domingo, 27 de abril de 2008

Canto gregoriano e meditação sobre a Paixão de Cristo

Eis mais um vídeo com cantos gregorianos. Desta vez, trata-se do canto "Adoro te Devote", de autoria de São Tomás de Aquino e composto em honra da Eucaristia. Para dar maior beleza, estão acompanhados de piedosos comentários do padre João Clá, Presidente Geral dos Arautos do Evangelho, cujos monges eremitas entoam o cantochão. Quem quiser assistir outros gregorianos ou maravilhosos clássicos é só clicar aqui http://www.tv.arautos.org.br/

Gênio já aos dois anos de idade

Dizem que a genialidade não tem idade. Apesar de estar em inglês, é fácil entender o que dizem os pais e a filha. Lilly, com apenas dois anos de idade, responde sobre o nome das capitais de vários países do mundo. Erra apenas um: o do Paraguai.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Depoimento da Gracinha, sua psicologia e visão da vida



Abaixo transcrevemos um depoimento em que a nossa querida Gracinha traça o seu perfil psicológico. Feito em 15 perguntas e respectivas respostas, ele pode servir até para que possamos meditar também nós sobre o assunto. O texto, encontrado entre seus papéis após sua morte, pode ter sido oriundo de algum treinamento de relações humanas de seu trabalho ou de alguma meditação grupal, não se sabe.

Pergunta n. 1- Você é feliz? Por quê? Você alegra o ambiente onde está?
Resposta:
Considero a palavra “feliz” muito complexa. Podemos nos considerar feliz por uma só razão ou várias. Então infeliz por outras várias razões. Eu sou feliz porque tenho vida e força, dois filhos bonitos, perfeitos e sadios que tornam meus dias mais fortes. Sou feliz porque tenho um lar, e também sou feliz porque sei e acredito que Deus existe. Poderia enumerar “n’ razões para justificar ou para provar que sou uma pessoa feliz. Mas, baseada apenas numa frase, posso dizer que não sou completamente feliz: “ainda não me encontrei”. Considero chave esta frase para que alguém se julgue feliz espiritualmente. E acredito que poucas pessoas conseguiram dizer sinceramente, sem hipocrisias, antes de morrer, “eu me conheço”. Mas, apesar disso, respondendo à terceira pergunta, sinto-me feliz quando consigo alegrar o ambiente onde estou e quase sempre consigo.

Pergunta n. 2- Você é uma pessoa servidora ou serve apenas por interesse?
Resposta:
Gosto de ser útil, não com interesses materiais. Sempre que sirvo a alguém estou tentando dizer àquele alguém que o amor existe e que servir é amor. Gosto de ouvir alguém me dizer “obrigado”. Talvez isto seja uma forma de interesse, que alguém saiba que eu existo, saiba que sou útil. A verdade é que servir a outras pessoas é algo que faço com muito prazer.

Pergunta n. 3- Você se preocupa com os outros? Você quer que os outros estejam preocupados com você?
Resposta:
Me preocupo, sim; até com os animais, os bichos mesmo. Quanto a querer que os outros estejam ou não preocupados comigo é muito relativo, depende muito do meu estado de espírito. Às vezes isto acontece quando estou carente.

Pergunta n. 4- Você é muito exigente na escolha dos amigos? Por que?
Resposta:
Sou. Porque busco nas pessoas valores interiores, e faço restrições muito sérias para considerar que alguém seja meu amigo(a). Restrições estas que não estão baseadas em preconceitos de cor, classe ou posição social, mas numa bagagem espiritual rica. Às vezes encontramos pessoas de cultura elevada, cuja alma é tão suja quanto uma pocilga. Não que eu esteja em posição de julgar outras pessoas, pois sou tão pequena quanto qualquer outro ser mortal existente sobre a terra. E não quer dizer também que a minha alma seja pura, cheia de bondade, mas luto, conflituo-me sempre, para que ela não se prenda ao rodapé da vida.

Pergunta n. 5
- Você reconhece os seus defeitos? Quais são os principais?
Resposta:
Alguém já falou que é tão difícil enumerarmos nossas virtudes quanto o é enumerarmos nossos defeitos. Tenho muitos defeitos e não saberia, ou não conseguiria, falar de todos eles numa resposta que deve ser simples. Porém existe um, muito grave por sinal. Tenho um temperamento muito forte. Sou agressiva. Sou capaz de odiar com a mesma intensidade que amo. Embora esse ódio não dure muito tempo. Nunca consegui odiar alguém para sempre. Mas naquele momento de raiva meu desejo é esganar, matar mesmo.

Pergunta n. 6- Quais as suas qualidades que mais se destacam?
Resposta:
Como falei acima, muito difícil. Na verdade, não sei quais são minhas qualidades que mais se destacam. Mas as pessoas falam sempre que tenho muita “garra” e muita coragem. E tem uma coisa que gosto muito em mim, apesar do meu temperamento agressivo consigo quase todos os meus objetivos e também tenho muita facilidade de conviver com os outros.

