quarta-feira, 30 de julho de 2008

Nós somos a verdadeira Igreja de Deus

Temos abaixo uma pequena amostra da razão do orgulho (no bom sentido) de sermos católicos, pertencentes à verdadeira religião: a Igreja Católica Apostólica Romana.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Incrível testemunho do juizo divino após a morte

A colombiana Glória Polo passou por uma experiência mística impressionante em maio de 1995. Estava fazendo um trabalho na faculdade de odontologia e saiu juntamente com seu sobrinho e o esposo para fora da faculdade, debaixo de chuva, quando um raio atingiu ela e o sobrinho. Este morreu fulminado na hora, e ela permaneceu alguns dias na UTI entre a vida e a morte, com horríveis queimaduras provocadas pelo raio. Em seu desmaio a Dra. Glória Polo passou uma experiênmcia mística, onde ela foi levada à presença de Deus e inquirida sobre se estava realmente cumprindo os 10 Mandamentos (pois era católica). Em face da possibilidade de ser condenada ao inferno, ela rogou a Deus e, em atenção às orações de outras pessoas, especialmente de um ancião, o Senhor lhe deu uma "segunda oportunidade" de viver, desde que ela espalhasse pelo mundo sua experiência mística. Veja seu depoimento na internet, inclusive no youtube sob o nome de testimonio de la dra. Glória que, embora esteja em espanhol, não será difícil entender.

Seus gestos de bondade não serão esquecidos

Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos.
Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança. A descendência deles mantém-se fiel às alianças e, graças a ele, também os seus filhos.
Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. Seus corpos serão sepultados na paz e seu nome dura através das gerações. Os povos proclamarão a sua sabedoria e a assembléia vai celebrar o seu louvor. (Eclo 44, 1.10-15)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Como entrei para a Conferência de São Vicente de Paulo


Continuando a nossa série de depoimentos, abaixo segue o do Sr. Batista relatando como entrou na Conferência Vicentina.
Nesse tempo eu morava no bairro do Montese á Rua Joaquim Pimenta, freqüentando a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré,e lá, sem nenhum convite, talvez pelo desejo de fazer parte de uma congregação religiosa, fui assistir a uma reunião da Sociedade de São Vicente de Paulo, sendo muito bem acolhido como visitante. Daí, acredito, por um chamado de Deus, noutra visita que fiz falei do desejo que tinha de fazer parte da Sociedade, no que fui muito bem acolhido por todos os membros da Conferência. Mas lá também existem as suas regras, como, para fazer parte do quadro de vicentinos, teria que assistir três reuniões consecutivas, em seguida passando ao quadro de confrade. Em obediência a essas regras, logo passei a ingressar na Sociedade, e como não entrei por convite de ninguém, penso que foi por chamado de Deus. Mas a minha permanência nessa Conferência foi por pouco tempo, porque logo nos mudamos para o bairro do Pan-Americano, onde estamos até hoje e talvez até o fim. Neste bairro comecei a freqüentar a Igreja de São Pio X, de início como paroquiano. Na Conferência de São Pio X nenhum protocolo eu tive porque me apresentei como confrade de outra conferência. Mais ou menos depois de um ano de ingressar nesta conferência houve uma eleição para eleger novo presidente, e como tinha conquistado a simpatia