, surgiu forte incompatibilidade entre colonizadores e nativos, de graves conseqüências, resultando na morte de Baltazar Nogueira, irmão de Manoel, em luta travada nas proximidades da lagoa Apanha Peixe, com os índios paiacus. A cobiça dos irmãos Nogueira, pela terra que acabavam de descobrir e que logo reconheceram ser de excelente qualidade, capaz de fazê-los progredir na exploração da agricultura e da pecuária, da caça e da pesca, deve-lhes ter despertado a idéia de afastar, o quanto antes os primitivos moradores que aqui encontraram. Este era, de modo geral, o pensamento dos colonizadores da época, "egressos de bandeiras e entradas", muitas vezes, e não raro, impiedosos depredadores das comunidades indígenas. Assim, a velha aldeia da ribeira do Apodi tinha que sofrer, também, com o elemento civilizado que acabava de aportar na terra apodiense.
A quietude da paisagem nativa, a paz e a tranqüilidade da família tribal aqui radicada, passaram a ser abaladas a partir daquele momento. Naquele tempo, a penetração do homem numa região desconhecida, hostil, exposto a perigos de toda ordem, exigia do desbravador, qualidades indispensáveis á conquista dos objetivos visados. Ser forte, corajoso e adaptado ao ambiente, eram condições necessárias para suportar as longas e duras caminhadas, de milhares de quilômetros, através de matas, rios, e serras, onde as doenças, o índio bravo as feras, eram uma ameaça permanente a esse tipo de aventura. Foi justamente enfrentando tudo isto, desafiando todos aqueles obstáculos, que o jovem Manoel Nogueira veio esbarrar, numa de suas penetrações por regiões nordestinas, nas margens da lagoa Itaú, que significa "pedra preta", Com o correr dos tempos, passou-se a chamar-se lagoa Apodi.
Tornara-se Manoel Nogueira Ferreira um dos primeiros desbravadores da região oestana do Rio Grande do Norte penetrando pelo sul da província, procedente da Paraíba, para implantar os fundamentos iniciais da nossa economia agrícola e pastoril. Fazendo roçados, plantando, criando gado, abrindo estradas, construindo e implantando as primeiras vias de comunicação
Manoel Nogueira Ferreira nasceu na cidade de Nossa Senhora das Neves , atualmente João Pessoa, na Paraíba , no dia 15 de maio de 1655, filho legitimo de Matias de Freitas Nogueira e sua mulher Antonia Nogueira Ferreira, Casou-se com Antonia de Oliveira Correia natural de Pernambuco. Faleceu na sua fazenda Outeiro, no município de Apodi, em 17 de janeiro de 1715. Era pai de Margarida de Freitas, mulher que ficou muito conhecida na Ribeira do Apodi, pela grande quantidade de terra que possuía na região, casada com o português Carlos Vidal Borromeu, que veio morar em Portalegre na primeira metade do século XVIII.
Origem do topônimo: a tradição é ter o Ouvidor Cristóvão Soaes Reimão decidindo-se oficialmente, por Apodi. De a-podi ou a-poti, cousa firme, altura, uma chapada, planalto. Não há nenhuma relação com fumo, tabaco, petim, petum, pitim." Luis da Câmara Cascudo, "Nomes da Terra"
Vejam o vídeo onde se mostra a cidade e se ouve seu hino, por sinal muito bonito:


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