Pergunta n. 7- Que qualidades você mais admira nos outros?
Resposta:
Autenticidade. Amo, adoro ver alguém assumir o seu eu verdadeiro, nunca fugir às suas origens, falar sem artifícios. Infelizmente só encontramos este tipo de pessoa nas camadas sociais mais baixas ou nas pequenas cidades, onde as pessoas ainda não foram atacadas pela sede do poder, do ter. Ou, ainda, nas crianças.

Pergunta n. 8- Você procura ajuda dos outros para melhorar? Ou é uma pessoa fechada em si mesma?
Resposta:
Procuro. Jamais fui trancada. Gosto de falar dos meus conflitos, meus problemas, discutindo com alguém.

Pergunta n. 9- Você é calma ou agressiva?
Resposta:
Sou calma e agressiva. Não sei se dá para alguém entender alguém ser calmo e agressivo ao mesmo tempo. Acho que sou um produto do meio. Gosto quando sou calma, mas meu temperamento às vezes é mais forte, torno-me agressiva. Arrependo-me logo em seguida, é claro, pois a agressão nunca obtém bons resultados.

Pergunta n. 10- Você se considera uma pessoa “pra frente” ou “quadrada”? Por que?
Resposta:
Não, eu não sou quadrada. Se alguém diz que sou quadrada porque não sou a favor da libertinagem, de vícios, de droga e outras coisas que arrastam o homem a um grau menor da vida, aí eu afirmo que sou e gosto e faço questão de ser quadrada.

Pergunta n. 11- Você se sente feliz no meio de um grupo como este?
Resposta:
Gosto de viver em grupo. Gosto de participar de qualquer comunidade onde haja fraternidade e amor.

Pergunta n. 12
- Você gosta de conversar? Fala muito? Faz depressa amizades?
Resposta:
Gosto de conversar, sim. Falo muito e consigo conquistar as pessoas com muita facilidade.

Pergunta n. 13- Você tem iniciativa ou sempre espera pelos outros?
Resposta:
Sempre tive minhas próprias iniciativas. Sou filha única, entre sete irmãos homens. Devia ter tudo para ser uma pessoa dependente de outros, mas aos 22 anos de idade resolvi que devia trabalhar e caí em campo. Consegui meu primeiro emprego sozinha, sem interferência de ninguém, apenas com um anúncio de jornal.

Pergunta n. 14- Você é uma pessoa que sabe guardar segredos?
Resposta:
Sei, sim. Segredo é segredo. A própria palavra já diz tudo e eu respeito o sentido dela.

Pergunta n. 15- Qual a melhor coisa que você já fez na vida? E a pior?
Resposta:
Ser mãe. Não fazer uma boa escolha para meu casamento.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Homenagem póstuma de um filho (V)