de todos os membros, fui escolhido para disputar o cargo com outro colega, na qual fui eleito por grande maioria, para mim uma grande surpresa. Porém, de acordo com o regulamento, o presidente só podia passar no máximo três anos no cargo, findo o prazo, houve nova eleição, fui então reeleito, como reconhecimento por meu trabalho, por mais três anos. Terminado mais este prazo, em que passara no total seis anos na presidência, sendo convocada nova eleição, fiquei impedido de participar em obediência ao regulamento. Daí todos os colegas concordaram que deveria ficar fora da diretoria por alguns tempos, os motivos alegados era de que queriam poupar-me, pois eu como confrade era aluno, mas como presidente era professor.
Durante esse tempo venho verificando que o apoio da Igreja, ou seja, do clero, é apenas muito parcial, mudando de paróquia para paróquia. Com satisfação tomei conhecimento de que contamos com a colaboração direta de muitos padres, que, na qualidade de confrades, participam de Conferências inclusive no exterior. Em nossa paróquia o nosso vigário não nos impede de realizarmos o nosso trabalho, mas sempre fica alheio às nossas atitudes. Quanto ao meu conceito na Conferência continua ótimo, inclusive o novo presidente, que é um industrial, e apesar de minha pouca cultura, em qualquer atitude a tomar, me consulta, como se eu fosse um conselheiro, talvez pela minha idade. Por exemplo, uma despesa extra ou uma ajuda especial que se queira dar, ele sempre me consulta, e nisto me incentiva cada vez mais no meu trabalho.
Como operamos em nossa paróquia: geralmente somos abordados por pessoas carentes e idosos que não são vinculados à Previdência Social, em seguida fazemos uma visita na residência do solicitante, constatado o seu estado de carência, nós o inscrevemos como “assistido” da Conferência, e passa a receber uma ajuda semanal, a qual é sempre combinada na diretoria. Todos os domingos, depois da reunião, fazemos também uma visita aos “assistidos”, levando aquela pequena ajuda em dinheiro, e também uma palavra de conforto, pois esses “assistidos” são em sua maioria favelados que sempre nos deixam sensibilizados pela maneira como nos recebem, com muito carinho e respeito. Para eles somos pessoas importantes. Também somos solicitados pela família de pessoas falecidas, rezando, na oportunidade, o terço em família.
Ainda tem outra tarefa que faz parte de nosso trabalho, como fazer campanha para arranjar donativos, aceito o convite essas pessoas são ingressas na Conferência como subscritores. Ressalte-se que nesta tarefa quem tem mais acesso sou eu, pois como aposentado tenho mais tempo disponível. Nas nossas orações agradecemos a Deus por essas pessoas generosas que nos dão com boa vontade tão valiosa ajuda. Nas primeiras sextas-feiras de cada mês também mandamos celebrar missa por essas pessoas, como forma de gratidão pela sua generosidade.
Um ponto importante, o nosso quadro de confrades e consorcias é composto de doze membros, destes, cinco, entre homens e mulheres, compõem a diretoria; porém, o que é mais importante é que entre os dirigentes e os demais não existe superior nem subalterno, todos somos tratados iguais, como verdadeiros irmãos em Cristo. Considero-me como um aluno da caridade entre os demais vicentinos, mas todos me tratam como se eu fosse um professor. Temos uma confiança uns nos outros como nunca se viu assim.

