ONDE VAMOS PARAR?
1. É indiscutível
que as forças secretas ainda têm certo domínio sobre os rumos da Revolução,
haja vista seu grande poderio sobre as finanças, a política e os vários ramos
da atividade humana. Em palestras para seus discípulos, a certa altura Dr.
Plínio havia dito que a Revolução estava derrotada, ela havia sido vencida,
estava morta. Mas, não entrou em maiores detalhes, pois certamente ele quis
dizer que ela havia sido derrotada em seus planos maiores de implantação do
reino de Satanás. Sim, ela não chegou a atingir seu objetivo maior. Mas, seu
predomínio sobre a humanidade continuava, e sempre vai crescendo e se tornando
cada vez mais sufocante e imperante.
2. Por
causa desse predomínio sobre os rumos da humanidade a Revolução continua seu
curso, embora rastejando como se fosse uma cobra ferida em sua cabeça. No
entanto, tudo indica que ela não dispõe hoje de líderes capazes de levar a
termo seus objetivos mais radicais. O que se nota hoje é uma total carência de
tais lideres. Falta aquele homem carismático que consiga carregar multidões
atrás de si. De tal forma esta carência de líderes é evidente que o Papa
Francisco já reclamou disso, e anos atrás um dirigente da ONU se referiu a essa
carência de líderes, lamentando que a humanidade andava sem rumos por causa
disso. Barack Obama, pensando talvez que tal líder fosse o Lula chegou a dizer “esse
é o cara”. Talvez tenha sido a última esperança revolucionária, hoje afundado
num mar de ilícitos e preso por causa de seus crimes.
3. Mesmo
rastejando e ferida de morte, que rumos a Revolução tem em mira hoje, sempre
dirigida pelas forças secretas e por hordas de demônios que cada dia que passa
saem dos infernos com tais fins? O
objetivo final delas sempre foi a república universal, coisa meio etérea para
muitos, mas bem definida para eles: uma situação em que toda a terra seja
dominada por uma entidade comum, mas na realidade anárquica e destituída do caráter
regencial que deve ter todo governo. O
corpo místico do demônio nunca conseguiria ser implantado em toda a terra tendo
características bem definida e com finalidades bem explícitas. Isso causaria
uma recusa monumental de todos os homens. Por causa disso a própria república
universal não é uma coisa bem clara para o povo, é algo nebuloso.
4. Enfim,
a ausência aparente do poder é uma característica que a Revolução sempre teve
em mira. Foi o ponto alto da Revolução da Sorbonne de 1968: diziam que os
objetivos não eram o poder, mas a destruição deste. A fim de caracterizar
aquela revolução como se fosse uma coisa espontânea e sem diretriz de regência
do poder, eles não aceitavam nenhuma organização oficial fazendo parte do
movimento, e os panfletos e manifestos não deveriam ter autor, sendo comum os
pixamentos em paredes para dizer que ali estava a voz popular e não de nenhuma organização.
5. Será
que não ocorre algo parecido nos dias de hoje? A opinião publica sempre foi
manobrada pela mídia oficial, representada pelas emissoras de rádio e TV e
pelas revistas e jornais. Este predomínio, no entanto, nunca conseguiu fazer
com que a maioria aderisse aos desígnios da Revolução. Pelo contrario, o que se
notou foi uma afastamento completo da opinião pública, por exemplo, do
socialismo e do comunismo. Estas bandeiras foram abandonadas pela Revolução em
prol de algo mais profundo e inadvertido. De repente, os mentores da Revolução
descobriram que seria mais abrangente para seus objetivos que fosse desmontado
o poder da mídia oficial, e em seu lugar surgisse outra, inteiramente
espontânea e do meio popular. Trata-se das redes sociais. A internet passou a
ser o instrumento dos protestos, dos indignados, daqueles que pretendem mudar
os rumos da política de um país, mas não dispõem de meios para isso. E foi
assim que fizeram experiências inéditas, como a “primavera árabe”, os “indignados”
da Europa e o movimento “ocupem wall street” nos EUA. As pessoas se comunicavam pelos seus
celulares, divulgavam suas propostas de revoltas e depois combinavam sair às
ruas para protestar. A coisa pegou, pois muita gente se sente importante em
participar de algo que muda os rumos da política e da história, nem tanto indo
às ruas mas simplesmente publicando o que bem lhe aprouver, e sem precisar sair
de casa. É por isso que há tantas “fakes news”
nas redes sociais, pois ali é como uma “terra de ninguém”, onde qualquer um diz
o que quer e publica o que bem lhe aprouver sem qualquer constrangimento. Foi
detonada uma onda de revolução baseada na liberdade de expressão mais radical e
profunda, pois a depender exclusivamente de cada indivíduo e não da mídia
oficial.
6. Precisamos
ver sobre tais prismas a onda conservadora que varre o mundo, demonstrando
força popular tão intensa que está destruindo o poder dos regimes socialistas e
comunistas ainda remanescentes. Aparentemente, isso é uma coisa boa, pois
conseguimos deitar por terra regimes tão maléficos. Mas, o que vem depois? O
que é que se constrói em cima de um regime socialista ou comunista que cai?