Por: Jurandir Josino Cavalcante

Com os filhos
Quando um filho nasce, ou quando está para nascer, quantos projetos faz o pai sobre o seu futuro: estudar, ser inteligente, ser sadio, ser forte, ser sábio, ser doutor, ser líder, ser querido de todos, ser admirado, ser bom para o próximo, fazer o bem... E quando esta unidade se multiplica, para dois, três, oito, se multiplicam igualmente aqueles projetos, porque o pai deseja para os demais o que queria para o primogênito. Os pequenos vão evoluindo, no tamanho, na idade, na mentalidade. O pai aprende e reaprende muito, porque aprende com eles coisas novas ou porque revive o que estudou no passado. Cabe, portanto, ao pai olhar a cada um como filho único, dedicar-lhe toda a atenção, acompanhá-lo pari passu, estar junto sempre, a fim de fazer valer, o melhor possível, aqueles projetos iniciais.
Nessas duas fases: primeiro, no esforço, preocupação, temores, dúvidas, incertezas quanto aos filhos que vão nascer, que vão ser gerados; em seguida, a luta para bem conduzi-los, o doar-se por eles, com abnegação, se preciso, literalmente, por eles dar até o sangue, sentimos que o pai vai além do herói, já que este é o semideus de uma determinada façanha, e aquele é o próprio “deus” de toda uma vida, ou a vida toda.
Surge-me aqui uma terna lembrança de uma etapa de minha infância. Todos os domingos ia ouvir[1] missa na igrejinha de Nossa Senhora Aparecida, acompanhado de meu pai. Na base do altar, um pelicano alimentava os filhotes com o sangue que retirava através de bicadas no peito. Os antigos viram a ave abrir o bico para alimentar os filhos e acharam que retirava o produto de suas próprias entranhas. Passaram a considerá-lo símbolo do amor maternal abnegado. A Igreja contemplou tão bela simbologia e disse: é o próprio Jesus, que deu Seu sangue para redimir os filhos, e chamou-o de “Pio Pelicano”, isto é, Piedoso Pelicano. Eu ficava a observar, curioso, durante a cerimônia, aquele alto-relevo, sem entender do seu significado místico. Não imaginava também que, anos depois, com os castanhos quase todos desbotados em grisalhos, eu veria aí igualmente um símbolo natural, dentro do qual eu poria o meu pai.
Sim, descontando a infinita diferença entre Jesus Cristo e o meu pai, temos a considerar que ele tirou de si tudo o que pôde, até consumir-se. Porque queria ver os filhos bem sucedidos, felizes, altivos, orgulhosos. Se ele tinha vocação para assumir o papel de um novo Cristo, alter Christus, é preciso ter em vista as suas virtudes, as duas maiores: a da bondade e a da paciência, pois aplicou-as franciscanamente, numa demonstração de entrega e acrisolado amor paternal.
Em 1964, Jair, o seu penúltimo filho, foi baleado; encontrava-me em casa, ouvi o estampido e saí correndo. Na rua deparei-me com o papai já com o filho estendido nos braços. O seu rosto era de aflição, de confusão, de desespero. Não sabia o que fazer com o garoto banhado de sangue. O seu coração procurava em acelerado bombear o sangue para a cabeça, de onde deveria sair a solução para essa tragédia. Os músculos tesos, os vincos da face mais profundos, a voz embargada. Era ele a própria figura do pai que tirava o filho dos escombros de um terremoto, a vida se acabava ali se o filho não sobrevivesse. Enfim, veio o socorro, e a cura meses depois. No calendário da vida, estava marcado: aquele pai sofreria algum tempo depois ao pé do leito daquele mesmo filho, vendo-o despedir-se do mundo, tão jovem.
Transcorria assim a difícil caminhada desse homem, que escolhera viver para os seus, mais do que para si. Sete filhos agora compunham a sua vinha. Tinha-se que adubar, regar, afastar a erva daninha, para colher os bons frutos quando as próprias forças estivessem rareando. O vinho que daí resultasse, sorveria nas bodas de uma velhice feliz, junto com aquela com a qual dividira as emoções de uma vida laboriosa e repleta de bênçãos celestiais. Era aguardar, “Deus pode ser que tarde, mas não falta”.
Na década imediata emigrou a única filha, para sempre. Foi um relâmpago que cortou o seu céu, numa noite tempestuosa. Os olhos não mais verteram lágrimas, apenas se arregalaram, assustados, como a procurar luz no breu da noite. Olharam para os sobreviventes, balbuciando: “Meus filhos, meu tesouro”. O coração sangrara, num bater pungente... A voz embargara e os lábios secos não lhe permitiram pronunciasse qualquer lamento. Para consolo, a meia dúzia de apóstolos seguia fielmente os seus passos, imitando-o, repetindo as suas palavras, os seus ensinamentos, não havia temer o futuro, ali estava a base, o seu sustentáculo, o vinho curtido com amor.

[1] Nessa época ainda se “ouvia” missa, só muito depois é que a Igreja adotou o termo “participar” da missa.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Amor à família se estende aos netinhos

O Sr. Batista sempre levava primazia pela família em tudo. Por isso, ele amava muito seus filhos e netos. Ao lado, a foto de André, filho da Gracinha, quando muito criança. Na outra foto, o mesmo André, já grandinho, Bárbara nos braços do avô, e Taciana na frente. Transcrevemos abaixo uma poesia que ele fez homenageando o nascimento de um seus netos, Kaio Lincoln, filho do Toinho, que hoje reside em Vanderlei, na Bahia.

Historinha de Kaio Lincoln quando nasceu

Longos meses eu passei

Num apartamento sozinho

Não chorei, nem falei

Num cantinho, quetinho

Tudo era silêncio

Como se pode imaginar

Não tinha nenhuma convivência

Naquela sala de estar

Em tudo Deus impõe

Durante o dia a dia

No seio me guardava mamãe

Mas seu rosto eu não conhecia

Eu era bem cuidado

Com amor e com carinho

Nada me faltava

Naquele bendito ninho

Afinal chegou a hora

De uma feliz noitjnha

De conhecer agora

O papai e a mãezinha

Quando ecologia e religião podem estar juntos


Assista ao documentário dos Arautos do Evangelho mostrando o excelente trabalho que estão fazendo na Serra da Cantareira, em São Paulo, com reflorestamento intenso de plantas nativas numa área onde aquela entidade religiosa construiu seu seminário, colégio, faculdade e igreja. É muito importante o depoimento de algumas autoridades que atestam e confirmam a grandeza deste trabalho ecológico. O lema agora não é só "ora et labora" (herdado de São Bento), mas "ora, labora e replanta..."