Mote: Do meu irmão vicentino

Quando entrei na Conferência
Foi por força do destino
Eu queria ter as virtudes
Do meu irmão vicentino.

No começo nada sabia
Mas com ajuda do Divino
Eu recebi uma lição
Do meu irmão vicentino.

Às vezes sem experiência
Eu cometo desatino
Mas recebo a compreensão
Do meu irmão vicentino.

Quando me sinto fraco
Me sentindo pequenino
Eu sempre conto com a força
Do meu irmão vicentino.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A árvore da família tem que ser cristã


Dentre os papéis deixados pelo Sr. Batista temos o seguinte depoimento feito por ocasião do aniversário de seus 80 anos, em 1991:
“A Árvore da Família”“Deus quis deixar-nos um exemplo maravilhoso, dando-nos na História da Cristandade através da Virgem Maria o seu Filho Jesus Cristo, nosso Irmão e nosso Salvador. Por isto nós também queremos através da nossa árvore genealógica seguir o seu exemplo. Hoje, quando vivemos no mundo cheio de desilusão, que falta fé, falta humildade, as pessoas pensam mais em ter do que em ser, e o mais importante na vida do ser humano que é a fé vai ficando no esquecimento.
Mas apesar de todas estas incertezas eu ainda considero a nossa árvore forte, salutar, que nos dá força para lutar contra o mal. A árvore da família tem que ser plantada em terra fértil e não só isto, mas esta árvore tem que ser bem cultivada, e quando se trata da árvore da família a gente tem que seguir todos os princípios cristãos para se ter um resultado positivo.
Eu acredito que a árvore da nossa família foi bem estruturada, apesar de alguns estios postos no desenrolar da nossa história, apesar de tantas dificuldades. Mas desde os meus pais, de acordo com os meus pequenos conhecimentos, tudo se baseou nos 10 mandamentos da Lei de Deus. Não quero dizer com isto que foi obedecido todos os preceitos conforme a vontade de Deus, mas sempre permanecemos na fé e na esperança. Este ensinamento eu recebi da minha mãe, ainda quando criança, e conservei até hoje e pretendo levar até o fim.
Quando minha mãe morreu eu tinha apenas 12 anos de idade, e apesar do lugar onde vivíamos ter igrejas muito distantes, mas a gente era católico e a minha mãe era casada na Igreja Católica, e nós todos éramos batizados na Igreja Católica e mesmo com a dificuldade que havia da gente freqüentar a igreja, mas antes dela partir desta vida para outra já havia me ensinado todas as rezas da comunhão, e depois que ela morreu eu me sentia frágil, inseguro, sem saber a quem recorrer nas minhas horas de angústias, de tristezas, e mesmo sem ter recebido instruções de catecismo, mas eu comecei aquela intuição que devia ter uma devoção à Nossa Senhora e cada vez que eu precisava do afeto da minha mãe eu recorria à Minha Mãe do Céu como se Ela substituísse a minha mãe, mas tudo aquilo que eu fazia era sem ter muita consciência do que estava fazendo, depois eu fui crescendo e comecei a ler a Bíblia e fui adquirindo algumas certezas do que estava fazendo.
Depois me casei, passei a freqüentar a igreja com mais atividade, pois o pai da minha esposa, apesar de toda a sua rudez, era um católico praticante.
Em toda esta longa caminhada, nunca, nada e nem ninguém conseguiu acabar a minha fé, apesar de todos os meus defeitos Deus sempre estava comigo. A minha vida, como talvez a de todo ser humano, é cheia de prós e contra, a gente passa tantas fases na vida, prazer, alegria, sofrimento, dores, incertezas, contradições, tem os momentos de fraqueza que a gente se sente inseguro, vacilante. Porque às vezes a gente dá mais valor às coisas materiais que as espirituais. Isto acontece comigo também hoje na minha velhice quando se aproxima o fim. A gente continua um pouco carnal, isto faz parte da natureza humana. Mas tudo isto se você tem fé, tem esperança em Deus, você vence todos obstáculos. Hoje eu deveria passar o resto da minha vida agradecendo a Deus pelo que tenho e pelo que sou, se possível de joelhos.
Apesar de algumas cruzes que carreguei nas costas, hoje, ao completar os meus 80 anos eu me sinto realizado, feliz, tenho orgulho da minha família que me aceita, me compreende e me respeita. Estes presentes eu recebo de todos, minha esposa, meus filhos, minhas noras, meus netos e bisnetos. Tenho o prazer de dizer que nenhum dos meus filhos nunca se envergonharam de mim, pelo contrário, sempre me acatam com muito carinho e respeito, o que nem sempre se vê no mundo atual. Mas tudo isto só se consegue se a nossa árvore for bem estruturada, na fé e na obediência a Deus. Meus filhos, nestas horas que já não me restam muito tempo eu queria que Deus me desse inspiração para falar a vocês palavras construtivas que ficassem como uma lembrança positiva...

