Por: Juraci Josino Cavalcante
Pedimos desculpas pelo hiato de tempo e aqui continuamos a narração, ou melhor, testemunho, sobre a vida do patriarca Batista.
A dura vida de casados
Após o casamento, a vida dura continua a ser a constante. Teve que trabalhar alhures para manter a família, mas seu sogro o chamou para morar com ele no ano seguinte, quando já tinha nascido o primeiro filho. Trabalhava na agricultura, talvez em terras da família do sogro, e nas horas de folga vendia legumes e carnes de porcos e carneiros na feira livre do lugarejo. No final da década de 30, em torno do ano de 39, até que a vida lhe corria sem maiores contratempos. Iniciada, porém, a década de 40, começa novo período de secas. De 41 até 43 as safras se perdiam sem remédio. Não havia o que fazer.
Foi exatamente em 1943, quando já tinham 4 filhos, que ele e sua esposa amadureceram a idéia de ir embora dali e se mudar para Fortaleza. Mas antes de partir Deus lhes reservava um duro revés. Após nascer o quarto filho, no mês de agosto, morre o terceiro, de desidratação, com apenas 2 anos de idade. Isto não foi motivo para desânimo nem desesperos ou revoltas contra Deus: o casal havia decidido e assim, mesmo tendo morrido um filho, fazem a viagem com o mais velho e o mais novo (com 2 meses de nascido), deixando o segundo (Francisco Assis), que tinha 4 anos de idade, com os avós maternos.
Seu sogro era contra a viagem, pois não lhe parecia sensato partir daquela forma para tão longe e nas condições em que eles iam viajar. O primeiro trecho da viagem fizeram a lombo de animais, auxiliados pelo seu irmão mais velho, Pedro Batista, até à cidade de Quixadá, no Ceará. Lá se hospedaram em casa de um primo da família, por nome José Pinto, enquanto mandavam avisar aos cunhados que já moravam em Fortaleza (Francisco e Luz, irmãos de D. Raimunda). De Quixadá até Fortaleza a viagem foi feita de trem, mas mesmo assim como deve ter sido enfadonha e cansativa! Em Fortaleza tiveram mais um contratempo, mais uma dificuldade: os familiares não os estavam esperando na estação, pois o trem atrasara, só chegando a altas horas da noite.
Assim chega a Fortaleza um espírito denodado, uma alma fortalecida pelas tribulações, pelos sofrimentos, pelas contrariedades, mas ao mesmo tempo, possuída por uma tal doçura e bondade que encantava a todos, principalmente seus filhos.
Dona Raimunda conta que nos primeiros dias sofreram muito para se acomodar à vida dura da capital cearense. Diz ela que viajava constantemente de ônibus (imaginem como seriam eles naqueles tempos!), fazendo um primeiro percurso à pé de sua casa até o “asilo” (uns 4 ou 5 quarteirões), e do centro da cidade até à Aldeota novamente à pé a fim de costurar as roupas da família na casa de seu irmão Luís. Levava consigo as crianças (o Neto e o Franciné, este ainda menino de colo).
O Sr. Batista teve compaixão de sua esposa e providenciou logo a compra de uma máquina de costura, dando por ela “quinhentos mil réis”, segundo relata mais adiante em suas reminiscências. Todos os seus filhos viram a mãe costurar com esta antiga máquina alemã, marca Uskivarna, durante anos a fio.
Ocorre que aquele dinheiro ele poderia ter utilizado todo na compra de seu comércio, prometendo que depois compraria a sonhada máquina de sua esposa. Mas não era este seu pensamento, sabendo muito bem o quanto era útil para sua esposa e família a compra daquela máquina.
Era assim o Sr. Batista. Era este o seu espírito. Logo angariou muitas amizades e se fez notabilizar como um homem bondoso e amigo. Todos gostavam de ouvi-lo, de consultá-lo, de conversar com ele.
Após o casamento, a vida dura continua a ser a constante. Teve que trabalhar alhures para manter a família, mas seu sogro o chamou para morar com ele no ano seguinte, quando já tinha nascido o primeiro filho. Trabalhava na agricultura, talvez em terras da família do sogro, e nas horas de folga vendia legumes e carnes de porcos e carneiros na feira livre do lugarejo. No final da década de 30, em torno do ano de 39, até que a vida lhe corria sem maiores contratempos. Iniciada, porém, a década de 40, começa novo período de secas. De 41 até 43 as safras se perdiam sem remédio. Não havia o que fazer.
Foi exatamente em 1943, quando já tinham 4 filhos, que ele e sua esposa amadureceram a idéia de ir embora dali e se mudar para Fortaleza. Mas antes de partir Deus lhes reservava um duro revés. Após nascer o quarto filho, no mês de agosto, morre o terceiro, de desidratação, com apenas 2 anos de idade. Isto não foi motivo para desânimo nem desesperos ou revoltas contra Deus: o casal havia decidido e assim, mesmo tendo morrido um filho, fazem a viagem com o mais velho e o mais novo (com 2 meses de nascido), deixando o segundo (Francisco Assis), que tinha 4 anos de idade, com os avós maternos.
Seu sogro era contra a viagem, pois não lhe parecia sensato partir daquela forma para tão longe e nas condições em que eles iam viajar. O primeiro trecho da viagem fizeram a lombo de animais, auxiliados pelo seu irmão mais velho, Pedro Batista, até à cidade de Quixadá, no Ceará. Lá se hospedaram em casa de um primo da família, por nome José Pinto, enquanto mandavam avisar aos cunhados que já moravam em Fortaleza (Francisco e Luz, irmãos de D. Raimunda). De Quixadá até Fortaleza a viagem foi feita de trem, mas mesmo assim como deve ter sido enfadonha e cansativa! Em Fortaleza tiveram mais um contratempo, mais uma dificuldade: os familiares não os estavam esperando na estação, pois o trem atrasara, só chegando a altas horas da noite.
Assim chega a Fortaleza um espírito denodado, uma alma fortalecida pelas tribulações, pelos sofrimentos, pelas contrariedades, mas ao mesmo tempo, possuída por uma tal doçura e bondade que encantava a todos, principalmente seus filhos.
Dona Raimunda conta que nos primeiros dias sofreram muito para se acomodar à vida dura da capital cearense. Diz ela que viajava constantemente de ônibus (imaginem como seriam eles naqueles tempos!), fazendo um primeiro percurso à pé de sua casa até o “asilo” (uns 4 ou 5 quarteirões), e do centro da cidade até à Aldeota novamente à pé a fim de costurar as roupas da família na casa de seu irmão Luís. Levava consigo as crianças (o Neto e o Franciné, este ainda menino de colo).
O Sr. Batista teve compaixão de sua esposa e providenciou logo a compra de uma máquina de costura, dando por ela “quinhentos mil réis”, segundo relata mais adiante em suas reminiscências. Todos os seus filhos viram a mãe costurar com esta antiga máquina alemã, marca Uskivarna, durante anos a fio.
Ocorre que aquele dinheiro ele poderia ter utilizado todo na compra de seu comércio, prometendo que depois compraria a sonhada máquina de sua esposa. Mas não era este seu pensamento, sabendo muito bem o quanto era útil para sua esposa e família a compra daquela máquina.
Era assim o Sr. Batista. Era este o seu espírito. Logo angariou muitas amizades e se fez notabilizar como um homem bondoso e amigo. Todos gostavam de ouvi-lo, de consultá-lo, de conversar com ele.
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