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Homenagem póstuma de um filho (IV)

Por: Jurandir Josino Cavalcante

Com a esposa

Como esposo, fazia parte do que chamamos casal perfeito. Mas, “casal perfeito”? parece-me casal imperfeito. Explico-me: “cheira” a binômio malformado. A razão é simples: não existe casal perfeito. Mas... pensando melhor, a perfeição do casal está justamente na sua imperfeição, quero dizer, na sua malformação. Ora, para não me tornar confuso, insisto: malformação deve ser entendida aqui como par constituído de pessoas de personalidades desiguais, que, por isso, pela desigualdade, se completam, produzem uma terceira entidade. Papai e mamãe sempre me pareceram esse tipo, esse conjunto, que, no desconjunto, se conjuntavam.

Vamos delinear os traços do casal, depois, verificar quais os estragos que a falta de um faz no sobrevivente.

Estamos no ano de 1937. Era presidente do Brasil Getúlio Vargas, que a 10 de novembro, cinco dias antes de papai completar os seus 26 anos, dá o golpe de estado, instituindo o Estado Novo. Lampião fazia as suas arruaças pelas cidades interioranas, sangrando sem dó a quem se opunha às suas façanhas. Governava o nosso Ceará Francisco de Menezes Pimentel e o Rio Grande do Norte Rafael Fernandes Gurjão. Nesse importante ano, Noel Rosa, autor de Pastorinhas, 1934, e Último Desejo, 1937, deixa para sempre este mundo velho. Na Espanha a guerra civil entrava no seu segundo ano, e, na Alemanha, o nazismo se preparava para dar o seu golpe, desencadeando, como o fez, a mais terrível de todas as guerras mundiais. Ainda nesse ano, no dia 17 de janeiro, domingo, na matriz de Nossa Senhora da Conceição, da freguesia de Portalegre, do Rio Grande do Norte, o padre Francisco Scholz, após a sua sesta costumeira, se preparava para oficiar um casamento. O sol parecia encoberto pelas nuvens, o vento bramia no interior da igreja, quebrando o silêncio daquele início de tarde, na rua não se via viv'alma. O vigário apressou-se a atravessar a praça, pois naquele instante chegava um magote de gente montada, e, pelo jeito, era para o casamento.

Papai ajudou a mamãe a descer do cavalo e conduziu-a até o altar. Na cerimônia, o padre, vermelhão e carrancudo, não estranhou que o noivo não tivesse a sua própria aliança, mas, saídos da igreja, os amigos não perdoaram.

“—Mas Batista, como é que tu casa só com uma aliança?”

Na verdade, isso não importava para ele. A noiva portava todo o ouro de que necessitavam para ser felizes. Como mais tarde ele vai versejar:

Depois veio o casamento,

Sem pompas nem mordomias.

Mas tudo aconteceu

Do jeito que a gente queria

E com as bênçãos de Deus

Tudo tornou-se alegria!

Portalegre parece que era o típico lugar feito para selar esse casamento, pois tinha sido fundada sob a invocação de São João Batista, o seu ínclito patrono, e de Nossa Senhora da Conceição, de quem ele se declararia, algum tempo depois, devotíssimo, principalmente depois da orfandade materna, em cuja devoção encontrara o consolo espiritual.

As flores do início eram as sempre-vivas: nunca murcharam nem perderam a cor. As cores dependiam das variações que a própria natureza lhes dava, por isso, enquanto um dia uma parecia vermelha, a outra apresentava cor mais suave... Ele chegava cansado, o cenho franzido, ela recebia-o com suavidade. Se ela estava triste, aborrecida, ele lhe dizia palavras que a faziam sorrir. Mas um dia as coisas não se deram rigorosamente assim. A cunhada Anália convidou-a para irem ao Olho D’Água. No caminho, perseguida por uma novilha, levou um susto enorme. De volta, grávida que estava há dois meses, pensava cair nos braços do “noivo”, em lágrimas, e ser acariciada e acalentada, entre o par de músculos do querido e bondoso marido. Teve surpresa! Ele reagiu: “Deixa de ser besta, mulher! Ter medo de uma novilhota!” E ralhou duramente com a frágil esposa. --Ah, que malvado! Diria quem ouvisse as suas queixas, entrecortadas pelo forte soluço, entranhando mais ainda o medo. O resultado veio num trote tão rápido que foi difícil não lembrar da novilha: com oito dias abortou aquela criança que seria o primeiro rebento daquele buquê de flores. Experiência amarga, cicatriz profunda no caule da planta viçosa e na sua melhor sazão.

Na sua dor, papai amargou uma ponta de arrependimento, não porque se sentisse culpado, que na verdade não o era. É que de alguma forma o seu agir, a sua reação, o modo como tratou aquele anjo que viera lhe pedir guarida, “Ah, que tristeza”, teria pensado, “Os meus desvelos... não teriam poupado essa criança?”, o seu arrebatamento não teria piorado o seu estado de tensão? Anos depois daria conselhos a um filho de como se deve tratar com uma esposa grávida, num palavreado carregado de reminiscências daquele fatídico acontecimento.