Nomes exóticos, irreverentes e despersonalizantes

Como colocar o nome em seu filho? Esta é uma das principais dúvidas que assalta aos pais, especialmente nos dias de hoje. Antigamente não se tinha qualquer dúvida, pois geralmente se colocava o nome do santo do dia ou de algum personagem da família. Mas, hoje, como é que os pais se conduzem a tal respeito? De modo geral, tem se notado uma tendência à irreverência, isto é, tratar o filho até mesmo com certo desprezo ou falta de respeito. Comenta-se que esta tendência começou com os chamados “Cristãos Novos”, judeus recém convertidos ao cristianismo, mas que, ao gerar filhos que eles consideravam de raça mista, colocavam nomes de árvores (Carvalho, Oliveira, Pereira), de parte da árvore (Ramos, Rosa), de animais (Leão, Carneiro,etc.) ou outros de natureza estranha para dar a entender que não eram de raça pura. Neste caso, será que Condoleezza Rice (Rice quer dizer arroz em inglês) é filha de judeu com mãe não judia?
Quando trabalhava no Banco fui responsável durante anos da carteira de Cadastro, e naquela função consegui colecionar uma porção de nomes que se inserem nesta categoria. Em Jacobina, por exemplo, havia um cliente cujo nome era Roque Defensor dos Santos; se ele se julgava capaz de defender algum santo não se sabe, mas seus pais certamente o julgavam desta forma ao ser batizado. Ainda hoje naquela cidade há um cidadão cujo nome causa estranheza, e diz-se lá que ninguém o pronuncia com a boca cheia de farinha: seu nome Onofrófio. Vejamos outros de minha “coleção”:
Tarzan Rei das Selvas – Engenheiro do Departamento de Estrada e Rodagens da Bahia (DERBA), conseguiu na justiça que mudassem seu nome para Jacobina Vieira Filho (talvez fosse o nome do pai);Dr. Hugo, advogado e colega do Banco, resolveu registrar seu filho com o nome de Hugo II (assim mesmo, em algarismos romanos como os reis e Papas), sendo chamado apenas de "Segundinho".
O caso mais interessante que vi em Jacobina foi de um amigo meu. Quando o pai foi registrá-lo, o escrivão do cartório não ouviu bem o nome e perguntou: “Como é o nome, mesmo?” Resposta do pai: “É Pedro, né?” Não deu outra, o cara registrou a criança com o singular nome de Pedro Né.
Não em Jacobina, mas na própria Capital (Salvador) registra-se o nome de três irmãos: Brisa, Sereno e Relento.
Outros nomes irreverentes tirei da própria imprensa ou de terceiros, como por exemplo:
João Casou de Calças Curtas – Roceiro do Rio Grande do Norte;
Oceano Atlântico Linhares e Oceano Pacífico Linhares – Irmãos gêmeos, o primeiro, era funcionário do Banco do Brasil e o segundo não se sabe;
Futuro Nacional Provisório da Pátria – Funcionário dos Correios em Fortaleza; Fernando Calsavara – É conhecido colaborador da revista “A Reacreativa”. Falou-se muito em Um Dois Três de Oliveira Quatro, mas poucos falam da família Rosado no Rio Grande do Norte, de Mossoró, cujos filhos foram registrados com o nome de números franceses: un, deux, trois, etc. Alguns dos filhos desta família foram famosos na política como Dix-setp Rosado e Dix-huit Rosado (Isto é, Dezessete e Dezoito Rosado). Será que foram tantos irmãos assim, dezoito ou mais?
Muitos são os nomes de pessoas tirados de animais, inclusive de personalidades famosas. Nem quero aqui citar os nomes de Coelho, Leão, Carneiro, etc, hoje tão comuns, mas os de insetos:Washington Barata – Político da velha guarda, e o baiano (séc. XIX) Cândido Barata Ribeiro;Pe. Mosca de Carvalho – Foi diretor da Faculdade de Filosofia de Recife; com o nome de mosca tivemos também Gaetano Mosca (político e cientista italiano do século XIX).Já no interior da Bahia um pai resolveu colocar o nome de sua filha de Xana (em homenagem a um gatinho que criavam.
Formiga – Poucos receberam este nome ao nascer (há até uma cidade mineira), mas existe um em Salvador que ficou bastante conhecido na década de 80: trata-se do padre Formiga que era responsável pelos menores abandonados na Bahia. O grilo foi premiado também alguns nomes: o comerciante Manuel Grilo, o fotógrafo Fernando Grilo e o advogado Santiago Grilo são apenas três exemplos.
Além de animais, também há nomes indígenas como o Dr. Ubirajara Índio do Ceará, antigo jurista de Fortaleza.
Esta curiosidade não faltou aos internautas: tirei estes nomes abaixo da internet:
Valdisnei – Seria uma abreviatura de Walt Disney?
Usnavi – Será que o pai estava a “ver navios” ou tirou seu nome da marinha americana (US Navy)?
Xerox (nome do pai), Fotocópia (filha mais velha) e Autenticada (filha mais nova), caso registrado em Recife. E este merece cadeia para o pai: Urinoldo Alequissandro;
Muitos nomes são oriundos do cinema, ou de artistas, ou de personagens famosos:
Maiquel Edy Marfy – Que foi interpretado como a fusão dois nomes americanos (com pronúncia abrasileirada) Michael e Eddie Murhphy;
Maicom Géquiçom – A pronúncia fala do famoso cantor americano;
Erripóter; Boniclaide; Magaiver; Jedai; Istiveonder; Silvéster Estalone;
Outros não têm explicação lógica:
Tayla Nayla, Taxla Naxla e Tarla Narla – Três irmãs.
Eneaotil – (Isto mesmo, soletrando a palavra “não”);
Por que estes pais simplesmente não procuraram escolher um meio mais fácil de colocar o nome em seus filhos? Como? Ora, se não forem católicos, ou não cristãos, e não quiserem colocar nomes de santos, porque não escolhem, por exemplo, nomes antigos de sua própria família, de personalidades locais que admiram, desde que não sejam assim irreverentes e despersonalizantes?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Um exemplo de dedicação para nossa família