Nada. Geralmente, o caos. Vejam o exemplo do Egito, que derrubou uma ditadura,
mas até hoje o país não se encontrou, e caminha para outra ditadura. A “primavera
árabe” nada trouxe de benefício duradouro nem no Egito, nem nos outros países
onde predominou. De outro lado, as “primaveras” que derrubam regimes nunca
funcionou em certos países, como Cuba, China, Coréia do Norte, etc., pois estes
já caminham para o caos e anarquia da forma como estão sendo governados,
indicando que o movimento é dirigido a certos regimes e em determinados países.
7. Agora
vejamos o caso do nosso Brasil. O movimento conservador que hoje domina as
redes sociais está desmantelando a esquerda, e isso é muito bom. Nota-se,
inclusive, que as forças secretas parecem ter interesse nisso, pois a própria
maçonaria, oficialmente, fez campanha pelo impeachment de Dilma, e
provavelmente apóia Bolsonaro. Talvez tenha visto que rumos a coisa estava
tomando e fez opção apenas para participar do poder. Mas, há indícios de orientação
dada por organizações mais poderosas da Europa, como foi o caso em outros
países. Lutando por uma causa boa, que é a destruição das esquerdas, a maioria
da população não percebe que está para vir depois disso apenas o caos e a
anarquia. Por quê? Por que o Brasil, pela forma como está organizado legalmente,
é um país quase ingovernável. Tanto um
governo de esquerda quanto de direita pouco conseguiria fazer em prol de seus
ideais. A prova disso é que o PT passou tantos anos no governo e não conseguiu
implantar um regime inteiramente socialista. Conseguiu algo, mas muito pouco em
comparação daquilo que são seus planos. O próprio ex governador da Bahia,
Jaques Wagner, lamentou isso, achando que deveriam ter sido mais radicais e
implantado completamente um regime tipo Cuba.
Ora, se o país está assim, ingovernável, qualquer um que assuma o poder
só terá fracassos pela frente. Nesse caso, as força secretas optaram por apoiar
intensamente um candidato conservador, que represente realmente o pensamento
das aspirações de grande maioria da população, para, no poder, causar
frustração ao povo, simplesmente porque além de não conseguir fazer o que
prometeu talvez seja até desmoralizado perante seu público e venha a cair. Isso
deve causar maior desesperança nos poderes políticos, objetivo maior da
Revolução e das forças malignas. E tudo em
nome de uma nova revolução, feita pelas redes sociais, dita pacífica. Eles não
têm pressa e esperam que depois dessa fase as esquerdas ressurjam com nova
roupagem mais agradável, quem sabe abertamente tribalistas, pacifistas, etc.
8. O
manual que segue o pessoal dirigente dos sites e dos grupos de comunicação na
internet é o mesmo. Pode-se ver que é o mesmo por causa da unidade no modo de
proceder. Este Manuel foi publicado pelo americano Gene Sharp, e está
disponível para qualquer um pela internet. Lá, o autor dá regras de “como fazer
uma revolução pacífica”. Prestem atenção, por exemplo, que os grupos que saem
às ruas têm o cuidado e não pertencer (ou não demonstrar que pertencem) a nenhum
partido ou representação oficial; todas as manifestações devem ser pacíficas,
isto é, sem quebrar nada, sem agredir ninguém; notem que os blacks blocs já não
saem às ruas, nem se fala mais neles. O candidato Bolsonaro prega que não tem
compromissos com partido e se inscreveu no mais fraco de todos; faz apologia
aberta de usar as redes sociais e despreza a mídia oficial, recusando até de
comparecer a debates pela TV. É uma demonstração de que as redes sociais
aglutinam muito mais do que a mídia oficial, atraindo milhões em torno de seus
ideais. Ideais que já existiam na mente de cada um, mas faltava quem hasteasse
a bandeira e os levasse a termo.
9. Enfim,
onde vamos parar? Sim, vamos parar em
bom porto. Não por causa dos mentores de tal revolução, mas por causa do bom
senso que deve predominar na população. Mal imaginavam os idealizadores de tal
movimento revolucionário que a opinião pública sadia e nacionalista iria
crescer tanto e se solidificar, constituindo num cerne duro capaz de dar novos
rumos à nação. Espera-se que não seja o caos e anarquia que predomine, pois
nosso povo, de tradições cristãs, tem propósitos tão grandiosos que deverá impulsionar
doravante nossos governantes para a construção de um Brasil novo e
completamente contra-revolucionário. Mesmo que as esquerdas ganhem as eleições não
têm mais condições de implantar seus programas mais radicais, ou serão obrigados e deixar o cargo
e recuarão sempre, porque finalmente
temos já formada uma opinião pública visceralmente oposta a tais programas. Acredito
que esta opinião pública tão coesa e sadia tenha sido fruto do Anjo do Brasil,
trabalhando com nossos santos e fundadores para a formação de uma nova
sociedade que antecede o Reino de Maria. As redes sociais foram meros veículos
para a divulgação de tal mentalidade.