O tempo passou. Deus dera-lhes três varões famintos. A carga agora estava pesada, os grãos da lavoura mais raros e a lagarta mais voraz, carecia de novo lar para a sua princesa. Contra a vontade do sogro, decidiu-se: montaram nos animais e partiram para a cidade grande. Viagem dura, e, não obstante carregar o recém-nascido no colo, mamãe pouco sofreu, porque o diletíssimo esposo, homem forte, brigador com a própria natureza, velou sob o sol, ficou insone sob a lua. Queria admirá-la viçosa, bela, os olhos azuis, o sorriso nos lábios, queria-a feliz, para com ela construir a prole numerosa que sempre sonhou e, ao final, esperar pela realização daquela triste sentença dita pelo padre Francisco: “Até que a morte os separe”. Era agosto de 43. O primogênito, que também seguia junto, contava cinco anos de idade. Papai levava-o, muitas vezes chorando com sede, calor, noites maldormidas... e ainda tinha que cuidar do filho de um mês, da esposa e da equipagem. Pedro acompanhava. Era irmão mais velho, forte, sadio, ajudou no que pôde. Mas, diz o dito: Quem pariu Mateus, que o balance, e papai, muito consciente disto, como mais tarde escreveu se recordando, encarnou – sem olvidar as devidas proporções – o próprio pai de Jesus nos carinhos e dedicação com a família.

Enfim, a Canaã. Os olhos inundados daquele líquido tão ausente na terra que ficara para trás pressagiavam a felicidade que estava por vir, os dias de bonança, a alegria de ver a mesa rodeada dos filhos, bem alimentados e alegres. As dificuldades viriam; entanto, os dois, avezados à dura liça do campo, encararam a mudança como um prêmio do Céu. Meteram mãos à obra e construíram este mundo, rico legado que ao partirem deixarão para os descendentes. Não um mundo de bens materiais, de posses, de riquezas, mas um mundo moral, de realizações espirituais, de regras de bem viver, de amor ao próximo, e, assente sobre os demais, de profundo amor a Deus.

Ela está só, pois morreu sua sempre-viva. – Morreu? Pergunto-lhe. Ela me olha, com um olhar que não me vê, e busca no passado remoto reaver a figura da mulher mais feliz do mundo. E vê perpassarem todas as cenas felizes da sua vida, qual em êxtase, retratando nas mudanças fisionômicas os sentimentos atuais. Os olhos embebidos de lágrimas, por fim, ela responde: -- Não, a sempre-viva não morre.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

CANTOS GREGORIANOS EM SEU COMPUTADOR


Assista aos vídeos com cantos eucarísticos gregorianos, comentados pelo Presidente Geral dos Arautos do Evangelho, padre João Clá S. Dias.

Ah, que saudades dos tempos da música gregoriana nas igrejas


Vejam que beleza de comentários, feitos pelo Pe. João Clá, Presidente Geral dos Arautos dos Evangelho, sobre o canto eucarístico em gregoriano.

Há vestígios da arca de Noé?


Veja interessante reportagem sobre vestígios da arca de Noé

Um comerciante am apuros (final)

Os dois filhos
No longo período de minha vida de comerciante tive duas pessoas da família morando conosco, que nos deixaram marcas de suas personalidades excepcionais, de respeito, compreensão e obediência. Verdadeiros filhos: a Socorro e o Nilton[1].
Ambos vieram por motivos idênticos: estudar.
A Socorro chegou com 16 anos, saiu com 20. Durante esses quatro anos não nos trouxe problemas, ajudando-nos até bastante. Foi embora em virtude de sua mãe precisar de sua companhia, mas até hoje vemos mais nela uma filha que uma sobrinha.
O Nilton veio para casa de seu tio Luís, que morava na Aldeota e negociava no Mercado Central. Doze anos era o que tinha para oferecer. Mas, menino inteligente e esperto, nas horas vagas dos estudos, ajudava o tio no necessário. Após um ano assim, de ingentes esforços para ganhar a vida, aparece uma pedra em seu caminho: o tio, alegando que o comércio estava ruim, e que não podia mais tê-lo em sua companhia, pediu que regressasse para a casa de seus pais.
Mas, ambicioso e sonhador, o garoto queria ir em frente, por isso ficou triste com a proposta do Luís.
Estando comigo, contou-me sua estória: ia embora, o tio não o queria mais em sua casa.
Percebi pelo seu semblante, pelo seu estado de espírito, que desejava continuar a vida na capital. Disse-lhe: você querendo fica com a gente. Mas respondeu que eu tinha uma família muito grande... Insisti para ficar, tentaria arranjar-lhe um emprego. De repente, mudou de semblante, ficou alegre: assim sendo, tio, eu fico.
Na mesma semana consegui que fosse trabalhar numa mercearia, do Sr. Alexandre Joca, ao lado da Igreja do Asilo[2], ganhando duzentos cruzeiros por mês, no horário de cinco da manhã às oito da noite, quando saía para a escola. A refeição era feita no próprio local de trabalho, assim como o pernoite, vindo para casa somente aos domingos.
Demorou-se ainda um ano nessa luta, muito trabalho e pouco reconhecimento por parte do patrão. Depois ele mesmo arranjou outro emprego, no centro da cidade, ganhando quatrocentos cruzeiros, o dobro do que ganhava no Joca. O trabalho, em contrapartida, era menos, e a alimentação deveria ser feita em casa, devendo arcar também com a despesa do transporte.
Depois deste, trabalhou no depósito de material do Luiz Mota[3].
Mas pedia-me, com insistência, para conseguir um lugar na Panair do Brasil. E, por sorte sua, fui despedido[4]. Pedi então para o colocarem no meu lugar, no serviço de mala-postal. Foi aceito.
Durante esses quatro anos fazia bastante economia, mas ajudava-me na despesa da casa, não esquecendo, nos fins de anos, o presentinho da tia. Tido como pessoa de poucos gastos, estava sempre aberto para ajudar-me. Desta forma, ficou-me a impressão de mais um filho que Deus me dava.[5]