Daniel Cavalcante Barbosa é o nome dele, filho de nossa irmã Gracinha, falecida no ano de 1983, quando ele tinha lá seus 4 anos de idade (talvez em dias próximos ao da foto acima). Empreendedor, esforçado, estudou, economizou, especializou-se na área de informática, viajou para a Europa e lá se realizou.

Aqui, presença indiscutível nas plagas portuguesa, onde colocou seu pé direito na Europa.












Há pouco, nosso sobrinho e amigo foi realizar um trabalho no kuwait! Veja a foto: um verdadeiro marajá do petróleo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Homenagem póstuma de um filho (IX)


Por: Jurandir Josino Cavalcante

IX – Sofrimento

Do instante em que caiu doente, ou melhor, em que desceu doente, até o momento de dizer adeus a este mundo o meu pai sentiu muita dor. Dor muito aguda, dor profunda, dor insuportável, dor atroz... Dor! Que dor? Dizem, dor é sempre dor. A dor incomoda, porque não passa, e o ser tem que descansar, pensar, raciocinar, sorrir, querer. A dor não deixa. Ela vem de montanha-russa, num carrinho veloz, que desce e sobe, sobe e desce. Quando desce, o homem inspira, quando sobe, expira. O meu pai quase que só expirava, tamanha era a dor. Doía andar, doía viver. Sua vida era um rosário de ais.

Qual o significado dessa dor sofrida pelo meu pai? Era um bem, um aviso de que algo não ia bem? De que os seus ossos lá dentro estavam corroídos, malpostos, imprestáveis para uso? Ou era um mal? Porque doendo fazia sofrer?

A minha escolha diz que era um mal, porque o bem para ser bem tem que ser bom, e ninguém, no seu estado psíquico normal, sorve o cálice da dor com alegria. Se avisa de que ocorre anomalia, enquanto aviso, visto isoladamente, tem sua utilidade. É como alguém que adverte sobre o início de um incêndio. Não está escrito que a advertência vai evitar o domínio total do fogo. Apenas permite que se tomem as providências cabíveis.

No “incêndio” de meu velho pai foi a dor incômoda e persistente quem deu o aviso. Ela como que usou um ferrão, pontiagudo e maligno, e, sem descanso, foi avisando, e só parou de avisar quando se extinguiu o incêndio medonho, no mesmo instante em que se apagou a vítima.

Há a destacar duas categorias dos que avisam do incêndio. Quando o aviso vem de alguém que está em chamas está na própria vítima o agente do aviso. Isto não se dando quando o aviso vem de agente estranho, que não participa diretamente do sinistro. No primeiro caso, assemelha-se à dor, pois é ela mesma quem avisa do mal funcionamento do organismo, sendo parte e estando dentro do próprio indivíduo. A dessemelhança está em que a dor não parece querer a extinção da malignidade, pois é filha dela mesma, apenas denunciando sua presença, como a dizer: “Estamos aqui”. Quando desaparece, o ser se curou; quando não, vai com ele até o último suspiro.

Foi assim com o meu pai: a dor, companheira, fiel, no seu labor de agente corrosivo, na destruição inclusive da vontade de resistir, promovia o desânimo e o alheamento a tudo. Interessava somente aplacá-la, instrumento desafinado a atrapalhar a execução da sinfonia da sua vida. Podemos afirmar, embora soubéssemos que havia por detrás daquela dor um órgão doente, que a alimentava, que a preocupação com a dor era maior do que com a doença em si. Até mesmo dos médicos que o atenderam. Pois ela é que fazia sofrer, que fustigava o papai.