[1]Maria do Socorro de Holanda Cavalcante e Manuel Nilton da Costa. Ela, sobrinha do senhor Batista, filha de sua irmã mais velha, Antonia; e ele, sobrinho de D. Raimunda, filho de D. Rita. A Socorro, inicialmente, veio só, mas depois trouxe seus familiares, que por algum tempo ficaram na mesma casa. O pai deles, que veio doente para Fortaleza, logo faleceu, assistido por todos nós. O Nilton veio morar sozinho, e quando os familiares vieram para Fortaleza ele já tinha casa própria onde acomodá-los.
[2] A “Igreja do Asilo” era como nós chamávamos uma capela que ficava anexa a um asilo de doentes mentais. Era a única igreja que assistia aos católicos de uma vasta região naqueles tempos, e distava a uns quatro quarteirões de nossa casa.
[3] Chamava-se “Depósito Assunção”, pois ficava situado na Rua Assunção, no centro comercial da cidade.
[4] Em seu lugar ficou trabalhando no “Depósito Assunção”, o Jurací, que agüentou os gritos e os histerismos do proprietário, Luiz Mota, por alguns meses, até ser despedido também.
[5] O Nilton foi embora para o Rio, ainda solteiro. Lá se realizou bem com o comércio e, poucos anos depois, casou-se com a Júlia, muito religiosa e cumpridora de seus deveres, com quem convive até hoje.


Ao lado, o Nilton com sua esposa Júlia, em foto recente.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Um comerciante em apuros (XXVII)

Fernando X Joaquim Eletricista
O padre exclamou
- Bruto beberrão!
Puxou um garrafão
E desarrolhou,
Disse: tenho cana aqui,
Porém não te dou! [1]

Em frente de minha mercearia havia um outro comerciante, o Fernando, que lidava com o mesmo ramo de negócio e por este motivo era despeitado comigo. Estando bêbado, por várias vezes esteve a provocar brigas. Até que um dia dei-lhe um empurrão que veio a quebrar-lhe os óculos. Depois acalmou-se, não mais insultou-me.
O Joaquim Gonçalves também era freqüentador de meu balcão, moreno, alto, magro, pai de família numerosa. Responsável e honesto, carregava um defeito num braço, saldo de um acidente de trabalho. Eletricista, funcionário da Base Aérea, considerava-o um amigo. Tomava sua “cana” não com assiduidade, mas, além de fazer compras para o consumo da família, reunia-se vez por outra aos mais freqüentadores, participando de rodas de conversa. O Fernando, sem nenhuma razão, não apresentava simpatia para com ele. E sendo gordo, baixo, louro e de olhos azuis, como era, fazia figura bastante diferente de seu antagonista.
Nesse dia estava ao pé do meu balcão, bebendo, calado, ciente de que comigo as coisas não seguiam bem aprumadas para o lado dele, não se arriscava a uma simples palavra. No momento só estavam nós dois, depois apareceu o Joaquim que ficou reservado, tomando a sua “bicada” quieto.
Enfim, o gordo, que não saíra ainda de seu silêncio, cuspiu uma primeira palavra em direção ao eletricista, chamando-o de corno. Este repreendeu-o, exigindo que o respeitasse. Foi o suficiente para acender um facho azul em seus olhos, na direção do Fernando, e frechar contra o adversário, como um Dom Quixote, armado com um cabo de vassoura. Mas, ao suspender o pau para o “terrível” ataque, recebeu de contra-ataque uma pedra, cujo peso avalio em uns três quilos, que o meu amigo apanhara no chão. Atingiu-o no queixo, quebrando-lhe alguns dentes e, em seguida, derrubando-o sobre uns caixotes, com o sangue a correr da boca. O meu eletricista ainda tentou um segundo choque, não fazendo-o em virtude de minha intervenção, pedindo-lhe que se retirasse a fim de que se evitasse um mal maior. Em seguida fui atender ao ferido, a quem prestei os primeiros socorros, aconselhando-o a procurar um médico. Foi, sim, sem dizer palavra, sentar num banco que havia em frente à calçada de sua mercearia, com a boca ainda a sair sangue. Temi que procurasse vingança, em conseqüência do violento choque, mas, graças a Deus, o caso aí mesmo teve o seu fim.
[1] - poesia de cordel.

sábado, 5 de abril de 2008

UM COMERCIANTE EM APUROS (XXVI)

O mau pagador
De início comprava muito, pagava certo, depois de uns tempos deu pra atrasar, dizendo que não recebera o ordenado. De início eu ficava esperando, confiante de que quando recebesse o dinheiro saldaria tudo o que devia. Mas os fatos não se deram assim, e, resultado, passou seis meses comprando e dando a mesma desculpa. Desconfiado, fui à Secretaria onde trabalhava, procurei pelo Diretor que informou-me não haver atraso algum no pagamento do funcionalismo, acrescentando que nunca salário de empregado tinha sofrido atraso.
Procurei, então, pelo Domingos, mas informaram-me que tinha sido transferido para o interior, só vinha em casa nos fins de semana. Depois de muitos insucessos, encontrei-o, deu-me umas desculpas, no próximo pagamento liquidaria o débito. Mas o Domingos não apareceu. Fiz-lhe nova visita, sendo mal recebido por sua esposa que disse ser a conta muito velha, por isto o Luiz não pagaria.
Por azar do infeliz, ou por sorte minha, ou seja, do mais infeliz, eu tinha uns negócios com o Dr. Salú, Juiz de Direito. Visitei-o, contei-lhe o problema. Ele, bastante conhecedor de minhas dificuldades, ofereceu-se para ajudar-me. Instruiu-me para que descobrisse o dia em que o homem estava em casa, pretendia fazer-lhe uma visita.
No domingo seguinte mandei o Assis verificar a presença dele em sua residência. Em seguida, fui ao Juiz que, sem perda de tempo, saiu comigo no carro do Tribunal, levando seu guarda-costas. Requisitou ainda dois agentes na Central de Polícia. Assim, chegamos à toca do Domingos.
Quando chegamos, ele – muito nervoso – foi dizendo: “Não precisava trazer a polícia na minha casa para prender-me”. Depois foi dando as costas e dizendo: “Agora me dão licença que estou jantando”. Dr. Salú respondeu-lhe que tomasse o seu jantar sossegado, pois não se tratava de prender ninguém, ”queremos apenas conversar”.
Após o jantar sentamo-nos para as tratativas, a qual se deu em clima cordial, com alguns frutos. Não tendo, pois, o que dar em espécie, o débito somava três mil e setecentos cruzeiros, ofereceu um conjunto de cadeiras, três cadeiras e uma mesa de centro. Dava-me os móveis pela quantia de dois mil e quinhentos cruzeiros, o restante em suaves prestações de quatrocentos cruzeiros cada.
Pobre de mim, ainda esta vez o Luiz Domingos não cumpriu a segunda parte do trato. Dr. Salú ainda ofereceu-se para fazer nova visita, mas, desenganado, dispensei-o, as cadeiras eram suficientes para me darem a paz que eu queria.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Exemplo para todos os que têm o corpo completo


Você que tem todos os braços, todas as mãos, todas as pernas e pés, veja o que apresentamos no vídeo acima. Ele não é só exemplo para nós, completos fisicamente, mas também para os que, embora com toda a perfeição física, são, no entanto, incompletos na mente, na alma, no modo de proceder. Ele é exemplo para os que invadem terra, os famosos sem-terra, os que invadem imóveis urbanos, os sem-tetos, porque todos estes não são "sem-pernas" e nem "sem-braços", mas querem amputar os direitos dos que têm pernas e braços... Não querem sair da pasmaceira e da preguiça, preferem o fácil, invadir o que é alheio. Ele também é exemplo para os preguiçosos, os que não querem trabalhar, ou então para aqueles que procuram usar seus braços e pernas para o roubo, o assassínio e outros delitos. Vejam que exemplo de força e determinação, assistam o vídeo...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Homenagem póstuma de um filho (III)