Discute-se qual a dor que mais dói: dor de dente? Dor de parto? Dor da morte? É difícil decidir-se que a que mais dói é a dor que não se sente. A que mais dói, pois, deve ser a dor que está a doer, até mais do que a que já doeu um dia. A de dente, quem não sabe? A de parto, há mulher que a não sentiu, sabe-se. A da morte, quem a sentiu que a possa descrever? Excetue-se a dor de parto, “privilégio” do sexo feminino, papai experimentou de muitas dores, inclusive da morte, porque este é o destino de todos nós, e foi o seu. Na sua especificidade, a dor do meu pai se chamava lombalgia ou lumbago, ou ainda dor ciática, que caracteriza as dores na região lombar. Havia também a ciatalgia, que era quando ela escorregava para a perna. Estas dores evoluíram, de aguda, subaguda e, para o final, crônica. Mas, que importava explicação se não lhe dava o lenitivo para extinguir o sofrimento? Este deveria ser o pensamento de meu pai, diante das explicações científicas. Mas foi paciente até o fim, apenas com um protesto monocórdico, choroso e triste: Ai... ai... ai!

Dona Raimunda posa com noras antes do aniversário

Não foram somente os filhos que posaram com D. Raimunda antes do aniversário, conforme se vê abaixo, mas também três de suas noras. Não sei o que Lúcia está fazendo com este copo de cerveja na mão, se ela não bebe... E Edy com o detergente, vai lavar a louça? Também não se entende como foi que a onça deixou seu rasto numa posição vertical, em vez do chão. Mas, isto são coisas que a imaginação a tudo explica... Perguntem ao Jurandir.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Mais uma do aniversário de D. Raimunda

Enquanto todos se divertiam dentro de casa, cantando os parabéns de mamãe, ela se reunia com um grupo de filhos, aparentando "executivos" num raro momento de lazer, com exceção do Assis, com sua maleta (ou de "primeiros socorros" ou, quem sabe, de eletricista, bombeiro - ou até mesmo alguma encomenda da "Hora Certa"). Não, meus caros amigos, nada disto é verdadeiro. Na realidade, a foto foi tirada antes do dia 29, quando ainda me encontrava em Fortaleza. Trata-se de uma montagem feita por nosso irmão, o Jurandir. De qualquer forma, aqui vão os parabéns novamente para a mamãe. Juraci.
Salvador(BA), 08 de julho de 2008.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A burguesia tem seus encatos!

Ontem, um honroso militar de nossa gloriosa forças armadas; hoje, desfrutando sua "burguesia" nas praias de Olinda. Vocês já sabem quem é, né? Eis o Netinho e sua esposa... que nosso "serviço secreto" filmou e está mostrando a todos no blog...

domingo, 6 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dois exemplos de genialidade musical

O exemplo mais recente é da pianista acima, Aimi Kobayashi, tão criança ainda e já demonstra tanta habilidade e graciosidade ao piano. Segundo se diz tinha apenas 4 anos quando executou a peça musical acima. É para Agnes e Rafael se espelharem, não é? Outro gênio famoso foi Mozart, que já era talentoso ao piano com 5 anos. No Yutube tem outro vídeo em que Aimi toca com uma orquestra o Concerto 26, de Mozart, feito para a coroação de Leopoldo II, imperador da Áustria em 1790. Quem quiser vê-la tocando-o é só clicar aqui http://www.youtube.com/watch?v=32gsiqbjbk8&feature=related

terça-feira, 1 de julho de 2008

Festa dos 89 anos

Dia 30 de junho último foi a data, mas filhos, netos e bisnetos, além das noras e outros parentes, foram à casa de D. Raimunda na véspera, dia 29 (dia de São Pedro) para comemorar seus 89 anos de idade bem vividos. Alguns momentos felizes foram registrados pelo Reginaldo, cujas fotos estampamos aqui. Quem quiser visualizar melhor e ver outras fotos é só acessar o álbum de slides que colocamos ao lado sob o título de "Aniversário dos 89 anos", logo abaixo na coluna da direita.

Esta acima é a "turma" do Assis, como todos sabem. Família já bem crescidinha, hem?...

Os "cumpades" Franciné e Maristela também foram homenagear mãe e sogra.

Neste enlace fraterno de bisavó e avó com netos e bisnetos vê-se a grande união de gerações que se sucedem. É a juventude de hoje marcada pelo viço da fortaleza corporal ao lado da juventude de ontem já encanecida mas marcada por outra fortaleza, a do espírito. Parabéns mamãe, vovó, bisavó, que Nossa Senhora a cumule de suas mais escolhidas graças.