III – Em casa

Por: Jurandir Josino Cavalcante
Papai toda vida teve inclinação para a arte do comércio (como disse acima), e mais ainda quando se tornou citadino. Era fácil: um pequeno balcão, uma balança, dois ou três sacos de cereais, alguns outros produtos de primeira necessidade, estava constituída a bodega, para a garantia do próprio sustento, sem se afastar de casa. Assim viveu, nesse mundo pequeno, do jeito que gostava. Passou por aperturas, sim, mas a confiança que depositava em Deus permitiu-lhe sair-se com galhardia de todas, nunca perdendo o ânimo, a intrepidez. Nesse mister (no de bodegueiro, evidente) não tinha quem o superasse; era gentil, alegre, sabia conquistar os clientes, desinteressadamente. Sua fama estava em todo o bairro. Os filhos sentiam o quanto o pai era querido. Diziam: “Ah, é filho do Batista? Pode levar”. Ou quando dizíamos um gracejo, vinha a observação: “É filho do Batista!...”
Vendeu gado, porco, carneiro, fez lingüiça, fez zinebra (genebra), fez cadeira de vime, vendeu doce, quadros... nunca deixou de alimentar sua numerosa prole por falta de ofício.
Era incansável, não havia desânimo, não havia o “eu não sei”. Visto de longe – se isto é possível – parecia um exímio nadador: usou de todas as modalidades para atingir a outra margem do rio, enfrentando com coragem todos os obstáculos, às vezes aparentemente insuperáveis.
No fim da vida, aposentado, lia, escrevia, cuidava de seu pomar, administrava a casa.
O aposentado era um homem pensativo, maduro, esperto, diligente, comedido. Gostava de contar as histórias que vivera, que vinha a si mesmo contando, num brincar constante com o pensamento. Os lances difíceis, as caminhadas em demanda de vencer as etapas mais penosas, as mudanças de rumo, as perdas irrecuperáveis, os sonhos realizados, os obstáculos transpostos, os dias felizes que vivera na serra, com sua amada esposa. O leitor era apegado ao Humberto de Campos, que lia e que relia. O escritor era todo recordação... O pomareiro era quase ele mesmo um vegetal, tal era a “interação” que havia entre ele e as suas amigas árvores. O administrador da casa era o tudo, pois exercia o múnus de esposo, de pai, de amigo, de companheiro, e de tudo o mais que pode conter num “etcétera”.


Acima, o "poetinha" com a escritora Raquel de Queirós

UM COMERCIANTE EM APUROS (XXV)

Um descuido
Às vezes aconteciam as coisas de modo engraçado. Um desses caboclos, vendedores ambulantes de frutas e verduras, de volta para casa tomava sua caninha. Chegou, depôs o cesto no chão e começou a beber, encostado junto a uns depósitos de peixes, toicinho e carne-seca.
Quando dei-lhe as costas, por alguns segundos, pegou um peixe de mais ou menos meio quilo e jogou dentro do cesto. Percebi. E quando o infeliz tentou sair, chamei-o:
- Amigo, vamos pesar este peixe, pois assim fica difícil cobrar o preço justo.
E o verdureiro, muito desconfiado:
- É... eu já ia mandar pesar...

"Hino" dos Cavalvantes?

Sou Cavalcante e Cavalcanti


Com o título acima, alguém colocou no youtube esta musiquinha em homenagem à nossa família. Não levando em conta alguns aspectos da letra e do brasão (que não é o da família), mesmo assim o colocamos a disposição de nossos amigos e parentes. Vejam se não é um pouquinho divertida... e ilustrativa?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O segredo da devoção à Nossa Senhora



Um segredo importante
A Santa Virgem Maria


Eu era ainda tão pequeno,
De religião não entendia,
Mas já fazia minha súplicas
À Santa Virgem Maria.


Depois que eu fui crescendo
Devagar eu refletia:
Devia ter devoção
À Santa Virgem Maria

Com ajuda de minha mãe
Que tanto bem me queria
Aprendi a venerar
À Santa Virgem Maria

Quando minha mãe morreu
Uma dor no peito eu sentia:
Pedia consolação
À Santa Virgem Maria


As muitas graças alcançadas
Eu recebo com alegria
E humildemente agradeço
À Santa Virgem Maria

E se alguém me magoa
Ou me trata com ironia
Com lágrimas eu recorro
À Santa Virgem Maria

Sem ter mais a minha mãe
Novas forças eu sentia,
Pois tinha veneração
À Santa Virgem Maria

Hoje na minha velhice
Nas angústias do meu dia,
Eu peço que me dê forças
À Santa Virgem Maria

Mesmo com tantos pecados
Que cometo todo dia
Eu rezo diariamente
À Santa Virgem Maria

Dogma da Imaculada Conceição

Dogma da Imaculada Conceição

Era a grande devoção do Sr. Batista, a Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Clicando nos dois vídeos acima você vai ver como foi proclamado este dogma por Pio IX em 1854.